Reportagem

Milhares de bombeiros combatem incêndios

por RTP

Os incêndios de Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, os de Vila de Rei, Castelo Branco, Mação, no distrito de Santarém e o de Soure, no distrito de Coimbra são os que mais preocupam as autoridades.

Mais atualizações

21h35 - Chamas no perímetro de Mação

As chamas lavram com intensidade, com um enorme clarão de fogo à volta da localidade.

No terreno permanecem mais de 500 operacionais.



Mação já viu o fogo a chegar em 2003 e os moradores temem que o cenário se possa repetir.

“Temos bombeiros, mas eles não conseguem chegar a todo o lado. Isto é uma extensão enorme. Não dá. (…) Eles não podem chegar a todo o lado. Vão defender as casas e pouco mais”, disse à RTP uma residente de Mação.

21h09 - Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Santarém ativado

O Plano foi ativado às 18h00, devido ao elevado número de incêndios no distrito, disse à Lusa a presidente da Comissão Municipal Distrital de Proteção Civil.

De acordo com Maria do Céu Albuquerque, a decisão decorreu na sequência do "número de incêndios que se verificam na região" e da necessidade de "preparar todos os meios disponíveis".

"Quando ativei o Plano ainda só havia o incêndio em Mação e Sardoal e a esta hora já temos também o incêndio também em Abrantes, onde entrou por Mouriscas", disse à Lusa, cerca das 20h30, a autarca, que preside à Câmara Municipal de Abrantes e à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.

20h50 - Sardoal é o ponto de encontro de dois grandes incêndios

Na localidade de Monte Cimeiro no concelho do Sardoal, que faz fronteira com o concelho de Vila de Rei, é visível o incêndio que abrange os dois concelhos.

Os dois incêndios juntaram-se dando origem a um gigantesco fogo.

As chamas ainda não atingiram habitações da localidade, nem das aldeias vizinhas.

20h27 - Chamas chegam ao perímetro urbano da vila de Mação

No concelho de Mação as chamas continua a lavrar com muita intensidade e chegaram muito perto do perímetro urbano da vila. Mais de 500 operacionais combatem o incêndio. O incêndio dirige-se para o concelho vizinho do Sardoal, com uma grande frente ativa.

No Sardoal já foram evacuadas quatro aldeias para proteger a população.

"Pessoas muito idosas e pessoas com mobilidade reduzida foram a prioridade", afirmou Miguel Borges, presidente da Câmara do Sardoal.

Há três semanas o concelho de Mação foi um dos mais fustigados pelos incêndios, que deixaram um grande rasto de destruição.

As chamas destruíram uma vasta área de pinhal e de eucalipto.

20h10 - População de Vale de Amêndoa retirada da aldeia

A aldeia de Vale da Amêndoa, em Mação, esteve cercada pelas chamas e os habitantes foram retirados.


19h50 - Chamas provocam momentos de aflição em Chão de Codes, Mação

As chamas aproximaram-se da aldeia de Chão de Codes em Mação, tendo provocado momentos de grande aflição.

Os bombeiros apoiados pelos meios aéreos e com a ajuda dos populares conseguiram salvar algumas habitações.

Os populares falam de "um inferno de cinzas" sobre o fogo que lavra há dois dias com grande intensidade na zona de Mação.

19h42 - Aldeias evacuadas no Sardoal por precaução

O presidente da Câmara do Sardoal anunciou que o incêndio florestal que lavra desde o vizinho concelho de Mação está a obrigar a evacuar, por precaução, várias aldeias do município.

"Estamos a evacuar um conjunto de aldeias, entre as quais Vale das Onegas, Saramaga e Tojeira", afirmou à agência Lusa o autarca António Miguel Borges.

O presidente da autarquia do distrito de Santarém explicou que a retirada dos habitantes destas aldeias do concelho do Sardoal se justifica como medida de precaução, depois das chamas terem tomado proporções sem controlo.

"Este incêndio já começou há uns dias, mas houve um reacendimento ontem [terça-feira] por volta das 17h30, que foi o que deu origem a todo este aparato que hoje está a acontecer, porque as coisas estavam relativamente calmas", adiantou Miguel Borges.

19h30 - A23 cortada ao trânsito junto a Abrantes

19h00 - Quatro ocorrências com maior expressão

Os incêndios de Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, os de Vila de Rei, Castelo Branco, Mação, no distrito de Santarém, e o de Soure, no distrito de Coimbra são os que mais preocupam as autoridades.

Para a adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, “os dois incêndios mais complexos, são o de Vila de Rei, em Castelo Branco, e o de Mação, no distrito de Santarém.

Segundo Patrícia Gaspar, “o incêndio de Mação apresenta uma situação delicada, estamos a ter comportamentos extremos, com algumas projeções a mais de um quilómetro de distância”.

