O primeiro-ministro português afirmou hoje que da cimeira da NATO saiu um compromisso que para que a Ucrânia tenha todo o apoio "até que prevaleça sobre a Rússia", considerando que "vozes ou comportamentos deslocados" não põem em causa este princípio.
Luís Montenegro falava aos jornalistas no final da cimeira da NATO, que se realizou em Washington, e poucos minutos depois da cerimónia em que líderes de 24 países e organizações, incluindo Portugal e a União Europeia, reafirmaram o seu compromisso com a liberdade, segurança e soberania da Ucrânia, numa declaração conjunta denominada "Compacto da Ucrânia".
O primeiro-ministro português defendeu que a NATO, e outros parceiros da Aliança Atlântica como a Austrália, a Nova Zelândia, o Japão e a Coreia do Sul, "estão alinhados no apoio militar, no apoio financeiro, no apoio logístico" à Ucrânia.
"É necessário deixar, de uma vez por todas, muito claro que a Ucrânia não vai só ter o apoio até que seja necessário, a Ucrânia vai ter o apoio até que prevaleça sobre a Rússia", afirmou.
Questionado se as visitas recentes a Moscovo e Pequim do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que detém a presidência rotativa da União Europeia, não colocam em risco esse consenso, Montenegro preferiu desvalorizar.
"Eu acho que enfatizar uma voz ou um comportamento deslocados daquilo que é o essencial não ajuda a pôr em cima da mesa aquilo que verdadeiramente é mais importante. Eu não me lembro de haver uma aliança tão forte, tão consistente, tão disponível como aquela que tem juntado os Estados-membros da União Europeia e aqui os aliados da NATO e os seus parceiros", disse.