Luís Filipe Vieira atesta coesão do plantel do Benfica após "crime nojento"
O presidente do Benfica assegurou hoje a coesão do plantel de futebol do Benfica, depois do apedrejamento do autocarro da equipa, à margem da Assembleia-Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no Porto.
Na quinta-feira, o autocarro da equipa do Benfica foi apedrejado à saída da A2, quando se dirigia para o centro de estágios do clube, no Seixal, depois do empate 0-0 na receção ao Tondela, em jogo da 25.ª jornada da I Liga, e os jogadores Weigl e Zivkovic foram transportados para um hospital de Lisboa, por terem sido atingidos com estilhaços.
"O que se passou com o autocarro do Benfica é um crime tão grave, tão grave, das coisas mais nojentas e maquiavélicas que eu vi. Não sei se foram benfiquistas ou não, mas fazemos um apelo às autoridades: Têm de descobrir quem fez isto ao Benfica (…). Aquele pedregulho, se tem batido no vidro da frente, podia ser um acidente muito grave, talvez com mortes”, sublinhou o presidente ‘encarnado’, assegurando que, caso sejam sócios, vão ser expulsos do clube.
Questionado sobre notícias que davam conta da relação empresarial dos ‘encarnados’ com o Desportivo das Aves, Luís Filipe Vieira sublinhou a legalidade destes negócios.
“Tudo o que foi colocado na rua é legal. O FC Porto faz, o Sporting faz, toda a gente faz e é legal”, frisou o presidente ‘encarnado’.
Vieira reiterou a robustez financeira do Benfica, assumindo “toda e qualquer responsabilidade com os seus profissionais”, admitindo que, em caso de recidiva da pandemia de covid-19, podem surgir dificuldades para o clube e para a sociedade.
“Se, em outubro ou novembro, tivermos outro caso [de confinamento] semelhante ao que se passou recentemente há empresas que vão desaparecer e, logicamente, os clubes de futebol também se vão ressentir e alguns poderão desaparecer”, salientou.
De acordo com o líder ‘encarnado’, as dificuldades estão a ser amenizadas por moratórias de créditos e pelos ‘lay-off’, “mas, se calhar, quando isso acabar, vai haver muitos problemas neste país”.
“E o futebol, logicamente, também vai sofrer com isso, se os sócios e adeptos que vão ao futebol deixarem ou baixarem os rendimentos. Há quem diga que há dinheiro para tudo, mas não há, tem de haver dinheiro é para as pessoas comerem”, vincou.
Questionado sobre a continuidade da disputa da I Liga sem público, Vieira identificou “algumas situações caricatas”, escusando-se a concretizar, dando ainda conta de que a retoma do campeonato se ficou a dever ao primeiro-ministro, António Costa, e à Direção-Geral da Saúde (DGS).