"Na segunda parte fizemos uma pressão alta, passámos a ganhar bolas
na primeira fase de recuperação e fizemos três golos no contra-golpe em
poucos minutos, com toda a naturalidade", disse Jesus em jeito de explicação
para o demolidor início da segunda parte.

O técnico benfiquista negou que tivesse dito aos jogadores para "abafarem"
o Everton na segunda parte, mas disse saber que a equipa "tinha argumentos
para fazer golos em qualquer momento do jogo".

Para Jesus, o Everton "é uma equipa agressiva a sair para o ataque,
usando e abusando dos cruzamentos", mas o Benfica "preparou-se durante a
semana para isso".

Questionado sobre a opinião quase geral de que a sua equipa iria, finalmente,
ser posta à prova perante uma equipa do campeonato inglês, Jesus reconheceu
que "o Benfica está sempre em teste" e que neste "passou com distinção,
como esperava".

A vitória do BATE Borisov sobre o AEK de Atenas foi bem recebida por
Jesus, que já previa que este jogo com o Everton não "iria ser determinante",
porque sabia que a equipa grega "é forte em casa, mas menos forte a jogar
fora", razão pela qual "o BATE Borisov tinha boas chances de ganhar", como
veio a acontecer.

"Esta derrota do AEK deixa-nos numa posição mais privilegiada, visto
que há duas equipas com seis pontos, uma delas o Benfica, e duas com três
pontos, o que significa que está tudo em aberto", rematou Jesus.