José Augusto destaca profissionalismo e humildade de lenda do país

O ex-futebolista José Augusto destacou hoje o profissionalismo e a humildade de Eusébio, mesmo depois de este se tornar uma "lenda no país" e uma "figura do futebol mundial", e considerou que Portugal lhe deve prestar uma grande homenagem.

Lusa /
Legenda da Imagem Reuters

José Augusto disse à agência Lusa ter recebido com "muita tristeza" a notícia da morte do "pantera negra", mas recorda a "vida cheia" que teve como jogador.

"Cumpriu todos os cargos que tinha que cumprir. Teve uma carreira excecional e ímpar. Tornou-se uma lenda do nosso país e deu-lhe um nome intransponível", afirmou.

José Augusto recorda o episódio da chegada de Eusébio à Luz, com 17 anos, tratando-o por "senhor": "tive que lhe dizer que ali não havia senhores, que éramos todos iguais, mas ele era humilde e essa humildade manteve-se durante toda a sua carreira, mesmo quando se tornou uma figura do futebol mundial".

O antigo colega de Eusébio considera que o país tem a obrigação de prestar uma grande homenagem a Eusébio e que este tem direito à consagração.

"Morreu a um domingo o maior jogador de futebol de Portugal de todos os tempos e morreu no dia em que deu tantas glórias ao clube e aos portugueses", sublinhou.

Eusébio da Silva Ferreira morreu hoje às 04:30 vítima de paragem cardiorrespiratória, disse à agência Lusa fonte do clube.

O "Pantera Negra" foi eleito o melhor jogador do Mundo em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador da competição, na qual foi o melhor marcador, com nove golos.

Na mesma competição, Portugal terminou no terceiro lugar.

Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.

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