Reportagem

Incêndios em Portugal: a situação ao minuto

por RTP

Mais de dois mil bombeiros continuam a combater as chamas em todo o país. As situações mais complicadas verificam-se nos distritos de Castelo Branco, Portalegre e Santarém. O incêndio que teve início na Sertã alastrou a Mação e chegou esta quarta-feira a Vila Velha de Ródão. Durante a tarde, o primeiro-ministro esteve na sede da Proteção Civil para receber informação sobre as operações.

Mais atualizações

21h30 - Ponto de situação:

  • 18 incêndios em curso, com incidência nos distritos de Castelo Branco, Portalegre, Santarém e Coimbra
  • As 21h30 havia 18 incêndios ativos no território nacional, combatidos por 2577 bombeiros, 776 veículos e quatro meios aéreos.
  • O fogo de Mação continua a ser o que mais meios mobiliza. Esta quarta-feira, o incêndio alastrou a Vila Velha de Ródão. Só neste ponto combatiam 1109 bombeiros, com 359 veículos. 
  • Outros incêndios que preocupam as autoridades são os de Portalegre, um em Nisa e outro em Gavião. 
  • Em Penacova, Coimbra, o incêndio que deflagrou esta quarta-feira chegou a ameaçar várias habitações e continua por dominar.
  • No briefing da Proteção Civil, a adjunta da ANPC confirmou que há a registar 12 feridos ligeiros.

21h08 - Parte do incêndio de Mação já está controlada

Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação, disse esta quarta-feira que uma parte importante do incêndio de Mação está controlada, junto à zona do Pereiro. A zona do Carvoeiro também está controlada, mas o autarca refere que podem haver "pequenos reacendimentos".

A situação é mais calma neste momento, mas ainda há situações que preocupam as forças de combate ao grande incêndio de Mação, nomeadamente a possibilidade de as chamas virem a atingir a freguesia de Cardigos.

Segundo Vasco Estrela, a área ardida já ultrapassa os 17 a 18 mil hectares.

20h37 - Vila Velha de Ródão: Mais uma aldeia evacuada

Com origem em Mação, o incêndio que passou para o concelho de Vila Velha de Ródão já obrigou a evacuar por precaução a aldeia de Riscada, depois do avanço das chamas sobre Gardete.

Os 12 habitantes da localidade foram levados também para Fratel.

20h19 - Fogo de Penacova avança para Coimbra e Vila Nova de Poiares

O incêndio que teve origem esta quarta-feira na localidade de PAradela, já se encontra em fase de rescaldo, mas deu origem a um outro incêndio que lavra agora"com intensidade"

"Um segundo incêndio surgiu junto à Estrada Nacional 110, entre Foz do Caneiro e São Mamede, que está a avançar para sul em direção a Coimbra, Penacova e para a Serra do Carvalho, no concelho de Vila Nova de Poiares", disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova, António Simões, em declarações à agência Lusa.

20h02 - Reacendimentos "preocupantes" em Proença-a-Nova

O presidente da Câmara confirma dois reacendimentos em Padrão e São Pedro do Esteval, mas revela que o reacendimento junto ao parque empresarial está foi controlado pelos bombeiros.

19h58 - Circulação normalizada na A25

A GNR confirmou à Lusa que a autoestrada A25, que esteve cortada nos dois sentidos entre Viseu e Mangualde devido a um incêndio em mato, ficou normalizada poiuco depois das 19h00.

19h50 - "Não tem faltado informação"

Sobre o modelo de comunicação por briefings que tem sido usado pela Proteção Civil, António Costa desvaloriza as informações centralizadas e sublinha que o que importa é "informação com rigor e qualidade".

O primeiro-ministro refere ainda que o comando operacional "esteja concentrado" nos teatros de operações. "Não tem faltado oportunidade à comunicação social de cobrir todas as ocorrências. Não tem faltado informação", frisou o chefe de Governo.

"Não há nada mais perturbador numa operação desta natureza que informações não confirmadas que geram o pânico desnecessariamente", acrescentou.

