Invasão de taberna pelos Super Dragões

por Mário Aleixo - RTP
O estabelecimento do pai de Jorge Ferreira foi invadido já depois da hora de fecho Carlos Rui Abreu/JN

Elementos da claque portista invadiram a taberna, propriedade do pai do árbitro Jorge Ferreira. As reações não se fizeram esperar.

O grupo integrava o seu líder Fernando Madureira e esteve na segunda-feira à noite na Taberna da Esquiça, em Fafe, propriedade do pai de Jorge Ferreira, árbitro do desafio Paços de Ferreira-Benfica, encontro que os encarnados venceram por 3-1.

Os adeptos portistas entraram no estabelecimento pelas 21h30, já depois da hora do fecho.

Os referidos elementos terão pedido para falar com Jorge Ferreira chamando-o de "gatuno", numa alusão ao penálti assinalado sobre Jonas, que permitiu ao Benfica fazer o 2-1 perto do intervalo do jogo.

Jorge Ferreira estava ausente e os mesmos indivíduos terão pedido para jantar o que lhes foi negado, tendo de seguida pedido o livro de reclamações.

De seguida o empregado chamou a GNR de Fafe a quem apresentou queixa contra os adeptos tendo argumentado que os indivíduos terão consumido vários produtos sem pagarem.

O líder da claque também fez saber que pediu a presença dos elementos da autoridade no local, o que foi confirmado por Armindo Ferreira, pai do árbitro e dono do estabelecimento.

Fernando Madureira argumentou que o pedido foi feito com base no facto de não lhes ter sido facultado o livro de reclamações.

Armindo Ferreira revelou que o árbitro vê esta situação como uma forma de intimidação e de ameaça.

Jorge Ferreira a partir de hoje e por conselho da CA da FPF vai passar andar acompanhado de segurança privada.

Cunha Antunes lança alerta

Cunha Antunes presidente da Comissão de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga (AFB) lamenta o episódio porque um dia vai acontecer algo de muito mau.



Cunha Antunes já falou com Jorge Ferreira e sente o árbitro preocupado e coagido.



Em declarações ao jornalista da Antena 1 José Carlos Lopes, o líder dos árbitros bracarenses diz que o campeonato está renhido mas tem que haver contenção de todos os agentes do futebol.


O chefe da claque portista Fernando Madureira, em declarações ao jornalista da Antena 1 Fernando Eurico, contou a sua versão do sucedido.



O adepto garantiu não saber que o restaurante era da família Ferreira. O líder dos Super Dragões disse ainda não perceber onde está a intimidação se nem sequer se cruzaram com o árbitro Jorge Ferreira.


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