Espanha
Liga dos Campeões
Atlético de Madrid: o maior pesadelo de Carlo Ancelotti
Carlo Ancelotti chegou a Madrid em 2013 para treinar o Real, após uma conturbada saída de José Mourinho. O técnico italiano tem tido uma passagem vitoriosa pela equipa Merengue, apesar de ainda não saber o que é ser campeão espanhol. No entanto, nas quase duas épocas que leva no Real Madrid, Ancelotti tem uma “pedra no sapato”: o Atlético de Madrid, treinado por Diego Simeone. A poucos dias de mais dois embates para os quartos-de-final da Liga dos Campeões entre os dois colossos de Madrid, vamos analisar os confrontos, números e títulos do italiano em disputa direta com o argentino “Cholo” Simeone.
Ficou decidido. Num sorteio em Nyon, Suíça, escolheu o destino que Atlético e Real Madrid se voltem a encontrar esta época… por mais duas vezes. Tratam-se do sétimo e oitavo embates entre os dois maiores clubes da capital espanhola e em jogo estão as meias-finais da Liga Milionária, que os Merengues venceram na época, após golear os “Colchoneros” por 4-1, numa final disputada em Lisboa.
Carlo Ancelotti começou a sua aventura em Espanha em 2013. O grande objetivo passou, primordialmente, por vencer aquilo que Mourinho tanto almejou mas não conseguiu alcançar: ganhar a Liga dos Campeões, a décima do Real Madrid, um feito inédito na história do futebol. Em mente estava também a conquista do campeonato espanhol que havia fugido para a Catalunha no ano anterior (os madrilenos ficaram atrás do campeão Barcelona com uma diferença de 15 pontos).
O técnico italiano leva até agora uma grande percentagem de vitórias pela equipa Merengue. Em 2014 venceu quatro títulos com o Real Madrid e quase conseguiu levar a equipa a bater um recorde de imbatibilidade. Foi por pouco, faltaram apenas três jogos, mesmo assim, numa grande fase da época 2014/2015, o Real venceu 22 partidas consecutivas. O Coritiba (Brasil) esteve apenas a três triunfos de ser ultrapassado.
No entanto, o treinador português Nuno Espírito Santo, atualmente no Valência, "não foi na conversa" do atual campeão europeu e impôs, após 22 partidas, uma derrota por 2-1, no Estádio Mestalla.Carlo Ancelotti já leva mais de 100 partidas pelo Real Madrid. Depois de ter estado duas épocas em Paris, a treinar o campeão francês, Paris Saint-Germain, o técnico italiano apresenta uma admirável percentagem de vitórias na capital espanhola.
O treinador de 55 anos leva quase duas épocas no banco da equipa Blanca e conseguiu vencer, praticamente, três quartos das partidas que disputou no clube de Florentino Pérez.

Na época 2013/2014 destaca-se a conquista da Liga dos Campeões por parte de Cristiano Ronaldo e companhia. Ancelotti liderou o Real Madrid em 60 partidas oficiais entre Agosto de 2013 e Maio de 2014. Perdeu por seis vezes, cinco delas na Liga Espanhola, o que hipotecou a hipótese de uma revalidação do título em Espanha.
No entanto, a sexta derrota aconteceu na Champions, numa partida quartos-de-final em que o Real venceu com a diferença de um golo, frente ao Borussia de Dortmund. Os madrilenos acabaram por averbar a Liga Milionária que lhes fugia há 12 anos e sem qualquer derrota, a Copa do Rey foi também uma realidade ganha.
A segunda época (2014/2015) trouxe mais dois triunfos para o italiano, com a conquista da Supertaça Europeia e Campeonato Mundial de Clubes mas os últimos tempos não se têm afigurado fáceis para o plantel Merengue.
Depois do período de bonança pelo qual a equipa do Real Madrid passou, estaria para começar uma tempestade da dimensão do próprio clube: colossal.
E tudo começou com uma das mais humilhantes derrotas do clube espanhol na sua história: uns concludentes 4-0, em pleno Vicente Calderón, frente a um dos maiores rivais: o Atlético de Madrid.
Diego Simeone: a arte de vulgarizar o Campeão do Mundo
Apesar de muitas vitórias, o técnico italiano continua a precisar de um antídoto para o vizinho. É que se falamos de um técnico que lidera a equipa campeã da Europa e do mundo, a verdade é que Carlo Ancelotti não consegue mobilizar a sua equipa para vencer… o campeão espanhol.