O primeiro-ministro voltou a lembrar a queda de uma avioneta que foi noticiada de forma errada durante os incêndios de junho ou a recente especulação sobre o número de vítimas em Pedrógão Grande. "Temos de trabalhar como muito rigor. A dramaticidade dos momentos que temos vivido já é suficiente", completou António Costa.

"Alguém acha que se em vez de 64 vítimas mortais em Pedrógão, tivessemos tido 30, o drama era menor? Tinha sido à mesma uma tragédia absolutamente horrível", considerou.

Para o chefe de Governo, é necessária nestas situações informação "com rigor e qualidade", lembrando que "era falsa a ideia de que o Governo queria esconder a realidade".

"Os ultimatos e as ameaças de censura eram absolutamente abusivas e formas de aproveitamento político lamentável", concluiu.

19h40 - "Acusações mais parvas que já ouvi"

O primeiro-ministro não quis alimentar a questão da divulgação das listas de vítimas mortais do incêndio de Pedrógão. No entanto, refere que "foi absolutamente lamentável o que aconteceu esta semana em termos de especulação e de aproveitamento político".

António Costa fez depois uma resenha dos esforços das autoridades para identificar todas as vítimas daqueles incêndios de junho.

"Chamo a atenção que até ao dia 14 de julho não havia segredo de justiça e ninguém solicitou nenhuma lista de nomes", disse Costa.

"A polémica surge e só quando resolveram especular e acusar o governo de estar a tentar esconder o número de vítimas", reforçou, atirando ainda que estas foram "as acusações mais parvas que já ouvi".

"Só numa ditadura se pode pensar em esconder estes numeros", secundando as declarações do Presidente da República na terça-feira à noite.

Costa considerou que não podia divulgar os nomes das vítimas mortais porque incorreria num crime de violação do segredo de justiça, não querendo comentar as decisões judiciais.

"Estou muito satisfeito que a divulgação tenha posto termo a esta especulação e tenha confirmado aquilo que todas as autoridades tinham afirmado", realçou o chefe do Executivo, alertando que se deve confiar nas instituições e não em fontes não confirmadas.

Um episódio "excecional", diz Costa, que diz que espera que esta semana tenha "servido de lição para toda a gente e todos passemos a respeitar quer as instituições do Estado, como o rigor e a verdade que deve presidir ao debate democrático".

19h37 - "Não vou fazer de treinador de bancada", diz Costa

Questionado sobre a eficácia do combate aos incêndios que esta semana lavram no país, o primeiro-ministro disse que não vai fazer de treinador de bancada, relembrando que existe uma estrutura profissionalizada.

"Temos grau de profissionalismo e competência que é absolutamente indiscutível. Temos de ter confiança em quem tem essa missão"., lembrando que das 88 ocorrências desta quarta-feira, apenas 11 estavam ativas neste momento.

"Temos tudo para ter confiança no dispositivo que Portugal tem para combater os incêndios", elogiando o "sucesso e trabalho extraordinário dos bombeiros".

19h34 - Reforma florestal é "urgente"

António Costa sublinhou que as áreas que estão a arder em Mação arderam em 2003. "Se nada ocorrer, daqui a dez anos teremos situações como esta", disse o primeiro-ministro, que salientou ainda que os riscos "são maiores" em anos de seca como o atual.

Para o chefe de Governo, a reforma da floresta é "urgente", uma vez que Portugal tem uma floresta "particularmente desordenada". Perante este ordenamento, António Costa admite que "não há dispositivo que possa garantir ou evitar que não voltaremos a ter situações desta natureza".  

O primeiro-ministro aconselhou ainda "particular cautela" de forma a não que não haja uma desmoralização dos bombeiros no terreno. Contra discussões laterais e "aproveitamentos políticos", sublinhou.

19h24 - António Costa deixa palavras de "alento, confiança e alerta"

O primeiro-ministro esteve esta tarde reunido com a Proteção Civil e falou depois do briefing diário.