“Incêndios que são muito difíceis de combater, que muitas vezes dificultam quer a atuação dos meios terrestres, quer a atuação dos meios aéreos, sobretudo pela intensidade energética que o próprio incêndio acaba por emitir”, frisou.

Outro incêndio, que preocupa a Proteção Civil, é o que começou esta tarde no município de Soure, distrito de Coimbra.

O incêndio de Vila Real, Ribeira de Pena, já esteve dominado mas reativou esta tarde.

Além dos bombeiros, o combate aos fogos conta com o apoio de 639 militares nos diversos teatros de operação. “Quer no que diz respeito ao rescaldo e vigilância, mas também no apoio diferenciado na área da sustentação logística, que está a ser fornecida pelo Exército e pela Marinha”, afirmou Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Em relação às condições meteorológicas está prevista uma subida da temperatura a partir de quinta-feira, sobretudo no interior, vento a predominar do quadrante noroeste com possíveis rotações para nordeste-leste.

Face às condições meteorológicas, “vamos ter um agravamento das classes de risco de incêndio, nomeadamente nos níveis muito elevado e máximo”.

“E em função deste cenário meteorológico foi decidido a manutenção e o prolongamento do estado especial, nível laranja para os 18 distritos do país, pelo menos até às 20h do dia 18”, acrescentou.

Desde as 00h00 de hoje até cerca das 19h00, a Proteção Civil tem registo de 141 ocorrências de incêndios florestais, das quais 12 encontram-se ainda em curso, afirmou Patrícia Gaspar, referindo que apenas uma destas ocorrências em curso transitou de terça-feira.

18h35 - Meios aéreos regressam a Vila de Rei

Depois de uma tarde muito complicada, em que as chamas se aproximaram de algumas habitações, os meios aéreos regressaram a Vila de Rei.

João Bernardino, presidente da junta de freguesia de Vila de Rei, afirma que os “meios aéreos têm sido fundamentais”.

18h15 - Situação mais calma no Fundão

As chamas deram tréguas na Serra da Gardunha e a situação esta quarta-feira está mais tranquila.

No entanto, ainda existem algumas reativações esporádicas.

O facto de o vento estar mais fraco e as temperaturas mais baixas têm contribuído para que essas reativações sejam combatidas de uma forma mais rápida.


18h00 - Dois fogos em Soure, Coimbra, combatidos por mais de 200 bombeiros

Duzentos bombeiros, 50 viaturas e cinco meios aéreos combatiam dois incêndios florestais na freguesia de Samuel, concelho de Soure, distrito de Coimbra, fogos que não colocam, para já, povoações em perigo.

A página da Proteção Civil indica os meios que estão a ser utilizados neste combate e refere que um dos incêndios deflagrou às 14h44 e outro às 16h10.

O presidente da Câmara de Soure, Mário Jorge Nunes, disse à agência Lusa, no local, que não há povoações em perigo, mas explicou que os incêndios já eram esperados, porque "já tinha sido ensaiados no fim de semana".

Fonte dos bombeiros disse também à Lusa que na linha de propagação do incêndio que deflagrou primeiro surgem duas povoações (Vale Servo e Salgueirinhos), mas que não houve ainda nenhuma evacuação.

17h45 - Monte Cimeiro, Sardoal, ameaçado pelas chamas

Pedro Rosa, vereador da Câmara municipal do Sardoal, afirma “que neste momento a situação é um pouco alarmante, até porque o vento parece estar a favor do incêndio”.

Por uma questão de precaução, a autarquia está a retirar os idosos e os acamados que estão na linha de fogo das suas habitações.

“É um incêndio que já vem de Ferreira do Zêzere e tem vindo de alguma forma a ganhar terreno aos nossos bombeiros. Mas, eles têm sido incansáveis”, afirmou.

“Sardoal, Mação e Vila de Rei têm sido concelhos bastante fustigados nestes últimos anos, e a nossa história não nos trás boas recordações”, recordou Pedro Rosa.

17h30 - Cerca de 60 militares da Força Aérea no apoio ao combate a incêndios florestais

A Força Aérea tem hoje cerca de 60 militares, com meios aéreos e terrestres, a apoiar a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) no âmbito da prevenção e controlo contra incêndios florestais.

Fonte oficial da Força Aérea detalhou à agência Lusa que, no terreno, estão 23 operacionais, permanecendo os restantes militares a prestar apoio no Aeródromo de Manobra N.º1, em Ovar, e na Base Aérea N.º5, em Monte Real (Leiria).

"A Força Aérea tem neste momento vários meios humanos, aéreos e terrestres a prestar apoio à Autoridade Nacional de Proteção Civil, no âmbito da prevenção e controlo contra incêndios florestais", refere em comunicado este ramo militar.

17h20 - Situação continua complicada em Vila de Rei

Em Vila de Rei, as chamas estão incontroláveis. O caso mais grave é na aldeia de Lousa. As chamas estão perto de Água Formosa, uma das Aldeias de Xisto.

