Variante Delta representa totalidade de casos nas regiões do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo

por Andreia Martins - RTP
Pedro Nunes - Reuters

O último relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a diversidade genética do SARS-CoV2 em Portugal mostra o domínio absoluto da variante Delta no território português, sobretudo nas regiões do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo, onde representa a totalidade dos casos de infeção.

Prevalência quase absoluta. Segundo o relatório do INSA sobre a diversidade genética da Covid-19 em Portugal, a variante Delta, associada à Índia e considerada mais transmissível, apresenta uma prevalência de 86,6 por cento no território português.

A prevalência da variante Delta é ainda mais avassaladora nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve: 100 por cento dos casos. A Norte, a variante Delta tem uma prevalência de 88,2 por cento e no Centro de 81,8.

No Alentejo, a prevalência da variante Delta já atinge os 95 por cento e nas regiões autónomas, a variante B.1.617.2, como é designada pelos cientistas, já constitui 62,5 por cento dos casos nos Açores e 79,2 por cento na Madeira.
Já a variante Alpha, identificada pela primeira vez no Reino Unido, é responsável apenas por 10,2 por cento das infeções registadas entre 28 de junho e 4 de julho no território nacional.

O relatório do INSA indica ainda que existe uma baixa prevalência das variantes Beta e Gamma, associadas à África do Sul e ao Brasil, respetivamente, que se mantém baixa e sem tendência crescente, inferior a 1 por cento.

Neste relatório, foram analisadas 11.386 sequências do genoma do novo coronavírus recolhidas em mais de uma centena de laboratórios e hospitais de 290 concelhos do país.

Destaque ainda para a classificação da variante B.1.621, detetada inicialmente na Colômbia, que está em circulação em Portugal com uma frequência relativa de cerca de 1 por cento nas últimas semanas.

Esta última é rotulada coomo “variante de interesse” (VOI), que “apresenta várias mutações na proteína Spike”, à semelhança do que acontece com outras “variantes de preocupação” (VOC). A esta última categoria pertencem variáveis como a Alpha, a Beta, a Gamma e a Delta. 
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