António Costa quis deixar palavras de alento a todos os que combatem as chamas, às populações que têm sofrido com os incêndios, aos autarcas pela ajuda prestada às populações e a todos os agentes da proteção civil.

O primeiro-ministro quis deixar também uma palavra de confiança, elogiando o “desempenho extraordinário de todos aqueles que são responsáveis por enfrentar estas ameaças”, apesar das situações trágicas que aconteceram.

Desde 1 de julho houve 2007 ocorrências, das quais 81 por cento foram controladas nos primeiros 90 minutos. Razões para António Costa dizer que o sistema de proteção civil tem tido uma resposta que “na esmagadora maioria das situações tem permitido controlar as situações nos primeiros noventa minutos”.

O primeiro-ministro deixou ainda uma mensagem de alerta aos cidadãos para um particular cuidado para todos os comportamentos de risco, face a condições extremamente propícias para a ocorrência de incêndios.

19h17 - Não há casas em perigo, garante Proteção Civil

Não há casas isoladas, refere a proteção Civil, mas houve "várias aldeias para onde foi necessário deslocar forças de proteção".

Houve aldeias ameaçadas e algumas casas de segunda habitação afetadas pelos incêndios, sobretudo na Sertã e vai ser efetuado um levantamento exaustivo das propriedades, garante a porta-voz da Proteção Civil, assi mque for possível. "Estamos num momento de combate", frisou.

A situação de Mação está mais "tranquila", revelou ainda. "O incêndio de alguma forma ao aproximar-se da localidade perdeu intensidade" acrescentou, detalhando os meios de socorro e de apoio mobilizados para a zona.

Incêndio iniciado domingo na Sertã afeta agora três concelhos, de Mação, Proença e Nova e Sertã, "uma áera já bastante vasta". Meios "não foram desmobilizados" mas "reposicionados nas diferentes frentes" à medidade que surgiam reacendimentos e novos focos devido a projeções, explica a responsável.

Em resposta ao autarca de Mação que denunciou a afalta de meios, a Proteção Civil afirma que "só este incêndio da Sertã mobiliza 1250 operacionais apoiados por 256 veículo e 10 meios aéreos". "Estamos a reforçar com tudo o que é possível".

A Protecção Civil espera que a noite, com o aumento da humidade relativa e a queda do vento, poderá ser usada como uma "janela de oportunidade" para dominar as chamas.

19h14 - Mais um Canadair marroquino

Reino de Marrocos envia mais um avião Canadair para ajudar no combate às chamas, que deverá estar ao serviço já a partir de quinta-feira, anuncia a Proteção Civil.

A Proteção Civil afirma que se registaram 11 a 12 feridos ligeiros, a maioria por inalação de fumos, não havendo resgisto de vítimas graves.

18h52 - Mais duas casas consumidas pelas chamas

Em Mação, mais duas casas arderam na sequência do incêndio. Vasco Estrela confirma que uma dessas casas era de primeira habitação, em Casas da Ribeira, sendo que a outra, de São José das Matas, estava devoluta.

Em declarações aos jornalistas, o autarca diz que o número de frentes do fogo de Mação aumentou de três para "quatro ou cinco frentes".

18h39 - Situação mais calma em Pereiro

Vasco Estrela, preisdente da Câmara de Mação, confirmou à RTP que a frente de fogo que ameaçava a zona de Pereiro está mais controlada, muito devido ao trabalho dos populares.

"Está a ser feito um trabalho extraordinário essencialmente por populares, que estão a conseguir dominar esta frente do fogo", salientou o autarca, que tem criticado a falta de meios operacionais no terreno.

O cenário é nesta altura mais otimista nesta frente, mas irá depender do vento e das condições meteorológicas nas próximas horas.

Vasco Estrela confirmou também a atualização no número de feridos ligeiros: um bombeirou e uma idosa, que estão nesta altura a ser assistidos. 

18h30 - A25 cortada nos dois sentidos

A autoestrada A25 foi cortada esta quarta-feira à tarde entre Viseu e Mangualde. O corte nos dois sentidos deve-se a um fogo em mato que deflagrou esta tarde em Vila Meã.

