Adriano Quintanilha reclama inocência

por Lusa
Adriano Quintanilha disse no tribunal estar inocente FC Porto

O patrão da antiga equipa de ciclismo W52-FC Porto, Adriano Quintanilha, disse esta quarta-feira estar inocente e desconhecer o uso de doping pelos ciclistas, acusando o ex-diretor desportivo Nuno Ribeiro de “não dizer uma verdade” em julgamento.

Adriano Teixeira de Sousa, conhecido como Adriano Quintanilha, falou pela primeira vez no julgamento da operação "Prova Limpa", com 26 arguidos, incluindo ex-ciclistas, e que decorre num pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, para dizer que “não sabia de nada” sobre doping no seio da equipa, negando ser o financiador das substâncias dopantes.

Na sessão de 18 de novembro de 2024, o também arguido e ex-diretor desportivo da W52-FC Porto assumiu haver doping durante todo o ano na equipa, financiado e incentivado por Adriano Quintanilha, “mestre da manipulação, que queria ganhar a todo o custo”.

Nuno Ribeiro contou que a toma de substâncias dopantes pelos ciclistas “era regular durante toda a época desportiva”, denunciando que o financiamento para esse fim advinha do então dono da equipa e que ocorria “durante o ano civil todo”.

Quero simplesmente defender-me das acusações que foram feitas a meu respeito. O senhor Nuno Ribeiro pôs o meu nome em causa e não disse uma verdade. Fui aqui acusado de que sou um ditador, que quero, posso e mando. Fui acusado pelo senhor Nuno Ribeiro e ainda não sei porquê”, declarou Quintanilha, que apenas respondeu a perguntas do coletivo de juízes e do procurador do Ministério Público.

Na sequência das declarações do patrão da extinta W-52 FC Porto, que apresentou uma versão totalmente oposta à de Nuno Ribeiro, o advogado do ex-diretor desportivo da equipa requereu ao tribunal uma acareação (confronto de versões) entre o seu constituinte e Adriano Quintanilha, o que foi rejeitado pela defesa de Quintanilha.

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