CAN2025. O Egito é a primeira seleção qualificada para os oitavos de final

O Egito, impulsionado pela sua estrela Mohamed Salah qualificou-se para os oitavos de final da CAN2025 ao vencer a África do Sul por 1-0, esta sexta-feira em Agadir.

RTP /
AFP

O primeiro grande jogo da Taça das Nações Africanas em solo marroquino, entre dois candidatos ao título, não ofereceu um espetáculo deslumbrante: com seis pontos antes do último encontro frente a Angola, os faroos garantiram mesmo o primeiro lugar do Grupo B e vão defrontar, também em Agadir, o terceiro classificado.

Para os Bafana Bafana, que pressionaram muito para empatar no final, a qualificação não está comprometida, já que Angola e Zimbabué empataram 1-1 mais cedo. Mas, como prováveis segundos, terão de lutar com os adversários do Grupo F em Rabat: Costa do Marfim, Camarões ou até Gabão.

Mohamed Salah voltou a ser decisivo ao provocar uma falta ligeira de Khuliso Mudau na área e converter ele próprio o penálti que daí resultou (1-0, aos 45’).

No duelo com Salah, o defesa dos Mamelodi Sundowns atingiu-o com a mão no rosto, ação que Pacifique Ndabihawenimana, árbitro do encontro, sancionou após consulta ao VAR.

Já irritados com este revés, os ânimos aqueceram ainda mais quando o árbitro burundês expulsou Mohamed Hany nos descontos da primeira parte por segundo cartão amarelo, após um carrinho mal medido.

A decisão, lógica, provocou a ira de Ibrahim Hassan, irmão gémeo e adjunto de Hossam Hassan, selecionador dos Faraós, e gerou forte tensão entre todos os intervenientes, incluindo suplentes e equipa técnica.

Na corda bamba
Muito mais sereno neste primeiro tempo do que na estreia frente ao Zimbabué (2-1), o Egito, em inferioridade numérica, teve de rever o sistema ao intervalo, substituindo a sua segunda estrela Omar Marmoush, avançado do City, pelo médio Emam Ashour, recuando uma linha.

Como seria de esperar, os companheiros de “Mo” Salah, encurralados no seu meio-campo, apesar de algumas contra-ataques, sofreram bastante, dobraram, mas nunca quebraram.

O guarda-redes veterano Mohamed Elshenawy, inseguro frente ao Zimbabué e contestado desde então, tranquilizou atrás da linha e o VAR, já nos descontos da segunda parte, poupou-o a um penálti após uma mão de Yasser Ibrahim que parecia estar sobre a linha da área.

Sortudos, os Faraós também foram empurrados pelo Grande Estádio de Agadir, cheio até à última cadeira com adeptos que perceberam que poderiam assistir ao primeiro grande jogo da CAN-2025 gratuitamente.

Por iniciativa da abertura das portas após o início da partida, os organizadores marroquinos viveram momentos de pânico quando os espectadores, muito mais do que os 40.219 anunciados, se aglomeraram nas zonas de circulação e até no telhado do estádio.

Do telhado, o Egito espera agora alcançar o topo de África a 18 de janeiro, pela oitava vez na sua história.
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