18h20 - Gardete evacuada. Incêndio de Mação já chegou a Vila Velha de Ródão

O incêndio de Mação já passou para o concelho de Vila Velha de Ródão e obrigou à evacuação da localidade de Gardete, segundo informou a autarquia.

Foram retiradas duas dezenas de habitantes, que estão agora a ser levados para Fratel. O fogo de Mação, no distrito de Santarém, teve origem no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, que também chegou a Proença-a-Nova.

17h52 - Presumível incendiária ficou em prisão preventiva

A mulher suspeita de atear o fogo florestal que deflagrou no domingo e afetou o concelho de Vila Velha de Ródão, ficou esta quarta-feira em prisão preventiva.

A mulher de 50 anos tinha sido detida por suspeita de incêndio florestal com recurso a um isqueiro.

17h42 - Autarca de Gavião pede mais meios aéreos

José Pio, presidente da Câmara de Gavião, alertou para a necessidade de serem mobilizados mais meios aéreos para o combate ao incêndio na zona de Belver.

Em declarações à Agência Lusa, o autarca disse os meios aéreos são "escassos" e que o fogo conta agora com "várias frentes ativas".

17h30 - António Costa já chegou à sede da Proteção Civil

O primeiro-ministro está acompanhado por Constança Urbano de Sousa, ministra da Administração Interna, e por Jorge Gomes, secretário-geral da Administração Interna.

17h21 - Liga dos Bombeiros Portugueses com críticas à Proteção Civil

Em declarações à RTP, o vice-Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses queixa-se da atualização errada da situação dos incêndios na página da Proteção Civil.

Adelino Gomes dá o exemplo do incêndio de Mação, que continua a constar como Sertã. Uma situação que, segundo o responsável, vai trazer problemas aos concelhos quando chegar a altura de pedir apoios financeiros.

17h10 - Parque Empresarial de Proença-a-Nova volta a estar em perigo

Houve um reacendimento em Proença-a-Nova, outra frente do fogo que começou na Sertã no passado domingo e que chegou a vários concelhos vizinhos, incluindo o de Mação.

A situação junto do Parque Empresarial estava controlada desde a noite de terça-feira, mas o calor e o vento levaram a um "reacendimento muito forte". 

17h00 - Aldeia de Casas da Ribeira, em Mação, já foi evacuada

A aldeia tem cerca de 30 habitantes e foi evacuada esta tarde, segundo informou Vasco Estrela, autarca de Mação. Segundo a agência Lusa, foram deslocados cerca de 15 veículos de transporte de utentes e ambulâncias para os trabalhos de evacuação.

A evolução do incêndio nas próximas horas poderá ditar a evacuação da Aldeia de Eiras. "Vamos ver como as coisas evoluem", refereiu o autarca de Mação.

16h43 - Quase três centenas de operacionais em Penacova

O incêndio deflagrou esta quarta-feira às 13h00 na localidade de Paradela. A meio da tarde, lavrava já em duas frentes, combatidas por 287 operacionais, 84 viaturas e três meios aéreos.

16h25 - Santa Casa da Misericórdia de Mação pede ajuda

A instituição diz precisar de alimentos e de voluntários que possam cozinhar para os bombeiros. Ivone Marques, diretora da instituição, disse à Antena 1 que a Santa Casa acolhe neste momento 80 pessoas, mas deverão chegar mais pessoas das aldeias evacuadas.


16h13 - A3 volta a ficar cortada

Depois de ter sido reaberta esta quarta-feira, a A3 voltou a ficar cortada entre Mouriscas e Gardete devido ao avanço das chamas e ao fumo intenso. A alternativa é a Nacional 18.

16h05 - Unidade de Saúde de Castelo Branco alarga horários

Em comunicado, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco anunciou esta quarta-feira o alargamento do horário de atendimento, quando necessário, nos centros de saúde de Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova e Sertã, devido aos três incêndios que afetam o concelho.

