Marítimo. Eleições colocam frente a frente Carlos Pereira e Rui Fontes

por Lusa
Os sócios do Marítimo decidem sábado quem vai dirigir o clube nos próximos quatro anos D.R.

As eleições para os órgãos sociais do Marítimo para o quadriénio 2021-2025 realizam-se no sábado, com o atual presidente Carlos Pereira (lista B) a recandidatar-se frente ao antigo presidente Rui Fontes (lista A), entre as 9h00 e as 21h00, no Estádio dos Barreiros, no Funchal.

Carlos Pereira, que preside ao Marítimo desde 1997, recandidata-se à liderança do clube madeirense, depois de três anos em que “as coisas correram menos bem”, reivindicando, em entrevista à agência Lusa, a obra feita.

A minha vida empresarial e desportiva sempre foi em crescente, em termos patrimoniais e mesmo em resultados desportivos. Sete vezes nas competições europeias, 30 jogos na Europa, duas finais da Taça da Liga, uma final da Taça de Portugal, acho que isto é obra”, enalteceu Carlos Pereira, referindo que é o primeiro a admitir que nos últimos três anos “as coisas correram menos bem”.

O empresário de 69 anos vai pela primeira vez enfrentar oposição nas eleições para os órgãos sociais do clube, marcadas para sábado, caso de Rui Fontes, a quem sucedeu, em 1997.

Carlos Pereira recordou as dificuldades enfrentadas nas últimas três temporadas, nas quais o clube lutou pela manutenção na I Liga até às últimas jornadas, “fruto da pandemia e do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF)”.

O líder dos "leões do Almirante Reis" salientou que o Marítimo “tem de se capacitar que é um clube formador”, num processo que inclui as equipas de sub-19, sub-23, B e principal, num “futuro que tem de ser risonho, de mais futebol e mais espetáculo”.

Temos de começar a formar cada vez mais para pensarmos na academia, no polidesportivo e na piscina que já estão projetados aqui em Santo António (Complexo Desportivo do clube)”, destacou.

Rui Fontes aponta a novo rumo no Marítimo assinalando "fim de ciclo"

R0ui Fontes assinalou o “fim de ciclo” do presidente do Marítimo, Carlos Pereira, para procurar um novo rumo no clube da I Liga portuguesa de futebol, após as eleições marcadas para sábado.

"Há um presidente do Marítimo que está há 24 anos à frente do clube, o que é demasiado tempo. Vê-se nitidamente que ele já está em fim de ciclo, portanto, há que inovar e encontrar um novo rumo”, afirmou Rui Fontes, em entrevista à agência Lusa.

O empresário de 68 anos, antecessor de Carlos Pereira presidiu ao clube entre 1988 e 1997, encabeça a candidatura “Tá na Hora – Novo Rumo”, tornando-se no primeiro opositor do atual presidente em atos eleitorais.

Temos um projeto ambicioso, cujo objetivo é colocar o Marítimo entre os seis, sete primeiros clubes nacionais nos próximos três, quatro anos, ou seja, durante o nosso mandato”, referiu Rui Fontes.

O candidato da lista A pretende revolucionar a gestão do emblema madeirense, defendendo que a SAD seja liderada por “quem percebe e sabe de futebol”, sendo que o clube detém 91% do capital social da SAD.

O futebol, o relvado, o estado da sede, tudo está por acabar. Há um desleixo tremendo em tudo. Dentro do clube os funcionários vivem com medo de tudo, medo do presidente, não têm respeito pelo presidente, têm medo do presidente e isto não são formas de gerir nada”, lamentou.


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