Novo Governo. António Costa inicia reuniões com forças parlamentares

por RTP
O líder socialista avançou na terça-feira que o próximo Governo “será semelhante ao atual” Miguel A. Lopes - Lusa

O secretário-geral do PS realiza esta quarta-feira a primeira série de reuniões com as forças parlamentares de esquerda e o PAN. António Costa vai deslocar-se às sedes dos partidos com os quais irá dialogar sobre as condições de estabilidade governativa, tendo em conta a nova constituição da Assembleia da República, após as eleições do último domingo.

Ao terceiro dia após as eleições e depois de ter sido indigitado pelo Presidente da República para formar Governo, António Costa desloca-se às sedes dos vários partidos, num périplo para conquistar apoios parlamentares à formação de Governo.

As reuniões arrancam logo às 10h00, na sede do Livre e prosseguem ao final da manhã, na sede do PAN. António Costa segue depois para a sede do PEV, às 14h00, e duas horas mais tarde, na sede do PCP. A última reunião do dia decorrerá na sede do Bloco de Esquerda, a partir das 18h00.  

Na equipa negocial do Partido Socialista, ao lado de António Costa, estarão também o presidente do PS, Carlos César, a secretária-geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes, e ainda o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.  

Após as reuniões desta quarta-feira, o secretário-geral do PS e restante equipa de trabalho terão na quinta-feira uma reunião da Comissão Política Nacional do partido, com vista à análise das perspetivas de governabilidade para a próxima legislatura.

Logo na noite eleitoral, no domingo, com a vitória do PS no escrutínio, António Costa traçou como objetivo a formação de um Governo estável de legislatura. “Os portugueses gostaram da geringonça e desejam continuidade da atual solução política”, disse na altura, prometendo que tentaria repor os entendimentos políticos com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, incluindo agora o PAN, que elegeu mais três deputados, e o Livre, que elegeu pela primeira vez um deputado.  

O líder socialista avançou na terça-feira que o próximo Governo “será semelhante ao atual”, mas nas negociações de hoje poderá esperar dificuldades acrescidas junto de um dos parceiros do passado: o PCP, uma vez que Jerónimo de Sousa disse, logo na noite eleitoral, que desta vez não haverá acordo escrito.

O líder comunista disse na altura que os entendimentos seriam tratados “caso a caso”.

Em Belém, espera-se que estas negociações decorram com celeridade.

Logo no domingo, após serem conhecidos os primeiros resultados, o Presidente da República marcou rapidamente as audições com os vários partidos, assumindo que existe “uma razão de urgência”: a realização de um Conselho Europeu “muito importante” que servirá para discutir o Brexit, a decorrer já a 17 e 18 de outubro, quinta e sexta-feira da próxima semana.
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