“Isto não é o V. Guimarães. Isto é o Benfica. Acordem!”

Adeptos do Benfica revoltados com empate frente ao U. Madeira.

Mário Aleixo - RTP /
Rui Vitória foi o mais visado pelas críticas dos adeptos mas os jogadores também não escaparam Miguel A. Lopes-Lusa

Os adeptos do clube da Luz manifestaram o desagrado pelo empate alcançado pela equipa da “águia”, esta terça-feira à noite, no Estádio da Choupana, frente ao União.

No decorrer do jogo um grupo de adeptos colocado atrás do banco de suplentes dos encarnados foram lançando críticas à equipa. As exceções eram Lisandro Lopez e Renato Sanchez que nesta altura são os “meninos bonitos” dos apoiantes do Benfica.

No final da partida e quando a equipa abandonava o estádio e se dirigia para o autocarro as críticas subiram de tom.

Jonas, Talisca e Raúl Jimenez foram alguns dos visados mas a maior contestação estava reservada para o treinador Rui Vitória que ouviu com insistência as frases: “Isto não é o V. Guimarães. Isto é o Benfica. Acordem! São precisas vitórias”.

Posteriormente de dentro do autocarro, onde já se encontrava, saiu o administrador Rui Costa que em diálogo aceso com os adeptos pediu respeito pelos jogadores e treinadores, sobretudo, nos momentos difíceis.

Quanto a Rui Vitória defendeu o grupo e disse que não vale a pena ficar cabisbaixo, interessa levantar a cabeça e trabalhar com rigor.



A equipa regressou na última noite a Lisboa e começa na tarde desta quarta-feira a preparar o jogo com o Rio Ave de domingo à tarde.

No rescaldo do encontro com o União há a registar a lesão de Eliseu. O defesa saiu a coxear com um traumatismo num pé e será hoje (quarta-feira) reavaliado.

José Manuel Capristano dececionado


O ex-dirigente dos encarnados José Manuel Capristano, em declarações ao jornalista da Antena 1 Eduardo Gonçalves, lamentou a escorregadela da equipa na Madeira e afirmou: “O Benfica jogou displicentemente. Foi uma deceção o resultado e a exibição. É um jogo para lembrar e não para esquecer”.

O antigo diretor do futebol encarnado vê a luta pelo título mais longe e difícil, porque a equipa continua a jogar de forma intermitente e ainda admite que essa distanciação poderá ter reflexos nas receitas dos jogos no Estádio da Luz.



Capristano diz que a equipa não deve atirar a toalha ao chão e fala na Liga dos Campeões, onde a equipa irá defrontar o Zenit nos oitavos de final, como a tábua de salvação da época.
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