O documento a que a Agência Lusa teve acesso salienta que esta medida visa "facilitar a prestação de cuidados de saúde às populações atingidas pelos fogos, bem como aos bombeiros". 

15h41 - Incêndio de Penacova com mais de 200 operacionais

A responsável da Proteção Civil alertou para a evolução no incêndio de Penacova, em Coimbra, onde já se encontram 236 operacionais, 64 veículos e um meio aéreo.

15h35 - Proteção Civil fala em operação "complexa"

Patrícia Gaspar, adjunta-nacional da Proteção Civil esclareceu, em declarações à RTP, que o incêndio de Mação começou como um setor do incêndio da Sertã, que deflagrou no domingo passado. Há um outro incêndio mencionado no site da Proteção Civil que atinge a Sertã, mas está já em fase de resolução.

O incêndio que mais preocupa as autoridades é mesmo o que tem sido designado como incêndio da Sertã, que mobiliza nesta altura 1131 operacionais, apoiados por 359 veículos e dez meios aéreos.

Esta é a situação mais preocupante em território nacional. Patrícia Gaspar destaca também a evolução das chamas em Vale Coelheiro, no distrito de Castelo Branco, dois incêndios que ainda decorrem no distrito de Portalegre, em Gavião e Nisa, e ainda um incêndio em Penacova, Coimbra, onde há já duas frentes ativas entre as povoações de Paradela e Aveleira.

15h25 - António Costa desloca-se esta tarde até à sede da Proteção Civil em Lisboa.

A chegada do primeiro-ministro à ANPC está prevista para as 17h30. António Costa irá receber toda a informação atualizada sobre a situação dos incêndios em Portugal.

15h15 - Quase metade da área florestal de Mação já ardeu

O presidente da Câmara de Mação confirma que já arderam 15 mil hectares, o que representa quase metade da área florestal do concelho.

"Temos 40 mil hectares, estamos a falar de quase metade do concelho. O fogo ainda não acabou, com total sinceridade não sabemos onde é que pode parar e quando pode parar", disse Vasco Estrela aos jornalistas. 

14h15 - Aldeias de Mação ameaçadas pelas chamas

As localidades de São José das Matas e a Aldeia de Eiras, em Mação, estão ameaçadas pelas chamas, a informação foi avançada pelo presidente da câmara de Mação, Vasco Estrela.

“A situação complicou-se muito. Nomeadamente em São José das Matas, o fogo está dentro da localidade. As pessoas estão em pânico”, afirmou.

O autarca aproveitou para deixar um apelo “a quem de direito que tenha atenção ao que se está a passar no concelho de Mação. Que vejam as decisões que foram tomadas e que nos ajudem, por favor, neste momento”.

“A situação é gravíssima em São José das Matas e pode ser grave noutros locais do nosso concelho”.

14h00 - Fogo de Proença-a-Nova teve dois reacendimentos

O presidente da Câmara de Proença-a-Nova disse hoje que já houve dois reacendimentos de fogo no concelho, mas que estão no terreno sete máquinas de rasto a trabalhar no perímetro exterior do incêndio florestal para evitar mais reacendimentos.

"Neste momento, estão sete máquinas espalhadas por todo o perímetro", explicou João Lobo.

O presidente deste município do distrito de Castelo Branco adiantou que um dos reacendimentos ocorreu junto à povoação de Murteirinha, na freguesia de São Pedro do Esteval, onde a linha de fogo "está a ser consolidada".

Houve também um reacendimento entre Galisteu Fundeiro e a zona industrial de Proença-a-Nova, que já foi resolvido.

Em consequência do incêndio que afetou o concelho, a autarquia decidiu adiar a Festa da Tijelada e do Mel, cuja realização estava prevista para o próximo fim de semana.

13h45 - Situação mais calma em Vila Velha de Ródão

O incêndio que lavra em Vila Velha de Ródão está controlado, a única preocupação é um reacendimento na localidade de Perdigão.

"Os meios aéreos estão no terreno e a situação está tranquila", afirmou Luís Pereira, presidente da câmara de Vila Velha de Ródão.

