Taça de Portugal. Caldas recebe Sporting de Braga sob protesto em Torres Vedras

O Caldas vai receber hoje o Sporting de Braga sob protesto em Torres Vedras, após o recinto ter sido alterado a menos de 24 horas do jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol.

Lusa /
Pedro A. Pina - RTP

"Sob protesto. Vamos a jogo. Por cada sócio. Por cada adepto. Por cada petiz, traquina, infantil, iniciado, juvenil, júnior, sénior e veterano. Porque queremos continuar a fazer do desporto aquilo que diariamente lhes tentamos ensinar", anunciou o clube da Série B da Liga 3, terceiro escalão nacional, numa nota publicada nas redes sociais.

Horas antes, o plantel do Caldas reuniu-se para avaliar a participação no jogo com o primodivisionário Sporting de Braga, que não queria disputar.

"Não vergar significaria que hoje não entraríamos em campo. Seria essa a nossa maior vontade, mas as consequências desta decisão seriam nefastas para o Caldas. Sermos castigados por uma ação que nos parecia inevitável para bem da verdade desportiva era sofrer as consequências duplamente", sustentou.

A partida estava marcada para as 18:45, no Campo da Mata, nas Caldas da Rainha, mas o estado do relvado, alegadamente impraticável, levou a Federação Portuguesa de Futebol a reagendá-la para as 19:00, no Estádio Manuel Marques, em Torres Vedras, a cerca de 50 quilómetros.

"Ontem (na segunda-feira), ao início da noite, o nosso Campo da Mata foi dado como interdito. E assim, tiraram-nos o chão e encostaram-nos à parede. A falta de respeito e consideração que sentimos é gigante. Sócios e adeptos, garantimos que não nos calaremos nem esqueceremos", frisou.

Caldas e Sporting de Braga, detentor de três troféus, protagonizam o sétimo e penúltimo jogo dos 'oitavos' da 86.ª edição da Taça de Portugal, sob arbitragem de Sérgio Guelho, da associação da Guarda.

Nos 'quartos', o vencedor vai medir forças com o Lusitano de Évora ou o Fafe, ambos da Liga 3, que se enfrentam no sábado, no fecho da ronda.

"O dia de hoje era especial porque, mesmo antes do Natal, teríamos a família reunida nas bancadas do nosso campo. Estaríamos todos, de cachecol caído aos ombros, a celebrar a beleza que é apoiar o clube que vimos (e que nos viu) crescer. Tiraram-nos isso, mas não nos tiram nunca a vontade de representar este brasão e de o dignificar em cada minuto em campo", refere ainda a nota.

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