Islândia. Quem é o adversário de Portugal?

O que conhecemos da Islândia? Sabemos que é um país de clima frio, um dos melhores para se viver no mundo, também um dos mais pacíficos com gente simpática. E no futebol? Serão estas as características que os islandeses vão mostrar em campo? Duvidamos que aconteça e é por isso mesmo que antes da estreia portuguesa no Euro 2016, a RTP faz uma pequena análise à equipa treinada por Lars Lagerback.

Inês Geraldo - RTP /
Islândia está apostada em surpreender EPA

São estreantes em fases finais de Europeus e querem mostrar que o caminho trilhado durante a qualificação para o Campeonato da Europa não aconteceu por acaso.

Inseridos no grupo A de qualificação, os islandeses não eram favoritos a carimbar presença em França, defrontando equipas como a Holanda, Turquia e República Checa. Mas jogo a jogo, os nórdicos foram mostrando bom futebol. Consistência na defesa e ataques criteriosos levaram a um segundo lugar histórico.

Apenas suplantada pela República Checa no grupo de qualificação, a Islândia deixou para trás a Turquia e remeteu a Holanda para fora da fase final do Europeu. Hoje, e antes de defrontar Portugal, seleção com a qual se vão estrear em Europeus, a Islândia é o número 34 do ranking da FIFA.

Em teoria, a vitória estará do lado português mas falamos de uma equipa muito organizada. Pouco desenvolvida tecnicamente, a Islândia compensa com organização e muita vontade, entreajuda e solidariedade entre o xadrez de campo.

A estrela mais cotada nos dias de hoje é Gylfi Sigurdsson. Joga no Swansea City, da Premier League, no entanto, um dos grandes destaques desta equipa islandesa é o avançado Eidur Gudjohnsen, com 37 anos de idade.

O antigo jogador do Chelsea e FC Barcelona esteve sem clube até fevereiro mas a vontade em estar em França fê-lo assinar pelo Molde, da Noruega. Hoje, o selecionador islandês confessa: "Se ele não tivesse encontrado um clube, teria ficado de fora".



Mas não é só de Sigurdsson e Gudjohnsen que se faz a Islândia. Cada vez melhores, todos os setores da equipa nórdica apresentam mais-valias capazes de causar problemas à seleção portuguesa. Destacamos uns quantos: antes de mais, na baliza, Hannes Halldórsson, um dos grandes esteios da equipa durante a fase de qualificação. Experiente, será, com certeza, um problema de ser ultrapassado.

Na defesa, Ragnar Sigurdsson, Ari Skúlasson, Kári Árnason ou Birkir Saevarsson são alguns dos nomes a ter em conta, e mais para a frente, vale a pena voltar a recordar Gylfi Sigurdsson, as ações de Aron Gunnarsson ou Birkir Bjarnason.

Na frente de ataque, a defesa portuguesa vai precisar de estar atenta a Eidur Gudjohnsen e a Kolbeinn Sigthórsson.

A Islândia deverá apresentar-se como uma equipa a jogar em bloco baixo, defendendo com jogadores muito juntos e a tentar contra-ataques rápidos para surpreender o adversário, apresentando no último terço grande eficácia. Na teoria, o adversário não é o melhor do mundo, no entanto, também não pode ser subestimado pelos portugueses.

Que Cristiano Ronaldo e companhia saibam furar a muralha defensiva que a turma liderada por Lars Lagerback vai montar e parar a velocidade dos atacantes adversários. Assim, a tarefa poderá ficar bem mais facilitada e os três pontos prestes a serem ganhos.
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