Já são onze os embates entre Carlo Ancelotti e Cholo Simeone. A contenda entre os dois começou melhor para o argentino. A 28 de setembro de 2013, o Real Madrid recebeu os Colchoneros no Santiago Bernabéu, em partida da sétima jornada da Liga Espanhola.

Diego Costa, agora no Chelsea, abriu o marcador logo após os dez minutos da partida, depois de uma recuperação de Filipe Luís perto da grande área do Real Madrid. Não mais a turma de Ancelotti teve capacidade de empatar ou dar volta ao resultado e Simeone foi o primeiro a sorrir nos confrontos entre ambos.
Foi o primeiro de dois jogos para a Liga Espanhola que o Real Madrid não conseguiu vencer. No entanto, as duas seguintes partidas seriam de redenção para Carlo Ancelotti. A disputar as meias-finais da Copa do Rey em duas mãos, os Merengues venceram as duas partidas sem resposta por parte dos jogadores de Simeone.
A primeira partida, novamente no Estádio Santiago Bernabéu, acabou com uma vitória do Real por 3-0. Pepe abriu as hostilidades e Jesé Rodríguez e Di María fecharam as contas da partida. Pouco havia a fazer para Simeone dar a volta à eliminatória e Ancelotti viu “porta aberta” para a primeira final enquanto treinador do Real Madrid.

No Vicente Calderón, deu-se o terceiro embate entre Ancelotti e Simeone, novamente para a Taça Espanhola, e o italiano voltou a sorrir. Após a vitória por 3-0 em casa, o Real Madrid consumou o triunfo e a passagem à final da Copa do Rey. Dois penáltis de Cristiano Ronaldo sentenciaram meias-finais da competição espanhola e deram ao treinador italiano do Real a segunda vitória sobre Cholo Simeone.
O quarto embate aconteceu para a Liga Espanhola e o Real Madrid voltou a sentir grandes dificuldades para derrotar o Atlético. Apesar do golo madrugador de Benzema, os Colchoneros estiveram sempre por cima das incidências da partida e os médios Koke e Gabi deram a volta ao resultado.
Os Merengues conseguiriam ainda empatar a partida de forma “custosa”, com um golo de Cristiano Ronaldo, num remate na grande área, que bateu Thibaut Courtois e deu um ponto ao Real Madrid. A equipa de Carlo Ancelotti acabaria por perder a Liga Espanhola para o grande rival de Madrid.
O quinto e último embate da época 2013/2014 teve lugar em Lisboa. A final da Liga dos Campeões colocou, novamente, as equipas da capital espanhola frente a frente. Diego Godín colocou os Colchoneros na liderança do marcador logo após a meia hora de jogo, em pleno Estádio da Luz.

O Real Madrid tentou o empate nos restantes minutos do tempo regulamentar e aos 93 minutos logrou a sorte. Sergio Ramos bateu Courtois de cabeça e empatou a partida que foi para prolongamento. Nos 30 minutos que se seguiram, Gareth Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo marcaram os golos que deram a última vitória da equipa Blanca sobre o Atlético. Já lá vai quase um ano.
A época 2014/2015 tem sido negra para o Real Madrid no que toca a dérbis de Madrid. Já são seis as partidas que levam jogados até agora e nenhuma delas conheceu a vitória da equipa de Carlo Ancelotti.Quatro vitórias para a equipa de Diego Simeone e dois empates entre as duas equipas de Madrid.
A época começou de forma oficial Em Espanha com a disputa da Supertaça, no Estádio Santiago Bernabéu. A partida acabou empatada a um golo, com os dois tentos a serem festejados nos últimos dez minutos de partida e marcados pelo estreante James Rodríguez e o veterano Raúl García.
O Atlético partiu em vantagem para a segunda mão da Supertaça Espanhola, pelo golo marcado fora, e Mandzukic, logo aos dois minutos da partida (no Vicente Calderón), sentenciou a eliminatória, dando o primeiro título da época (e único até agora) aos Colchoneros.
