Trump acena com sanções caso Moscovo não assine cessar-fogo com Ucrânia

por RTP
Reuters

O novo presidente dos Estados Unidos avisou que pode atingir a Rússia com sanções económicas caso Moscovo não chegue rapidamente a um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia. Na rede social Truth Social, Trump deixou a ameaça mas garantindo não querer prejudicar o povo russo, até pela boa relação que mantém com Vladimir Putin.

“Está na hora de chegar a um acordo”, escreveu Donald Trump.

“Não quero fazer mal à Rússia. Eu amo o povo russo e sempre tive um bom relacionamento com Vladimir Putin. Mas se não chegarmos a acordo rapidamente, não terei outra escolha senão aumentar impostos, tarifas e sanções sobre tudo o que a Rússia vende aos Estados Unidos”.

É mais uma promessa de sanções económicas à Rússia por parte de uma Administração norte-americana, de onde têm chegado várias sanções a produtos russos como metais e fertilizantes.

“Posto isto, vou fazer um grande favor à Rússia, cuja economia está em colapso, e ao presidente Putin. É preciso resolver isto agora e parar com esta guerra ridícula”, continuou o presidente norte-americano, que inicialmente prometeu terminar a guerra na Ucrânia em menos de 24 horas após a vitória na Presidenciais.

Uma das primeiras declarações de Trump sobre a guerra na Ucrânia foi para relembrar que a Rússia assumiu que iria conquistar Kiev em poucas semanas e que o conflito leva quase três anos, pelo que é necessário chegar a um acordo de cessar-fogo. Trump afirmou também que Putin está a “destruir a Rússia”.

Como aponta a France Presse, Donald Trump afirmou que quer encontrar-se brevemente com Vladimir Putin mas não são ainda apontadas quaisquer datas para esse encontro. É um anúncio que chega numa altura em que o conflito se prolonga com as forças russas a avançarem sobre território ucraniano e a Ucrânia a agarrar-se a Kursk, tudo isto com custos incomensuráveis em vidas humanas.

A guerra prossegue com a dúvida sobre qual vai ser, verdadeiramente, a posição dos Estados Unidos, agora que Trump regressou à Casa Branca, podendo inverter de alguma forma a posição de principal aliado que tem sido de Kiev através de ajudas financeiras e militares.

Trump foi sempre crítico da ajuda norte-americana por parte da Administração Biden e falta saber se os americanos vão manter o auxílio ao país liderado por Volodymyr Zelensky.

Com as sanções impostas desde fevereiro de 2022, o Fundo Monetário Internacional prevê que a economia russa cresça apenas 1,4 por cento em 2025, depois três por cento em 2023 e 2024, crescimentos que contrariaram todas as previsões a Ocidente, onde se esperava um colapso para os lados do Kremlin.
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