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Reportagem

Dez candidatos a Belém na Antena 1: o filme do debate

por Christopher Marques - RTP

Duas horas de debate com os dez pretendentes à sucessão de Cavaco Silva. Os candidatos à Presidência da República encontraram-se esta segunda-feira para o maior debate presidencial até hoje realizado em Portugal. A moderação esteve a cargo de Maria Flor Pedroso, editora de política da Antena 1.

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11h58: Termina o primeiro debate presidencial com todos os candidatos presidenciais.


11h55: Paulo Morais
diz que votará em branco na segunda volta se passar. Sampaio da Nóvoa afirma que não votará em Marcelo Rebelo de Sousa, frisando que é o "candidato recomendado por Passos Coelho e Paulo Portas".

Maria de Belém
afirma que não votará em Marcelo Rebelo de Sousa. Marisa Matias e Edgar Silva afirmam que não votarão em Marcelo Rebelo de Sousa. Marcelo afirma que votará no mesmo que na primeira.


11h51: Henrique Neto, Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa
criticam Cavaco Silva por não ter marcado eleições mais cedo. Maria de Belém, Marisa Matias, Jorge Sequeira, Vitorino Silva e Cândido Ferreira também defendem maior espaçamento entre eleições. Paulo Morais considera que problema está na Constituição.


11h50:
Em resposta a Paulo Morais, Maria de Belém sublinha complexidade de elaboração de um Orçamento do Estado.

11h47: Paulo Morais
afirma que teria demitido tanto José Sócrates como Passos Coelho por terem "mentido" aos portugueses. Morais critica o Governo de António Costa por ainda não ter apresentado um Orçamento do Estado. Garante ainda que demitirá um Governo que apresente um Orçamento inconstitucional.


11h44: Marcelo Rebelo de Sousa
defende que Constituição vale mais do que o direito europeu. Marcelo rejeita ideia que sejam demitidos Governos à priori e critica especulação sobre esse assunto. O candidato considera que na crise política de 2013 poderia ter estado em causa a demissão do Executivo, e que a mesma dependeria das condições de alternativa. Marcelo afirma que teria muita dificuldade em dissolver o Parlamento na altura.


11h43: Maria de Belém
considera que a demissão de um Governo só se faz em situações excecionais.


11h39: Marisa Matias
afirma que não demitiria um Governo que falhasse as metas orçamentais e critica a forma de cálculos do défices.


11h38: Vitorino Silva
defende que governos têm de deixar de "vender a banha da cobra".


11h37: Jorge Sequeira
considera que governantes devem ser responsabilizados por falhar metas e promessas. "Têm de colocar objetivos que sejam realistas" e faz uma analogia com os treinadores de futebol que é despedido quando não tem resultados.


11h34: Edgar Silva
rejeita a ideia de demitir um executivo por incumprimento de metas orçamentais.


11h32: Cândido Ferreira
volta a atacar Sampaio da Nóvoa. Afirma que Sampaio da Nóvoa dissera no passado que demitiria o Governo de Passos. Cândido Ferreira afirma que não esteve de acordo com medidas do anterior executivo, mas afirma que não viu motivos para que fosse demitido.


11h30: Sampaio da Nóvoa
critica o pré-anúncio de uma demissão do Governo devido ao cumprimento de défices. Sampaio da Nóvoa diz que poderia ter demitido o Governo de Passos na crise de 2013, mas que não o teria feito por motivos orçamentais.


11h28: Henrique Neto
considera que caso o não cumprimento das responsabilidades internacionais coloque em causa o futuro dos portugueses. Neto diz que teria demitido o Governo de José Sócrates pelo endividamento do país. Afirma que não teria demitido por Passos Coelho pelo mesmo motivo, mas admite que o teria feito por outros motivos.


11H27: Debate segue para a quarta ronda.


11h25: Edgar Silva
considera que os deveres de participação em missões de paz das Nações Unidas são "imperativos". O candidato do PCP diferencia estes das participações militares no quadro dos blocos militares, nomeadamente da NATO. Silva insiste que a Constituição aponta que Portugal deve ter função importante na dissolução dos blocos militares.

11h24: Vitorino Silva (Tino de Rans) começa por dizer que foi à tropa "e gostou muito", e sublinha que as Forças Armadas não são usadas em situações de guerra. Silva diz que quer ser comandante supremo não só das "Forças Armadas" mas também das "forças desarmadas".


11h20: Marisa Matias
defende que é necessário dignificar as Forças Armadas. A candidata do Bloco de Esquerda diz não ter nada contra missões de paz, mas rejeita o que diz ser "a guerra pela guerra". Matias considera que é falsa a ideia de que o extremismo islâmico será combatido com mais guerra. Matias considera que é fundamental atacar as fontes de financiamento: não vender armas e não comprar plenários, aponta.