Seguiu-se um terceiro embate, contando para a terceira jornada da Liga Espanhola. Nova vitória do Atlético, novamente em pleno Santiago Bernabéu. O internacional português Tiago e Arda Turan marcaram os golos da equipa de Cholo Simeone, numa partida em que o rival Merengue não se conseguiu superiorizar, apesar do golo de grande penalidade marcado por Cristiano Ronaldo, perto dos 30 minutos da partida. Aconteceu a partida em setembro de 2014.
Apenas no mês de janeiro de 2015, Carlo Ancelotti e Simeone se voltaram a encontrar: nos oitavos-de-final da Copa do Rey. E mais uma vez, o Real Madrid foi desfeiteado pelo Atlético de Madrid. Vitória por 2-0, no Vicente Calderón, na primeira mão e empate a dois golos na segunda, com destaque para o regresso aos golos de “El Niño” Torres, que voltou à “casa mãe”, vindo do AC Milan.
No conjunto das duas partidas, o Atlético superiorizou-se por 4-2 e eliminou o atual detentor da taça espanhola, que vai ser disputada esta época por FC Barcelona e Athletic Bilbao.
A última partida aconteceu a sete de fevereiro deste ano e causou choque. Num começo de 2015 que se mostrou penoso para o Real Madrid, o Atlético de Simeone agudizou ainda mais a crise Merengue.Derrota estrondosa do Real Madrid por 4-0, em pleno Vicente Calderón. Os Merengues sentiram a humilhação e vergonha da derrota e por fim chegou a festa de aniversário de Cristiano Ronaldo, que aconteceu no mesmo dia da malfadada derrota Blanca.
A imprensa virou atenções para uma péssima exibição do campeão do mundo frente ao campeão espanhol e as luzes ficaram focadas em Cristiano Ronaldo. Depois de uma excelente primeira metade de época, o internacional português foi acusado de não estar em forma e de causar mau estar no balneário liderado por Carlo Ancelotti.

A transformação do Atlético com SimeoneDiego Simeone foi um dos maiores jogadores do futebol argentino. Como jogador iniciou a sua carreira no Velez Sarsfield, onde militou por três épocas. Itália foi o destino seguinte. Na época de 1990/1991, Cholo mudou-se para o Pisa, onde jogou por duas épocas.
No entanto, o argentino começou a notabilizar-se quando chegou a Espanha. Depois da primeira aventura em Itália, seguiu-se o Sevilha e o Atlético de Madrid. Por terras espanholas, “Cholo” Simeone venceu dois títulos na época 1995/1996, com a dobradinha conseguida pelos “Colchoneros”: Liga Espanhola e Copa do Rey.
Regressou a Itália para jogar pelo Inter de Milão e Lazio de Roma. Nos dois clubes italianos venceu um total de seis títulos, onde se incluem uma Liga Italiana (Serie A), uma Taça UEFA, uma Supertaça Europeia e uma Taça das Taças.

O seu percurso no país transalpino durou sete épocas, sendo que em 2003 regressou ao Atlético de Madrid, por onde perduraria por mais duas temporadas. Depois deu-se o regresso a Argentina, para acabar a carreira no Racing Club.De 1987 a 2006, Diego Simeone passou por sete clubes e representou a seleção argentina por mais de 100 vezes, tendo averbado três títulos (duas Copas América e uma Taça das Confederações).
No mesmo ano em que terminou a carreira de jogador, coroada com sucesso, Simeone começou a treinar o Racing Club.
Teve passagens Estudiantes e River Plate, tendo ganho um Torneio Apertura em 2006 e Torneio Clausura em 2008. Treinou ainda o San Lorenzo e o Catania antes do regresso ao Racing.
No entanto, em dezembro de 2011 chega ao comando técnico do Atlético de Madrid, para substituir o espanhol Gregório Manzano.
O jogo de estreia aconteceu em La Rosaleda, num empate a zero frente ao Málaga. A metade de época que realizou não foi suficiente para chegar aos lugares de qualificação para a Liga dos Campeões, tendo acabado a Liga BBVA no quinto lugar.O Atlético defrontou o Barcelona e o Real Madrid no Vicente Calderón para a Liga Espanhola mas nas duas partidas conhece apenas a derrota: a primeira por 1-2, a segunda por 1-4.
