Presidente do IPO de Lisboa classifica parecer do Conselho de Ética como equilibrado

por Sandra Henriques

O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, Francisco Ramos, considera equilibrado o parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) que recomenda o racionamento do acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, Sida e doenças reumáticas.

Francisco Ramos, que foi uma das pessoas ouvidas durante a elaboração do parecer, afirma à Antena1 que não se trata de uma questão de racionamento do acesso aos cuidados de saúde, mas sim de admitir que os aspetos económicos têm de ser tidos em conta na tomada de decisões.

O documento, a que a Antena1 teve acesso, revela que o CNECV defende que o racionamento de tratamentos é legítimo e deve ser feito depois de ouvidos os médicos, os gestores e os doentes. Tudo depende do custo dos tratamentos e da avaliação de se prolongam a vida durante tempo suficiente para justificar os gastos.
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