11h16: Paulo Morais
considera que os portugueses não têm bem a noção da função das forças armadas atualmente. O candidato considera que é necessário um novo conceito estratégico de defesa nacional, que os portugueses possam perceber, e que as forças armadas ocupem efetivamente o território.

O candidato considera que há necessidade de saber para que servem as forças armadas.


11h14:
Maria de Belém defende que Portugal deve fazer um discurso forte nas causas dos conflitos com o Estado Islâmico. A candidata considera que Portugal deve fazer "um esforço forte" para que se ataquem as causas do fortalecimento do Estado Islâmico, dando o exemplo das suas formas de financiamento.


11h11: Marcelo Rebelo de Sousa
admite que se trabalhe para que haja mais pluralidade no Conselho de Defesa.


11h08: Sampaio da Nóvoa
considera que reforço da soberania é essencial e afirma que não é possível renunciar a uma intervenção militar contra o Estado Islâmico se esta for necessária.


11h05: Henrique Neto
defende que é preciso uma estratégia para as forças armadas, mostrando-se defensor da sua existência. Henrique Neto considera que é preciso uma missão que as prestigie aos olhos dos portugueses e da comunidade internacional.


11h04: Cândido Ferreira
promete marcar presença no dia do ex-combatente caso seja eleito Presidente da República. O candidato considera que Portugal deve aumentar a sua presença militar a sul, nomeadamente em Porto Santo, "para proteger" as Selvagens e defende que não se deve desinvestir na Defesa.


11h02: Jorge Sequeira
defende que manteria as tropas, face ao perigo do radicalismo islâmico. "Temos de ser solidários", afirma, apontando que não é possível negociar com estes terroristas.


11h00: Edgar Silva
defende maior pluralidade no Conselho de Defesa, considerando que o PR deveria ter o poder de indicação. Edgar Silva defende que o Presidente não deveria estar dependente de uma "omnipresente" presença do Governo. O candidato do PCP defende que Portugal deve envolver-se numa "outra cultura da paz".

Edgar Silva não esclarece o que faria com as tropas que estão atualmente no exterior e diz que tudo faria para impedir que os militares portugueses estivessem envolvidos em "conflitos bélicos nos quais não fomos ditos nem achados"


10H58: Debate segue para terceira ronda. Defesa Nacional é o tema deste novo ciclo.


10h56: Maria de Belém
considera que solução para a Banif foi a melhor possível face às circunstâncias. Maria de Belém reafirma que o Presidente da República seria obrigado a aprovar o retificativo, se este fosse sujeito a uma segunda apresentação por parte do Parlamento.

10h54: Marisa Matias
sublinha que com as novas regras europeias com um modelo comum de resolução, os contribuintes são os últimos a pagar pelos problemas na banca.

10h51: Henrique Neto
discorda da solução para o Banif e considera que os casos eram previsíveis. "É preciso que Portugal tenha uma estratégia para o futuro e decida quais são os perigos que temos de afrontar", aponta Henrique Neto.


10H49: Cândido Ferreira critica "comentarite" no debate e defende que há problemas mais importantes a ser discutidos. Cândido diz que aprovaria solução para o Banif, uma vez que o Presidente da República deve trabalhar para a coesão do Banif e que a falência do banco traria "problemas enormes" em todo o país, sublinhando a forte presença do Banif nas regiões autónomas. O candidato defende uma auditoria a todo o sistema financeiro e às empresas públicas.


10h46:
Edgar Silva afirma discordar da solução adotada para o Banif e defende "controlo público" da banca. "Nada nos impede de caminhar para um controlo público do setor financeiro", afirma, considerando que tal está mesmo em conformidade com a Constituição.


10h44: Sampaio da Nóvoa
considera que solução para Banif era a melhor que podia ser tomada naquela altura.


10h42:
Marcelo Rebelo de Sousa mostra apreço pelos partidos que querem uma Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso Banif. Maria Flor Pedroso ressalva que todos solicitaram. "Alguns mais rapidamente do que outros", afirma Marcelo, em referência aos partidos de esquerda.


10h41: Maria de Belém
sublinha limitações do Presidente da República e critica demora do anterior Governo em solucionar caso Banif.


10H40: Paulo Morais
considera que o problema do Banif não deveria ter acontecido, sublinhando a notícia divulgada pela TVI sobre o fecho do banco, divulgada quando decorria o concurso. Morais considera que o concurso deveria ter sido anulado perante esta notícia. O responsável diz que não faz qualquer sentido a resolução que foi tomada.