No entanto, o ponto mais alto da época viria a nove de maio desse ano. Após chegar à final da Liga Europa, o Atlético de Madrid defrontou o Athletic Bilbao e venceu por 3-0, com um bis de Falcao. No fim da primeira temporada como treinador dos “Colchoneros”, Diego Simeone averbou o seu primeiro título em Espanha, terceiro enquanto treinador.
Desde essa altura, Simeone e o Atlético venceram mais quatro títulos. Na primeira época inteira que realizou em Madrid, a equipa treinada pelo argentino continuou sem saber desfeitear Barcelona e Real Madrid (quatro derrotas na Liga Espanhola), apesar de ter começado a temporada a golear o Chelsea de Di Matteo por uns claros 4-1, na disputa da Supertaça Europeia.
A primeira vitória sobre o grande rival chega em maio de 2013. Na final da Copa do Rey, o Atlético começou a perder mas deu a volta no prolongamento, vencendo o Real Madrid por 2-1 e a taça espanhola.
A maior vitória enquanto treinador do Atlético de Madrid aconteceu a 17 de maio de 2014. Em pleno Camp Nou, Barcelona e Colchoneros disputavam a Liga Espanhola. Alexis Sanchéz, logo a abrir a partida, marcou um golo de ângulo impossível e deu esperança aos catalães no bi-campeonato.
No entanto, Diego Godín, na segunda parte, entrou de rompante pela área blaugrana, bateu Pinto e empatou a partida. Resultado suficiente para o Atlético de Madrid se sagrar campeão de Espanha…18 anos depois.

Simeone conseguiu levar a equipa de Madrid ao maior título no país vizinho, depois ter sido conseguido quando o argentino vestia a camisola do Atlético, na época 1995/1996.
No princípio da nova época, Cholo Simeone conseguiu nova conquista: após perder a Liga dos Campeões para o Real Madrid, o argentino vingou-se e tirou a Supertaça Espanhola ao rival. Eliminatória ganha por 2-1 e quinto título averbado pelo argentino aos comandos dos Colchoneros.
Apesar dos números e feitos que conseguiu esta época frente ao Real Madrid, a verdade é que as primeiras duas épocas de Simeone frente aos Merengues, treinados por José Mourinho, não foram fáceis.Simeone já defrontou o rival de Madrid por 15 vezes. Conseguiu seis vitórias, quatro delas nas últimas seis partidas. No entanto, também perdeu por seis vezes, três delas com Ancelotti e outras três frente a José Mourinho. Leva também três empates, todos eles já com o técnico italiano ao “leme” do Real Madrid.
E os números frente ao FC Barcelona não são animadores. Uma dúzia de partidas: uma vitória apenas. Aconteceu na Liga dos Campeões. Quartos-de-final, Estádio Vicente Calderón, golo de Koke a abrir a partida e meias-finais alcançadas. A final chegaria em Lisboa, mas Ronaldo e companhia “roubaram” a glória europeia a Simeone.
De resto, números esclarecedores: metade dos jogos disputados frente aos catalães foram perdidos. No entanto, uma curiosidade: na época 2013/2014, Simeone conseguiu não perder qualquer partida contra a equipa de Messi e Neymar Jr.

Na Champions: quase um ano depoisNo próximo dia 14 de abril, o Real Madrid vai deslocar-se até ao Vicente Calderón para disputar a primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Vicente Calderón: campo maldito para o Real Madrid já que esta temporada a equipa jogou lá por três vezes e apenas averbou derrotas, tendo a última aberto uma grande crise nas hostes madridistas.
Diego Siomeone quererá vingar a derrota na final da Liga dos Campeões da época passada e terá a sua equipa preparada para “abater”, uma vez mais, a armada de Carlo Ancelotti.
Com um plantel aguerrido e muito próximo, o Atlético de Madrid deverá adotar novamente a estratégia que teve na última partida no Santiago Bernabéu para a Copa do Rey: defender com toda a equipa, num bloco solidário entre si e atacar com critério. Sem Mandzukic na frente de ataque, os “Colchoneros” vão poder contar com a experiência de Fernando Torres e a acuidade goleadora de Antoine Griezmann.
Já o Real Madrid parece ter ultrapassado um período de maior "tempestade", com contestação às maiores estrelas da equipa e perda da liderança da Liga Espanhola para o Barcelona. A equipa Blanca venceu as últimas duas partidas de forma clara (9-1 ao Granada, 2-0 ao Rayo Vallecano) e não quer deixar passar a oportunidade de revalidar o título europeu.