No entanto, o autarca mostra alguma preocupação com a parte da tarde "porque é sempre um período mais crítico, dadas as temperaturas e as condições do terreno e a dimensão que o incêndio teve".

"Creio que os meios que estão no terreno são suficientes para acautelar alguma coisa. Mas, vamos ver como é que vai evoluir a situação".

Luís Pereira confirmou que não existem localidades em risco, "neste momento aquilo que mais nos preocupa é localidade de Perdigão, onde tivemos um reacendimento, toda a freguesia de Fratel que desde ontem à tarde nos oferece muita preocupação".

"Estamos aqui com todos os meios no terreno, com as máquinas de rasto a tentar fazer todos os esforços para controlar o incêndio e não deixar estender à freguesia de Fratel", rematou.

13h23 - Reacendimento em Setúbal

O fogo regressou a Setúbal. Um reacendimento ocorreu no preciso local onde tinha começado o incêndio na terça-feira. Os bombeiros já estavam a desmobilizar meios quando o fogo regressou.

Na terça-feira, o incêndio motivou a evacuação de dois bairros, tendo os habitantes regressado a casa esta manhã.

Os mais de 100 bombeiros já estavam em fase de desmobilização quando se deu o reacendimento.

As chamas estão a ser combatidas por 36 operacionais, apoiados por nove viaturas.

13h10 - Mação exige respostas sobre meios

A autarquia de Mação está a preparar-se para a eventualidade de ter de evacuar Aldeia de Eiras, uma vez que o fogo está com grande intensidade na zona de Brejo. A informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Mação ao início da tarde.

Vasco Estrela explica que serão colocados meios no local para facilitar os trabalhos caso realmente seja necessária uma evacuação. O autarca mantém a preocupação de que o fogo possa chegar à própria vila da Mação, uma vez que duas frentes do fogo poderão dirigir-se para a sede do concelho.

O presidente da autarquia avisa que há perguntas que terão de ser feitas, com a autarquia a queixar-se da falta de meios, nomeadamente nos primeiros dais do incêndio. Vasco Estrela afirma ter o direito “de saber os critérios que tiveram na base das decisões que foram tomadas” no que diz respeito à disponibilização dos meios.

“Vou exigir, em nome da população deste concelho de Mação, que justifiquem decisões que foram tomadas. Saber em cada momento do fogo quantos meios estavam no concelho de Mação, Proença e Sertã”, garante o autarca.


12h20 - Cinco incêndios ativos

Patrícia Gaspar, adjunta do Comando Nacional de Proteção Civil, afirmou que estavam cinco incêndios florestais ativos no país que concentram 1.672 operacionais, apoiados por 536 meios terrestres e 14 meios aéreos.

“O incêndio da Sertã, que lavra desde o passado domingo, e onde estão concentrados 1.247 operacionais e um total de oito meios aéreos”, é o que mais preocupa as autoridades.

“Temos também o incêndio de Vale de Coelheiro que se mantém ativo e os dois incêndios no distrito de Portalegre, mais em concreto no concelho de Gavião e no concelho de Nisa”, acrescentou.

Segundo Patrícia Gaspar, “o incêndio de Nisa apresenta neste momento uma evolução bastante favorável”.

“Temos ainda o incêndio da Sertã, que é aquele que ainda lavra com três frentes ativas e onde feito sentir muitas reativações, o que tem obrigado a uma permanente realocação dos meios a estas frentes de incêndio, a estes novos focos e a estas reativações”.

A adjunta do Comando Nacional da Proteção Civil revelou ainda “que nos incêndios da Sertã, que tem afetado também os concelhos de Proença-a-Nova e de Mação, ao longo dos últimos dois três dias foi necessário de facto e pontualmente proceder proteções e retiradas estratégicas de algumas pessoas das habitações”.

“Neste momento não temos conhecimento de alguma situação mais crítica, mas de facto estas evacuações foram sendo feitas pontualmente ao longo dos últimos dias. As pessoas têm sido retiradas das suas casas e regressando quando as condições de segurança se têm feito sentir”, realçou.