10h37: Marisa Matias
defende melhor solução para Banif não foi seguida e que Portugal deveria ser menos obediente face às diretivas de Bruxelas. A candidata acredita que poderia ter sido feito diferente com o Banif, apesar das diretivas europeias. Critica a atitude de Cavaco Silva.


10h35: Segunda ronda começa com pergunta a Marisa Matias sobre o facto de afirmar que não promulgaria o Orçamento Retificativo


10h33: Paulo Morais
considera que pode ser um melhor Presidente porque considera que pode devolver dignidade aos portugueses. Morais recorda o elevado número de desempregados em Portugal e critica que os desempregados sejam sujeitos a apresentações períodos em centros de emprego ou juntas de freguesia.

"Portugal, contrariamente ao que se diz, não é um país pobre", considerando que Portugal tem "potencial", voltando a falar da necessidade de combater corrupção, tema que tem sido uma das suas bandeiras.


10h32: Marcelo Rebelo de Sousa
defende que Portugal já ganhou com esta campanha eleitoral, pelo que diz ser o "nível elevadíssimo" dos candidatos e pela multiplicação de debates.


10h31: Maria de Belém aponta a sua experiência de vida, carreira na administração pública e na política, como motivos que a levam a candidatar. Maria de Belém considera que deu provas e que se dedicou a causas, tanto no setor público, como social e privado. "Tenho para oferecer a minha experiência e a forma como estive e como exerci", afirma.


10h27: Marisa Matias defende que é necessário defender o país e que é candidata porque entende que é fundamental no atual contexto, nomeadamente da União Europeia, alguém que conhece o país não só de dentro como de fora. Marisa Matias, candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, é deputada no Parlamento Europeu.

Matias responde a Cândido Ferreira e diz que também defende que todos os candidatos devem ser tratados de forma igual.


10h24: Vitorino Silva (Tino de Rans) considera que o facto de ter sido presidente de junta é uma mais valia e diz que está sempre "pronto para beijar", não só em tempo de eleições. Afirma que é um dos candidatos sem formação superior. "Falta-me inglês técnico para acabar o meu curso", atiça.


10h22: Jorge Sequeira afirma que é um académico, mas que conhece todo o país e é um empresário. "Conheço bem este país, há aqui investigação, ação", afirma. Sequeira diz ainda que viveu "sempre na incerteza". Sequeira retoma os aspetos que Cavaco Silva considerou importantes para o cargo de Presidente da República.


10h20: Edgar Silva volta a frisar o seu compromisso pelo respeito da Constituição da República Portuguesa. "Não basta conhecer a Constituição", afirma. O candidato apoiado pelo PCP sublinha que o Presidente jura defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição.


10h17: Cândido Ferreira defende que toda a sua vida foi "entregue a causas", define-se como uma pessoa "extremamente generosa". "Sou combativo, não compactuo com o sistema", afirma. Cândido Ferreira refere a diferença de tratamento entre candidatos nos debates e elogia Marcelo Rebelo de Sousa por também ter criticado esta situação.

"Têm medo de debater comigo", afirma Cândido Ferreira. "Há aqui claramente um candidato contra nove candidatos, da qual ressalvo a posição do professor Marcelo Rebelo de Sousa", mantém.


10h16: Sampaio da Nóvoa defende ser o melhor candidato pela "capacidade de diálogo e entendimento entre pessoas muito diferentes", perante o que diz ser um país "muito fraturado" e com "muita crispação". "É preciso alguém que seja capaz de falar com estas diversas forças e entenda este novo tempo", defende o candidato.

"Poderei ser esse Presidente da República", afirma Sampaio da Nóvoa, ex-reitor da Universidade de Lisboa.


10h13: Henrique Neto afirma que todos os candidatos estão em igualdade de circunstância neste debate, os que afirma serem do sistema ou do "castelo" e os restantes. O candidato sublinha a sua experiência profissional e a sua participação política desde os 14 anos.

10h12: Henrique Neto é o primeiro a falar no debate, sendo também o primeiro candidato a aparecer nos boletins de voto, de acordo com o sorteio do Tribunal Constitucional.


10h10: Arranca o primeiro debate presidencial com os dez candidatos.


10h08: O debate chegará ao fim por volta das 12h00. Maria Flor Pedroso informa que os microfones dos candidatos estarão sempre abertos.

10h00: O debate terá início logo a seguir às notícias das 10h00 da Antena 1. Pode acompanhar o debate em streaming aqui. 




09h52: Depois de vários duelos, os candidatos presidenciais encontram-se todos, pela primeira vez, para um debate conjunto. Acompanhamos ao minuto aquele que é o maior debate presidencial jamais realizado em Portugal. O debate tem início depois das 10h00.