"Entendo que é clube ideal para eu estar, porque permite desenvolver e potencializar os jogadores. E, acima de tudo, para podermos ter no estrangeiro uma marca de eficácia e qualidade", vincou. 
 
O técnico reconheceu ter recebido convites de outros clubes, mas entendeu que o que lhe ofereceram era "pouco" para a sua ambição: "não sei se noutro lado poderia conquistar aquilo que ainda vou conquistar no FC Porto. Vamos correr atrás dos mesmos títulos e acrescentar mais". 
 
"O objectivo é o 'penta', porque é o quinto campeonato seguido. Sempre a mesma sequência: campeonato, presença na 'champions' (Liga dos Campeões), qualificação (fase de grupos) na 'champions', Taça de Portugal e até a nova competição nacional que foi criada (Taça da Liga)", definiu. 
 
Jesualdo Ferreira diz que foi "muito fácil" chegar a acordo com Pinto da Costa, formalizado verbalmente a 15 de Abril, após o FC Porto ter sido eliminado da Liga dos Campeões pelo Manchester United, no Dragão. 
 
"A responsabilidade cresceu para patamares comuns ao FC Porto e a mim próprio, como exigência primária. Para mim, o FC Porto significa ganhar, trabalhar intensamente as 24 horas de todos os dias em que aqui estou enquanto o contrato vigorar", frisou, garantindo que o seu "vigor é cada vez maior à medida que as dificuldades aumentam". 
 
O técnico de 63 anos abordou a crise que a equipa atravessou em Outubro (três derrotas consecutivas) e revelou que, antes da ida para Kiev (Liga dos Campeões), Pinto da Costa lhe manifestou toda a confiança possível.
 
"Antes de irmos para Kiev, o presidente foi ao meu balneário e disse-me: 'mister', pode perder, porque você é o meu treinador. Mais apoio do que isto acho que não é possível. Todos sabemos que isso é manifestação de vontade e confiança, mas na vida isso não basta, é preciso provar, ser capaz de fazer, realizar", frisou. 
 
Jesualdo Ferreira assumiu que "quando as coisas não estão bem há sempre coisas em causa" e considera que "estar sempre em causa é óptimo, pois é uma forma das pessoas estar sempre alerta e não se distraírem". 
 
Os presentes na conferência de imprensa ficaram ainda a saber que o momento da divulgação da renovação do contrato por dois anos visou impedir que se discutissem anteriomente questões inoportunas para o momento, nomeadamente
falar do futuro, quando havia ainda muitas coisas a conquistar no presente.
 
"Não houve tentativa de esconder nada, nem tabu. Iam preguntar-se se estaria preparado para substituir A, B ou C. Tratava-se da necessidade de preservar todos, garantir tranquilidade, pois havia o campeonato e a Taça de Portugal em jogo", justificou.