Para isso, Ancelotti já pode contar com as presenças de Luka Modric e James Rodríguez no onze inicial e na senda goleadora de Cristiano Ronaldo. O internacional português há apenas quatro dias, conseguiu a primeira “manita” da carreira (cinco golos numa só partida, sete tentos nas últimas três partidas).
Estão preparadas as hostilidades entre os dois colossos de Madrid. Agora é esperar para ver como se desenrolam mais dois dérbis espanhóis na Liga dos Campeões, a liga milionária.
Carlo Ancelotti começou a sua aventura em Espanha em 2013. O grande objetivo passou, primordialmente, por vencer aquilo que Mourinho tanto almejou mas não conseguiu alcançar: ganhar a Liga dos Campeões, a décima do Real Madrid, um feito inédito na história do futebol. Em mente estava também a conquista do campeonato espanhol que havia fugido para a Catalunha no ano anterior (os madrilenos ficaram atrás do campeão Barcelona com uma diferença de 15 pontos).
O técnico italiano leva até agora uma grande percentagem de vitórias pela equipa Merengue. Em 2014 venceu quatro títulos com o Real Madrid e quase conseguiu levar a equipa a bater um recorde de imbatibilidade. Foi por pouco, faltaram apenas três jogos, mesmo assim, numa grande fase da época 2014/2015, o Real venceu 22 partidas consecutivas. O Coritiba (Brasil) esteve apenas a três triunfos de ser ultrapassado.
No entanto, o treinador português Nuno Espírito Santo, atualmente no Valência, "não foi na conversa" do atual campeão europeu e impôs, após 22 partidas, uma derrota por 2-1, no Estádio Mestalla.Carlo Ancelotti já leva mais de 100 partidas pelo Real Madrid. Depois de ter estado duas épocas em Paris, a treinar o campeão francês, Paris Saint-Germain, o técnico italiano apresenta uma admirável percentagem de vitórias na capital espanhola.
O treinador de 55 anos leva quase duas épocas no banco da equipa Blanca e conseguiu vencer, praticamente, três quartos das partidas que disputou no clube de Florentino Pérez.
Na época 2013/2014 destaca-se a conquista da Liga dos Campeões por parte de Cristiano Ronaldo e companhia. Ancelotti liderou o Real Madrid em 60 partidas oficiais entre Agosto de 2013 e Maio de 2014. Perdeu por seis vezes, cinco delas na Liga Espanhola, o que hipotecou a hipótese de uma revalidação do título em Espanha.
No entanto, a sexta derrota aconteceu na Champions, numa partida quartos-de-final em que o Real venceu com a diferença de um golo, frente ao Borussia de Dortmund. Os madrilenos acabaram por averbar a Liga Milionária que lhes fugia há 12 anos e sem qualquer derrota, a Copa do Rey foi também uma realidade ganha.
A segunda época (2014/2015) trouxe mais dois triunfos para o italiano, com a conquista da Supertaça Europeia e Campeonato Mundial de Clubes mas os últimos tempos não se têm afigurado fáceis para o plantel Merengue.
Depois do período de bonança pelo qual a equipa do Real Madrid passou, estaria para começar uma tempestade da dimensão do próprio clube: colossal.
E tudo começou com uma das mais humilhantes derrotas do clube espanhol na sua história: uns concludentes 4-0, em pleno Vicente Calderón, frente a um dos maiores rivais: o Atlético de Madrid.
Diego Simeone: a arte de vulgarizar o Campeão do Mundo
Apesar de muitas vitórias, o técnico italiano continua a precisar de um antídoto para o vizinho. É que se falamos de um técnico que lidera a equipa campeã da Europa e do mundo, a verdade é que Carlo Ancelotti não consegue mobilizar a sua equipa para vencer… o campeão espanhol.
Já são onze os embates entre Carlo Ancelotti e Cholo Simeone. A contenda entre os dois começou melhor para o argentino. A 28 de setembro de 2013, o Real Madrid recebeu os Colchoneros no Santiago Bernabéu, em partida da sétima jornada da Liga Espanhola.
