Zelão despede-se do Benfica após 13 épocas e sete campeonatos

O brasileiro Zelão, de 39 anos, despediu-se hoje do Benfica, após 13 épocas na Luz, nas quais ajudou a 'construir' a hegemonia do voleibol do Benfica, com sete títulos de campeão na última década.

Lusa /
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Zelão chegou aos 'encarnados' em 2009/10 e a partir de 2012/13 esteve em sete títulos de campeão, alem de somar sete taças de Portugal e oito supertaças, num percurso em que disputou mais de 440 jogos e foi o melhor jogador da Challenge Cup de 2015.

"Não é um momento fácil. Tenho sonhado com isto, que um dia ia chegar e chegou. Saio, é uma emoção muito grande, pelo carinho dos adeptos, o carinho com que fui recebido", comentou o central, em declarações à BTV.

Muito emocionado, o jogador sublinhou que jogar no Benfica "foi um sonho realizado", quando todas as crianças sonham em defender um clube grande, o que reconheceu na "mística" em cada jogo disputado pelos 'encarnados'.

"Achei que estava preparado para isso (a despedida), que estava mais forte, mas não. (...) Foram 13 anos, muitos momentos que nunca pensei em viver, sonhava, mas viver assim, sentir na pele, sentir o pavilhão a gritar o meu nome é uma emoção muito grande", adiantou.

No 'adeus', o voleibolista não deixou de lembrar com carinho o antigo responsável na modalidade Rui Mourinha e o seccionista Evaristo Silva, ambos já falecidos, mas também o percurso que fez ao 'lado' do ex-treinador e atual diretor José Jardim.

"Foram nove anos (com José Jardim) de muitas conquistas, de muito trabalho. São coisas que ficam marcadas (...). O ciclo termina, mas a relação continua, foram vários anos, não tem como terminar esse contacto", disse o jogador, sem esconder as lágrimas na despedida.

Na entrevista à BTV, o jogador disse também que sai com a sensação de "dever cumprido", face à hegemonia que o clube conquistou na modalidade, primeiro com José Jardim e agora com Marcel Matz, o 'obreiro' dos últimos três títulos.

"Esta hegemonia é cada vez mais indiscutível em Portugal e somos cada vez mais reconhecidos lá fora", considerou.

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