Elon Musk instaurou um processo contra a OpenAI, criadora do ChatGPT, e os seus co-fundadores Sam Altman e Greg Brockman, acusando-os de traírem o seu acordo de fundação da empresa e de colocarem o lucro à frente do bem da humanidade.
Segundo a ação judicial, apresentada em São Francisco na quinta-feira, Musk considera que Sam Altman “incendiou” o acordo original da OpenAI ao assinar um acordo de investimento com a Microsoft e permitir que a Google domine esta tecnologia e altera o software de inteligência artificial “open source”, que pressupõe que seja acessível, modificável, utilizável e redistribuível por todos.
"Contrariamente ao acordo de fundação, os arguidos optaram por utilizar a GPT4 não para o bem da humanidade, mas como uma tecnologia proprietária destinada a maximizar os lucros da maior empresa do mundo", a Microsoft, argumentaram os advogados de Elon Musk na queixa, a que à agência France Presse (AFP) teve acesso.
Atualmente Elon Musk, que deixou a OpenAI em 2018 e fundou a sua própria empresa de inteligência artificial, a xAI, em 2023, é um dos principais críticos da empresa que segundo o qual está a apostar num caminho lucrativo e a desenvolver inteligência artificial geral (AGI) - uma forma de teórica de IA que pode realizar uma série de tarefas ao mesmo nível ou acima de um nível humano de inteligência – com os fins errados.
"A OpenAI Inc foi transformada numa subsidiária de facto, de código fechado, da maior empresa de tecnologia do mundo: a Microsoft. Sob a sua nova direção, não está apenas a desenvolver, mas a aperfeiçoar uma AGI para maximizar os lucros da Microsoft, e não para benefício da humanidade", alega o processo, de acordo com o jornal The Guardian.
O acordo assinado entre a Microsoft e a Open AI pressupõe um investimento de 13 mil milhões de dólares, cerca de 12 mil milhões de euros.
c/agências
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