No fim de semana, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (conhecido pela sigla AfD) aprovou um programa eleitoral que inclui promessas de encerrar fronteiras e o que chamam de "remigração" de imigrantes. E numa espécie de campanha, o partido alemão distribuiu panfletos, deixados em algumas caixas de correio, que se assemelhavam a "bilhetes de deportação". A polícia alemã confirmou, esta terça-feira, que está a investigar o material impresso, que pode ser considerado como uma forma de "incitamento ao ódio".
Num comunicado emitido esta terça-feira, a polícia de Karlsruhe, no Estado de Baden-Württemberg, anunciou que abriu uma investigação sobre “pessoas desconhecidas por suspeita de incitação ao ódio racial”.
Wie lautet IHRE Meinung zum #Abschiebeticket? pic.twitter.com/fssbVmEcuE
— Deutschland Kurier (@Deu_Kurier) January 14, 2025
O prefeito de Karlsruhe, o social-democrata Frank Mentrup, considerou que a ação de campanha passou dos limites e põe em risco a coesão social. O governante afirmou ainda, citado pela imprensa alemã, que o material impresso estava disponível na página da sede regional da AfD em Karlsruhe e teria circulado entre filiados durante a convenção partidária realizada no passado fim de semana em Riesa, no Estado da Saxónia.
Die AfD Karlsruhe will sich ihr #Abschiebeticket nicht von der NPD abgeschaut haben. „Wahrscheinlich haben die auch Plakate aufgehängt und Infostände betrieben, sollen wir das nun deswegen unterlassen?“, heißt es in der Erklärung.
— Pauline von Pezold (@PaulinePezold) January 13, 2025
Hier der Vergleich: pic.twitter.com/DWw5xyYXd6
Num momento em que as sondagens lhe dão os melhores resultados desde há um ano e a colocam como segunda força nas eleições de 23 de fevereiro, a AfD aprovou o programa no congresso, que também nomeou a sua co-líder Alice Weidel como candidata oficial a chanceler nas eleições de fevereiro.