A prenda de aniversário mais desejada por Rui Costa

por Lusa
RTP

O antigo futebolista internacional português Rui Costa revelou que o presente que gostava de receber, pelos 48 anos que hoje comemora, era saber que todos cumprem o que é pedido para evitar a propagação da pandemia.

“Hoje, no dia em que completo 48 anos de idade, não posso desejar outra prenda que não seja esta: vamos TODOS – porque só assim faz sentido – cumprir aquilo que nos é pedido a cada instante. Vamos proteger-nos, vamos proteger quem está ao nosso lado, vamos cuidar uns dos outros”, escreve Rui Costa na página do Benfica na internet.

O administrador da SAD do Benfica deixa uma palavra especial aos profissionais de saúde que “estão na linha da frente a combater o inimigo invisível” e também aos “familiares e amigos dos 100 portugueses” que faleceram nos últimos dias devido à COVID-19.

O antigo futebolista, que entre 1994 e 2006 alinhou em Itália, na Fiorentina e no AC Milan, lembrou o país que, atualmente, regista mais de 90.000 casos de infeção e cerca de 10.000 mortos.

“Não posso deixar de lembrar os muitos amigos que tenho em Itália. Um país maravilhoso que me acolheu – a mim e à minha família – durante 12 anos de uma forma que jamais esquecerei. Itália é hoje o país com mais mortes causadas por esta doença e esse sofrimento magoa-nos a todos, como também nos continua a magoar a velocidade com que este vírus se vai espalhando por todo o mundo”, afirma.

Rui Costa garante que atual situação exige que todos estejam unidos: “Num cenário destes, que só conhecíamos dos filmes, apenas poderemos vencer se estivermos juntos. Mais juntos do que nunca”.

O antigo futebolista, que começou e terminou a carreira no Benfica, destaca a “excelente resposta” que o desporto tem dado na atual situação de pandemia, considerando que “as rivalidades existem – e vão sempre existir –, mas o respeito e os bons exemplos que se tem visto nos últimos dias devem ser permanentes”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000. Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, segundo o balanço feito sábado pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 100 mortes e 5.170 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 418 estão internados, 89 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril.
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