12h10 - Mais de mil bombeiros combatem as chamas em Mação

O incêndio em Mação, que começou no concelho da Sertã e se espalhou aos concelhos vizinhos (Proença-a-Nova e Mação), está a ser combatido por mais de mil bombeiros.

Uma das três frentes ativas está a preocupar mais as autoridades porque está a poucos quilómetros do centro de Mação.

11h30 - Dominado cerca de 90 por cento do fogo em Nisa

O incêndio que lavra no concelho de Nisa, no distrito de Portalegre, estava hoje de manhã dominado em cerca de 90 por cento, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.

O fogo em Nisa, com origem no que lavra em Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo Branco, estava hoje, cerca das 11h00, a ser combatido por 83 operacionais, com o apoio de 27 viaturas e um meio aéreo, segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Segundo a ANPC, o incêndio obrigou ao corte da Estrada Nacional (EN) 18, junto à ponte de Vila Velha de Ródão.

11h20- Incêndio em Vilas Ruivas está controlado

O incêndio de Vilas Ruivas, no concelho de Vila Velha de Ródão,  ainda se mantém ativo mas está controlado.

A estrada que liga Vilas Ruivas a Fratel continua cortada à circulação, devido à movimentação dos bombeiros.

11h00 - Fogo de Mação com duas frentes ativas

O incêndio que lavra em Mação tem duas frentes ativas. Os meios aéreos já estão a combater as chamas na localidade de Castelo.

“A situação está a ficar controlada e não há perigo para as pessoas. A situação no Castelo esperamos nós já tenha passado”, revelou Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação.

10h55 - Circulação restabelecida na A23

A circulação rodoviária na A23 foi completamente restabelecida ao início da manhã de hoje, depois de ter estado cortada por causa dos incêndios.

Os incêndios já obrigaram ao corte de várias estradas: o fogo de Nisa cortou a EN 18, junto à ponte de Vila Velha de Rodão, e o de Gavião cortou várias estradas municipais e nacionais, como a Estrada Nacional 244, entre Gavião e Mação.

10h50 - Detida suspeita de atear incêndio em Castelo Branco

A Polícia Judiciária deteve uma mulher suspeita de atear o incêndio florestal de grandes dimensões que deflagrou no domingo no concelho de Castelo Branco e que hoje se mantém ativo, afetando ainda o município de Vila Velha de Ródão.

Segundo um comunicado da polícia, a mulher, de 50 anos e doméstica, foi detida pela Diretoria do Centro, com a colaboração da GNR, por suspeita de "um crime de incêndio florestal em terreno povoado por pasto seco e pinheiros, com utilização de isqueiro".

Este ano a Polícia Judiciária já identificou e deteve 40 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.

10h40- Localidade de Castelo (Mação) cercada pelas chamas

Em Mação o fogo continua com três frentes ativas e a localidade de Castelo está cercada pelas chamas.

“Apesar das informações mais recentes dizerem que a situação está relativamente controlada, realmente a aldeia está cercada pelo fogo. Apesar do fogo estar controlado”, afirmou Vasco Estrela, presidente da câmara de Mação.

Durante a noite parte da população “foi retirada do local” e as “pessoas mais idosas e com menor mobilidade foram transportadas para a Santa Casa da Misericórdia de Mação”.

10h30: Chamas não dão descanso em Mação


O vice-presidente da autarquia avançou que há populações em grande risco e que a própria vila de Mação está em "elevado risco" de vir a ser confrontada com uma frente de fogo.

António Louro nota que a situação está "extremamente preocupante", tendo piorado em relação à manhã de terça-feira. Questionado sobre os prejuízos já conhecidos deste fogo, o autarca desvaloriza os dados imediatos para focar-se nas consequências futuras.

