Foram duas partes completamente distintas, as que se disputaram esta noite no Estádio Nacional de Varsóvia. A Rússia, líder do grupo A no momento do apito inicial, controlou os primeiros 45 minutos como quis. O empate era suficiente para garantir a presença nos quartos-de-final, e os pupilos de Dick Advocaat mostravam tranquilidade e maturidade no estilo de jogo. Do outro lado estava uma equipa que tinha prometido jogar ao ataque, dar o tudo por tudo, mas que não conseguia transformar as palavras em ações. À entrada para os descontos do primeiro tempo, a Grécia contabilizava apenas um remate à baliza, contra treze do adversário.

Mas foi ainda antes do descanso que se deu o ponto de viragem no encontro. Katsouranis aproveita uma falha de Zhirkov, avança em direção à baliza com confiança e atira forte para o primeiro e único golo do encontro.

Os russos acusaram a desvantagem, e apesar de terem tentado regressar ao controlo de jogo no início da segunda parte, foi a formação orientada por Fernando Santos que assumiu a liderança na partida. A Rússia parecia desorientada, sem ideias para o ataque, e a Grécia aproveitou.

Aos 61 minutos, o mesmo Karagounis que deu a vitória à formação helénica cai na área, após contacto com um defesa grego, mas Jonas Eriksson, numa decisão muito polémica, entendeu que o ex-jogador do Benfica simulou a queda e mostrou cartão amarelo.

Tzavellas ainda teve tempo de acertar com estrondo na barra da baliza defendida por Malafeev, estavam corridos 70 minutos de jogo, e a cinco dos 90 a Rússia esteve muito perto do empate, após cabeceamento de Dzagoev, com a bola a passar muito perto da baliza grega.

Contas feitas, Rússia e Polónia, favoritas do grupo, acabam por regressar a casa mais cedo, e a República Checa segue para os quartos-de-final no primeiro lugar do grupo, acompanhada pela Grécia, em segundo.