Simões apela à união do universo Benfica

O antigo futebolista e glória do Benfica António Simões é o mandatário nacional da candidatura de Martim Borges Coutinho Mayer à presidência do clube e apelou a todos os candidatos para que sejam parceiros, em vez de adversários.

Mário Aleixo - RTP /
As reflexões críticas de António Simões SL Benfica

Nenhum candidato pode cair na tentação de ser adversário. Todos os candidatos são parceiros. Adversários já temos muitos. O Benfica tem de estar acima de tudo isso e é muito mais importante do que qualquer pessoa”, opinou António Simões.

Em discurso na apresentação oficial da candidatura, o campeão europeu pelos encarnados em 1961/62, clube que representou durante 14 temporadas, falou no motivo “muito profundo e sentimental” para apoiar Martim Mayer, assente no avô Duarte Borges Coutinho, presidente do Benfica entre 1969 e 1977, quando o antigo internacional luso jogava.
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É fundamental vermos um Benfica com decência. É uma honra poder contribuir e ajudar. Há uma razão forte e que me empurra, que tem a ver com o Martim e toda a sua equipa, que conheço e sei do projeto. Conheço as ideias e recomendo. Depois, há uma razão muito profunda e sentimental, relacionada com o seu avô”, realçou.

António Simões, de 81 anos, garantiu não “mendigar ou vender votos”, mas apelou aos sócios benfiquistas para que, num “momento importante”, tenham sentido crítico.

O Benfica estará sempre dentro de nós porque é muito mais do que uma escolha, é um sentimento. Não podemos ver ou pensar de outra forma, temos de ser livres e com sentido crítico. O Benfica necessita dessa fatia de gente crítica. É assim que se cresce e se chega à glória, não há outra forma”, expressou o antigo futebolista.

Questões para responder

No final da apresentação, em declarações aos jornalistas, António Simões, que foi apoiante de João Noronha Lopes nas eleições de 2020, criticou a realidade atual do futebol português, com rivalidades entre clubes a impedirem um crescimento.

Se vendem o mesmo produto, porque é que os presidentes dos clubes não são parceiros e não se entendem? Como é que falam mal do produto então? Se não conseguimos vender o nosso jogo para lado nenhum, não é tempo para refletir? Os jovens têm uma vocação extraordinária, como é que nós rentabilizamos isto? Temos academias por todo o lado e não conseguimos reter nenhum talento. Se não há dinheiro, então temos de alterar a dinâmica e visão”, considerou também.

Nas eleições do dia 25 de outubro, Martim Mayer, industrial de 51 anos, vai concorrer, pelo menos, com os advogados João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho, e com o gestor João Noronha Lopes, que perdeu o escrutínio de 2020 para Luís Filipe Vieira.

O atual presidente Rui Costa ainda não revelou se avançará com uma recandidatura, depois de ter adiado uma posição oficial para depois do Mundial de clubes e antes do início da nova época.

Mauro Xavier também tem sido apontado como eventual candidato, embora não tenha oficializado ainda qualquer intenção, tal como Luís Filipe Vieira, que poderá entrar na corrida à presidência que ocupou durante 18 anos, entre 2003 e 2021.

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