Mayer considera o seu programa "o único que serve o futuro" do clube
O industrial Martim Mayer, candidato à presidência do Benfica, mostrou-se hoje convicto de que o seu programa será "o único que serve para o futuro" do clube e criticou a inexistência de mais debates entre candidaturas.
"Gostaria muito de ter visto noutras candidaturas um programa para o futuro do Benfica mais consistente e poder debatê-lo. O único programa que efetivamente serve para o futuro do Benfica é o meu. Infelizmente, chegámos a dias das eleições e é essa a conclusão que tenho", assumiu, num evento promovido pela candidatura "Benfica no sangue".
O líder da Lista B apresentou o projeto de património que pretende implementar no clube `encarnado` caso vença as eleições agendadas para sábado.
A proposta inclui o aumento da lotação do Estádio da Luz em 15 mil lugares (dos atuais 68.000 para 83.000), a construção de um Benfica Campus das Modalidades e a expansão do atual Benfica Campus, no Seixal.
Martim Mayer lamentou que apenas exista um debate pré-eleições, a realizar na quinta-feira, na BTV, acusando os restantes candidatos de se esconderem "atrás dos `media` e de campanhas de plástico".
"A propósito do debate, acho que nesse sentido também será importante, é o único debate que vai existir entre todos os candidatos. Sabem por que é que ninguém quis debater comigo? Porque se escondem atrás dos `media` e das campanhas de plástico. Eu, não. Tenho um projeto, uma proposta concreta, respondo ao `como` e é irrebatível", assinalou.
O momento desportivo do Benfica também mereceu a atenção de Martim Mayer, que espera que a decisão dos associados em escolher a direção do clube da Luz não tenha apenas por base a derrota frente ao Newcastle (3-0), na terça-feira, para a Liga dos Campeões.
"Entendo que aos sócios lhes pese o que aconteceu ontem [terça-feira]. A mim também. Agora, também sei que a inteligência dos sócios sabe que vão eleger um presidente e uma direção para quatro anos. Não devemos andar ao sabor do que aconteceu no último jogo", advertiu.
Martim Mayer garantiu ainda estar atento ao plantel de futebol e às suas necessidades, garantindo que, caso seja eleito, apostará no reforço imediato de lugares deficitários, como as alas.
"Historicamente o Benfica tem sempre problemas nas alas e, portanto, sabemos que é sempre uma fragilidade, salvo o nosso querido Chalana e mais um ou dois grandes jogadores. O que é certo é que temos consistentemente esse problema e, portanto, está identificado. Eu trabalho com ele [Andries Jonker, escolha para diretor-geral para o futebol] numa base diária e, a partir do primeiro dia, iremos trazer soluções", prometeu.
Por fim, o neto do antigo presidente do clube `encarnado` Duarte Borges Coutinho sublinhou que as suas expectativas para este sábado passam por "ganhar as eleições".
Além de Martim Mayer, concorrem ao ato eleitoral o atual presidente, Rui Costa, o anterior, Luís Filipe Vieira, bem como João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho, havendo ainda uma lista liderada por João Leite para a Mesa da Assembleia Geral.
Caso nenhum dos candidatos receba a maioria absoluta dos votos (mais de 50%), será realizada uma segunda volta entre os dois mais votados, duas semanas depois, em 08 de novembro.