O treinador do Benfica, Jorge Jesus, considerou hoje que as "referências individuais" vão ser fundamentais na decisão do clássico de sexta-feira, frente ao FC Porto, mais do que a estratégia de jogo, na qual "não há nada para inventar".
Para o treinador do Benfica, desse ponto de vista "não há nada ainventar", sobretudo quando estão frente a frente duas equipas que "estão habituadas a defrontar-se nos últimos anos e que mantém praticamente os mesmos jogadores".
Solicitado a comentar a mais-valia que Lucho e Janko, contratados na reabertura de mercado de inverno, trouxeram ao FC Porto, Jorge Jesus não vislumbra grandes diferenças.
"O FC Porto não melhorou muito do ponto de vista técnico-tático com a entrada do Lucho. Já do ponto de vista da afirmação de liderança, de presença em campo a comandar as ideias do treinador, aí sim, melhorou", referiu Jesus, que, em relação a Janko, não vê que este leve vantagem sobre Kléber.
O técnico encarnado lembrou que o Benfica já se tinha cruzado com Janko, quando defrontou o FC Twente, no "play-off" de acesso à Liga dos Campeões, e "não vê grandes diferenças" entre o avançado austríaco e Kléber, que "é um excelente jogador".
Falando, ainda, de jogadores, Jesus atribuiu a uma "coincidência" o facto do Benfica não ter podido contar com Javi Garcia nas três derrotas sofridas esta época, mas reconheceu que a equipa tem "mais equilíbrio defensivo" com o espanhol no onze, tornando-o "mais forte".
No entanto, "não vê que tenha sido pela ausência de Javi Garcia que o Benfica perdeu" esses três jogos, e confirmou que o espanhol vai mesmo "ser titular" frente ao FC Porto.
Sobre a quebra de rendimento do argentino Nico Gaitán, reconheceu que este "perdeu condição física e qualidade de jogo", depois de um compromisso da seleção das pampas, e que nos últimos dois jogos pelo Benfica "não esteve tão forte como costuma estar", situação que desvalorizou em função dos "picos de forma" dos jogadores que "é preciso gerir".