"A imprensa valoriza muito o dia do incêndio como sendo o grande dia da tragédia. Em territórios em que a floresta é a principal fonte de riqueza, este é só um primeiro dia dos próximos 30 anos de falta de rendimento, falta de atividade económica, famílias com dificuldades económicas e um território que perde atratividade", explicita.

António Louro é assertivo: "A tragédia não está a acontecer hoje. A tragédia vai continuar a acontecer nas próximas três décadas em Mação porque hoje estamos a semear pobreza, falta de rendimento, abandono do território e desertificação".

A autarquia prevê que, desde domingo, o fogo tenha consumido já 20 mil hectares de território no concelho, perto de 50 por cento da área total do território concelhio.

António Louro considera que os meios são agora adequados, o que não aconteceu nos últimos dias. "Finalmente os meios chegaram", afirma, esclarecendo que esses meios "não estiveram cá no domingo quando precisávamos deles, na segunda quando precisávamos deles ou na terça quando precisávamos deles".

"Agora, estranhamente, não deve estar a arder nada no país", afirma, não tendo dúvidas que é "evidente" que os meios chegaram tarde demais.


10h27: Dominado cerca de 70% do fogo em Belver

Esta manhã, cerca de 70 por cento do incêndio que lavra em Belver, no concelho de Gavião, distrito de Portalegre, estava dominado. O fogo começou terça-feira no local de Ribeira das Eiras, na freguesia de Belver, concelho de Gavião, o alerta foi dado às 16h18.

Devido a este fogo, cerca de 120 pessoas foram retiradas de suas casas durante a noite.

Segundo a Proteção Civil, “as pessoas foram retiradas, por precaução, das suas casas, localizadas em pequenos aglomerados populacionais, e instaladas no Centro Social Belverense, em Belver”.

No entanto, “não há registo de casas ardidas, apesar da ameaça, ou de danos pessoais, estando as chamas a lavrar, com uma frente, numa zona de mato, pinhal e eucaliptal”.

O incêndio obrigou ao corte do trânsito em várias estradas da zona.

10h25: Reforço com quatro Canadairs espanhóis


A adjunta do Comando Nacional da Proteção Civil revelou ainda que esta quarta-feira quatro aviões espanhóis vão reforçar a combate às chamas.

“Conseguimos hoje pela manhã um reforço do apoio de Espanha, nomeadamente com mais quatro Canadairs que se juntam aos dois que tivemos a operar durante o dia de ontem”, frisou.

Segundo Patrícia Gaspar, continuam “acionados um total de 36 grupos de reforço, que vêm de todo o país, 23 máquinas de rasto que estão empenhadas nestas operações e dez pelotões militares”.


10h20: Quatro grandes incêndios ativos

Quatro grandes incêndios permanecem ativos em Portugal. O que começou na Sertã e se estendeu a Mação continua ativo e é aquele que mobiliza mais meios. Durante esta quarta-feira deverão chegar mais quatro aviões Canadairs espanhóis.

“Os incêndios de Castelo Branco e de Portalegre são aqueles que continuam a inspirar maior cuidado. Eu diria que a situação hoje está mais tranquila, mais estabilizada se comparáramos com o cenário que tínhamos durante o dia de ontem”, afirmou Patrícia Gaspar, adjunta do Comando Nacional de Proteção Civil, no briefing que se realizou às 9h00.

“Estamos a falar do incêndio da Sertã, do incêndio de Vale de Coelheiros, do incêndio de Gavião e ainda do incêndio de Nisa. Mantemos todos os meios concentrados nestes teatros de operações, num total de 1.648 operacionais, apoiados por 534 meios terrestes e estamos neste momento a injetar os primeiros meios aéreos nestes teatros de operações”, esclareceu.

Patrícia Gaspar revelou ainda que, “durante a noite foi possível dominar o incêndio de Mantela, no concelho de Mação. Foi o único incêndio que conseguimos dominar. Vamos ver como corre hoje e se os meios que temos no terreno conseguem de facto progredir e inverter um pouco com esta tendência”.

O concelho de Mação continua, no entanto, a ser alvo de um grande incêndio, depois de o fogo de Sertã ter alastrado.