A localidade de Lousa, Vila de Rei, está em sobressalto pelo avanço das chamas. Por precaução já foram retirados de suas casas as crianças e as pessoas mais velhas.

Os meios aéreos têm estado durante a tarde a ajudar ao combate às chamas, mas por volta das 17h00, esse apoio já não acontecia, já que os meios terão sido mobilizados para o incêndio de Mação.

Os bombeiros estão mobilizados, bem como os moradores, para proteger as habitações, mas uma frente de fogo parece avançar para a zona da localidade, com as chamas a lavrarem de ambos os lados de uma linha de água próxima de Lousa.

17h15 - Presidente da Câmara de Mação fala em situação dramática

Há fogos, com uma violência extrema, a atingir vários pontos do concelho e em Louriceira a situação está muito complicada, afirmou Vasco Estrela, presidente da Câmara de Mação à RTP.

Segundo o autarca, dois bombeiros ficaram feridos e várias casas foram atingidas pelo fogo.

Vasco Estrela junta-se às queixas do presidente da junta de Freguesia e afirma que faltam meios aéreos para combater as chamas.

“Se aqui estivessem (os meios aéreos) na altura em deviam ter estado, não tínhamos chegado a este ponto”, acusou.

17h00 - Chamas aproximam-se da aldeia de Chão de Codes, Mação.

Após passarem pela aldeia da Louriceira, as chamas chegaram à aldeia de Chão de Codes.

O incêndio ameaça várias casas e a população está em pânico. Várias viaturas de bombeiros tentam controlar o fogo.

16h33 - Pneumologistas alertam para riscos para a saúde respiratória

A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) alertou hoje para os "graves impactos" dos incêndios na "saúde respiratória" das populações e divulgou várias medidas preventivas, como usar máscara, não fumar, nem manipular produtos tóxicos, como vernizes, detergentes ou desinfetantes.

Os incêndios florestais têm "graves impactos para o meio ambiente e para a saúde respiratória das populações", sendo causa de inflamações na faringe, laringe, traqueia e brônquios, de infeções brônquicas e pulmonares e de "descompensação de doenças" como a asma, bronquiectasias e doença pulmonar obstrutiva crónica, afirmam os pneumologistas em comunicado.

Para minimizar os riscos, os pneumologistas deixam alguns conselhos para quem estiver sujeito ao "ar poluído dos incêndios florestais", rico em óxidos de carbono, compostos orgânicos voláteis e partículas respiráveis.

Assim, recomendem às pessoas que abandonem o local do incêndio e, em caso de não ser possível, que usem máscara ou um lenço humedecido.

Contudo, advertem, "as máscaras usadas para proteger do pó, não são eficazes para proteger" os "pulmões dos gases e de muitas das partículas finas do fumo".

16h20 - Fogo segue em direção das aldeias de Borda da Ribeira e Lousa

Alguns moradores da aldeia da Lousa, principalmente crianças e idosos, foram retirados das suas habitações.

16h07 – Aldeia da Louriceira está cercada pelas chamas

Alguns habitantes foram retirados das suas habitações e o presidente a junta de Freguesia queixa-se de falta de meios.

José Fernandes Martins afirmou que tinha receio de que o cenário se complicasse. Duas habitações foram afetadas pelas chamas.

15h46 - Aldeia de Vale da Amêndoa evacuada

O incêndio que lavra em Mação, distrito de Santarém, está a evoluir “de forma muito violenta e completamente descontrolada”, uma situação que obrigou à evacuação da aldeia de Vale de Amêndoa.

No combate às chamas estão 310 operacionais, apoiados por 88 meios terrestres e 13 meios aéreos.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, várias estradas cortadas, nomeadamente a EN 244-3, entre Louriceira e Serra, a EM 1284, entre Chão Codes e Vila de Rei, a EM 548, entre Chão de Codes e Aboboreira, e os Caminhos Municipais (CM) 1284, 75, e 1285.

15h00- Chamas regressam com intensidade a Vila de Rei


As chamas regressam com intensidade a Vila de Rei, na localidade de Água Formosa o “fogo estava novamente descontrolado e a lavrar em dois sectores com muita intensidade e com muitas projeções, sendo que, um deles, segue em direção à aldeia de Borda da Ribeira, para uma parte que já ardeu e outro setor está a seguir em direção à aldeia de Lousa", disse à Lusa, o vice-presidente daquela autarquia do distrito de Castelo Branco que confina com o vizinho município de Mação, já em Santarém, e para onde o fogo alastrou na terça-feira à noite.

O município de Vila de Rei mantém o Plano de Emergência Municipal ativo desde as 19h30 de domingo, dia em que as chamas entraram no concelho provenientes de um sinistro em Ferreira do Zêzere, tendo obrigado a evacuação de cerca de 15 aldeias e à retirada de 112 habitantes.