Diego Costa, agora no Chelsea, abriu o marcador logo após os dez minutos da partida, depois de uma recuperação de Filipe Luís perto da grande área do Real Madrid. Não mais a turma de Ancelotti teve capacidade de empatar ou dar volta ao resultado e Simeone foi o primeiro a sorrir nos confrontos entre ambos.
Foi o primeiro de dois jogos para a Liga Espanhola que o Real Madrid não conseguiu vencer. No entanto, as duas seguintes partidas seriam de redenção para Carlo Ancelotti. A disputar as meias-finais da Copa do Rey em duas mãos, os Merengues venceram as duas partidas sem resposta por parte dos jogadores de Simeone.
A primeira partida, novamente no Estádio Santiago Bernabéu, acabou com uma vitória do Real por 3-0. Pepe abriu as hostilidades e Jesé Rodríguez e Di María fecharam as contas da partida. Pouco havia a fazer para Simeone dar a volta à eliminatória e Ancelotti viu “porta aberta” para a primeira final enquanto treinador do Real Madrid.
No Vicente Calderón, deu-se o terceiro embate entre Ancelotti e Simeone, novamente para a Taça Espanhola, e o italiano voltou a sorrir. Após a vitória por 3-0 em casa, o Real Madrid consumou o triunfo e a passagem à final da Copa do Rey. Dois penáltis de Cristiano Ronaldo sentenciaram meias-finais da competição espanhola e deram ao treinador italiano do Real a segunda vitória sobre Cholo Simeone.
O quarto embate aconteceu para a Liga Espanhola e o Real Madrid voltou a sentir grandes dificuldades para derrotar o Atlético. Apesar do golo madrugador de Benzema, os Colchoneros estiveram sempre por cima das incidências da partida e os médios Koke e Gabi deram a volta ao resultado.
Os Merengues conseguiriam ainda empatar a partida de forma “custosa”, com um golo de Cristiano Ronaldo, num remate na grande área, que bateu Thibaut Courtois e deu um ponto ao Real Madrid. A equipa de Carlo Ancelotti acabaria por perder a Liga Espanhola para o grande rival de Madrid.
O quinto e último embate da época 2013/2014 teve lugar em Lisboa. A final da Liga dos Campeões colocou, novamente, as equipas da capital espanhola frente a frente. Diego Godín colocou os Colchoneros na liderança do marcador logo após a meia hora de jogo, em pleno Estádio da Luz.
O Real Madrid tentou o empate nos restantes minutos do tempo regulamentar e aos 93 minutos logrou a sorte. Sergio Ramos bateu Courtois de cabeça e empatou a partida que foi para prolongamento. Nos 30 minutos que se seguiram, Gareth Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo marcaram os golos que deram a última vitória da equipa Blanca sobre o Atlético. Já lá vai quase um ano.
A época 2014/2015 tem sido negra para o Real Madrid no que toca a dérbis de Madrid. Já são seis as partidas que levam jogados até agora e nenhuma delas conheceu a vitória da equipa de Carlo Ancelotti.Quatro vitórias para a equipa de Diego Simeone e dois empates entre as duas equipas de Madrid.
A época começou de forma oficial Em Espanha com a disputa da Supertaça, no Estádio Santiago Bernabéu. A partida acabou empatada a um golo, com os dois tentos a serem festejados nos últimos dez minutos de partida e marcados pelo estreante James Rodríguez e o veterano Raúl García.
O Atlético partiu em vantagem para a segunda mão da Supertaça Espanhola, pelo golo marcado fora, e Mandzukic, logo aos dois minutos da partida (no Vicente Calderón), sentenciou a eliminatória, dando o primeiro título da época (e único até agora) aos Colchoneros.
Seguiu-se um terceiro embate, contando para a terceira jornada da Liga Espanhola. Nova vitória do Atlético, novamente em pleno Santiago Bernabéu. O internacional português Tiago e Arda Turan marcaram os golos da equipa de Cholo Simeone, numa partida em que o rival Merengue não se conseguiu superiorizar, apesar do golo de grande penalidade marcado por Cristiano Ronaldo, perto dos 30 minutos da partida. Aconteceu a partida em setembro de 2014.
Apenas no mês de janeiro de 2015, Carlo Ancelotti e Simeone se voltaram a encontrar: nos oitavos-de-final da Copa do Rey. E mais uma vez, o Real Madrid foi desfeiteado pelo Atlético de Madrid. Vitória por 2-0, no Vicente Calderón, na primeira mão e empate a dois golos na segunda, com destaque para o regresso aos golos de “El Niño” Torres, que voltou à “casa mãe”, vindo do AC Milan.
