Centralização dos direitos audiovisuais. Líder da LPFP fala em consenso inicial

A centralização dos direitos audiovisuais esteve no centro do debate da XVI Cimeira de Presidentes e Reinado Teixeira, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), fala num clima de consenso entre os clubes. A decisão segue para Assembleia Geral.

RTP /
Fernando Veludo - Lusa

A reunião entre todos os presidentes dos clubes da I e II Ligas, faltaram Arouca e Felgueiras, iniciou por volta das 10h00 e focou-se essencialmente no primeiro ponto da ordem de trabalhos, a chave de distribuição dos direitos audiovisuais.

Numa partilha de ideias que Reinaldo Teixeira garante ter sido “muito agradável e com grande espírito de cooperação e compromisso”, a Liga apresentou os pilares dessa chave e acredita num possível entendimento entre todos os dirigentes.

A proposta final deve ser apresentada em junho de 2026. Até à data da Cimeira realizada esta quinta-feira, ainda não tinha havido consenso entre os clubes: “Todos querem ganhar, mas temos de trabalhar para conseguirmos esse entendimento o mais forte possível, para que quando for aprovada a decisão, seja com a maior concordância”.

Os valores finais do processo de centralização só serão conhecidos quando a proposta final avançar para leilão dirigido aos operadores interessados. Por enquanto, o presidente da Liga Portugal garante que o papel do organismo deve passar por “valorizar o produto e as competições, para atrair mais interessados”.

Fim da Taça da Liga

O debate entre os presidentes alargou-se a outros temas relacionados com a carga competitiva das equipas portuguesas. Já com Frederico Varandas ausente da reunião, depois de regressar mais cedo a Lisboa devido a “compromissos inadiáveis”, os líderes de Benfica, FC Porto e Paços de Ferreira mostraram-se a favor de acabar com a Taça da Liga.

Em sentido inverso, o SC Braga apoiou a continuidade da prova. Sobre o assunto, a Liga garante que só fará alterações “se entender que há mais-valias para que isso aconteça”.

Depois de apresentado um estudo sobre os quadros competitivos das provas profissionais, a Liga propôs um novo modelo para a Taça da Liga, semelhante ao atual formato da Liga dos Campeões, com o regresso de todos os clubes das ligas profissionais à competição.

O torneio tem uma nova configuração desde a temporada passada, decisão que também partiu de uma Cimeira de Presidentes, realizada em 2023. Atualmente há apenas oito equipas em prova, em detrimento das épocas anteriores, em que todos os clubes participavam.

Segurança das Infraestruturas

O último ponto discutido centrou-se na qualidade dos estádios e infraestruturas. A ideia é haver um incremento nas condições dos espaços, nomeadamente a nível de segurança e conforto para os adeptos. O tema continuará a ser debatido por um grupo de trabalho selecionado para o efeito.

A próxima Cimeira de presidentes está marcada para maio de 2026.

Clubes reveêm-se na posição da Liga sobre a APAF

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, considerou que os clubes concordam com a resposta dada pelo organismo à tomada de posição da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), na quarta-feira.

"Não se falou hoje de arbitragem. Esse tema foi tratado em devido tempo, em reunião com a APAF, dia 12 de novembro. Também em diálogos posteriores e também no comunicado que publicámos ontem. Tenho a melhor relação de respeito pela classe de arbitragem, reconheço que é uma posição difícil", disse, em conferência de imprensa, na Arena Liga Portugal, no Porto.

Reinaldo Teixeira considera que a ausência do tema se deve a uma convergência dos clubes em relação à resposta da LPFP, publicada horas após o comunicado do organismo que representa as arbitragens.
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