No conjunto das duas partidas, o Atlético superiorizou-se por 4-2 e eliminou o atual detentor da taça espanhola, que vai ser disputada esta época por FC Barcelona e Athletic Bilbao.
A última partida aconteceu a sete de fevereiro deste ano e causou choque. Num começo de 2015 que se mostrou penoso para o Real Madrid, o Atlético de Simeone agudizou ainda mais a crise Merengue.Derrota estrondosa do Real Madrid por 4-0, em pleno Vicente Calderón. Os Merengues sentiram a humilhação e vergonha da derrota e por fim chegou a festa de aniversário de Cristiano Ronaldo, que aconteceu no mesmo dia da malfadada derrota Blanca.
A imprensa virou atenções para uma péssima exibição do campeão do mundo frente ao campeão espanhol e as luzes ficaram focadas em Cristiano Ronaldo. Depois de uma excelente primeira metade de época, o internacional português foi acusado de não estar em forma e de causar mau estar no balneário liderado por Carlo Ancelotti.
A transformação do Atlético com SimeoneDiego Simeone foi um dos maiores jogadores do futebol argentino. Como jogador iniciou a sua carreira no Velez Sarsfield, onde militou por três épocas. Itália foi o destino seguinte. Na época de 1990/1991, Cholo mudou-se para o Pisa, onde jogou por duas épocas.
No entanto, o argentino começou a notabilizar-se quando chegou a Espanha. Depois da primeira aventura em Itália, seguiu-se o Sevilha e o Atlético de Madrid. Por terras espanholas, “Cholo” Simeone venceu dois títulos na época 1995/1996, com a dobradinha conseguida pelos “Colchoneros”: Liga Espanhola e Copa do Rey.
Regressou a Itália para jogar pelo Inter de Milão e Lazio de Roma. Nos dois clubes italianos venceu um total de seis títulos, onde se incluem uma Liga Italiana (Serie A), uma Taça UEFA, uma Supertaça Europeia e uma Taça das Taças.
O seu percurso no país transalpino durou sete épocas, sendo que em 2003 regressou ao Atlético de Madrid, por onde perduraria por mais duas temporadas. Depois deu-se o regresso a Argentina, para acabar a carreira no Racing Club.De 1987 a 2006, Diego Simeone passou por sete clubes e representou a seleção argentina por mais de 100 vezes, tendo averbado três títulos (duas Copas América e uma Taça das Confederações).
No mesmo ano em que terminou a carreira de jogador, coroada com sucesso, Simeone começou a treinar o Racing Club.
Teve passagens Estudiantes e River Plate, tendo ganho um Torneio Apertura em 2006 e Torneio Clausura em 2008. Treinou ainda o San Lorenzo e o Catania antes do regresso ao Racing.
No entanto, em dezembro de 2011 chega ao comando técnico do Atlético de Madrid, para substituir o espanhol Gregório Manzano.
O jogo de estreia aconteceu em La Rosaleda, num empate a zero frente ao Málaga. A metade de época que realizou não foi suficiente para chegar aos lugares de qualificação para a Liga dos Campeões, tendo acabado a Liga BBVA no quinto lugar.O Atlético defrontou o Barcelona e o Real Madrid no Vicente Calderón para a Liga Espanhola mas nas duas partidas conhece apenas a derrota: a primeira por 1-2, a segunda por 1-4.
No entanto, o ponto mais alto da época viria a nove de maio desse ano. Após chegar à final da Liga Europa, o Atlético de Madrid defrontou o Athletic Bilbao e venceu por 3-0, com um bis de Falcao. No fim da primeira temporada como treinador dos “Colchoneros”, Diego Simeone averbou o seu primeiro título em Espanha, terceiro enquanto treinador.
Desde essa altura, Simeone e o Atlético venceram mais quatro títulos. Na primeira época inteira que realizou em Madrid, a equipa treinada pelo argentino continuou sem saber desfeitear Barcelona e Real Madrid (quatro derrotas na Liga Espanhola), apesar de ter começado a temporada a golear o Chelsea de Di Matteo por uns claros 4-1, na disputa da Supertaça Europeia.
A primeira vitória sobre o grande rival chega em maio de 2013. Na final da Copa do Rey, o Atlético começou a perder mas deu a volta no prolongamento, vencendo o Real Madrid por 2-1 e a taça espanhola.
A maior vitória enquanto treinador do Atlético de Madrid aconteceu a 17 de maio de 2014. Em pleno Camp Nou, Barcelona e Colchoneros disputavam a Liga Espanhola. Alexis Sanchéz, logo a abrir a partida, marcou um golo de ângulo impossível e deu esperança aos catalães no bi-campeonato.
No entanto, Diego Godín, na segunda parte, entrou de rompante pela área blaugrana, bateu Pinto e empatou a partida. Resultado suficiente para o Atlético de Madrid se sagrar campeão de Espanha…18 anos depois.
Simeone conseguiu levar a equipa de Madrid ao maior título no país vizinho, depois ter sido conseguido quando o argentino vestia a camisola do Atlético, na época 1995/1996.
No princípio da nova época, Cholo Simeone conseguiu nova conquista: após perder a Liga dos Campeões para o Real Madrid, o argentino vingou-se e tirou a Supertaça Espanhola ao rival. Eliminatória ganha por 2-1 e quinto título averbado pelo argentino aos comandos dos Colchoneros.
Apesar dos números e feitos que conseguiu esta época frente ao Real Madrid, a verdade é que as primeiras duas épocas de Simeone frente aos Merengues, treinados por José Mourinho, não foram fáceis.Simeone já defrontou o rival de Madrid por 15 vezes. Conseguiu seis vitórias, quatro delas nas últimas seis partidas. No entanto, também perdeu por seis vezes, três delas com Ancelotti e outras três frente a José Mourinho. Leva também três empates, todos eles já com o técnico italiano ao “leme” do Real Madrid.
E os números frente ao FC Barcelona não são animadores. Uma dúzia de partidas: uma vitória apenas. Aconteceu na Liga dos Campeões. Quartos-de-final, Estádio Vicente Calderón, golo de Koke a abrir a partida e meias-finais alcançadas. A final chegaria em Lisboa, mas Ronaldo e companhia “roubaram” a glória europeia a Simeone.
De resto, números esclarecedores: metade dos jogos disputados frente aos catalães foram perdidos. No entanto, uma curiosidade: na época 2013/2014, Simeone conseguiu não perder qualquer partida contra a equipa de Messi e Neymar Jr.
Na Champions: quase um ano depoisNo próximo dia 14 de abril, o Real Madrid vai deslocar-se até ao Vicente Calderón para disputar a primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Vicente Calderón: campo maldito para o Real Madrid já que esta temporada a equipa jogou lá por três vezes e apenas averbou derrotas, tendo a última aberto uma grande crise nas hostes madridistas.
Diego Siomeone quererá vingar a derrota na final da Liga dos Campeões da época passada e terá a sua equipa preparada para “abater”, uma vez mais, a armada de Carlo Ancelotti.
Com um plantel aguerrido e muito próximo, o Atlético de Madrid deverá adotar novamente a estratégia que teve na última partida no Santiago Bernabéu para a Copa do Rey: defender com toda a equipa, num bloco solidário entre si e atacar com critério. Sem Mandzukic na frente de ataque, os “Colchoneros” vão poder contar com a experiência de Fernando Torres e a acuidade goleadora de Antoine Griezmann.
Já o Real Madrid parece ter ultrapassado um período de maior "tempestade", com contestação às maiores estrelas da equipa e perda da liderança da Liga Espanhola para o Barcelona. A equipa Blanca venceu as últimas duas partidas de forma clara (9-1 ao Granada, 2-0 ao Rayo Vallecano) e não quer deixar passar a oportunidade de revalidar o título europeu.
Para isso, Ancelotti já pode contar com as presenças de Luka Modric e James Rodríguez no onze inicial e na senda goleadora de Cristiano Ronaldo. O internacional português há apenas quatro dias, conseguiu a primeira “manita” da carreira (cinco golos numa só partida, sete tentos nas últimas três partidas).
Estão preparadas as hostilidades entre os dois colossos de Madrid. Agora é esperar para ver como se desenrolam mais dois dérbis espanhóis na Liga dos Campeões, a liga milionária.