O Palmeiras, de Abel Ferreira, e o Santos, que foi de Jesualdo Ferreira, disputam sábado no mítico Maracanã a terceira final 100% brasileira da Taça Libertadores em futebol, à procura de suceder ao Flamengo, de Jorge Jesus.
O vencedor selará o 20.º título brasileiro na Libertadores – a Argentina soma 25 – e segundo consecutivo, depois do triunfo do "Fla" em 2019, com uma vitória por 2-1 na final sobre o River Plate, na primeira decisão a um jogo, em Lima, no Peru.
O ex-avançado benfiquista Gabriel Barbosa foi o herói do "mengão", com um "bis" na parte final, aos 89 e 90+2 minutos, depois do colombiano Rafael Santos Borré dar vantagem aos "milionários", que lideraram desde os 14 minutos.
Caminhada do Palmeiras
Sob o comando do ex-treinador do Sporting de Braga, o conjunto "alviverde" afastou os equatorianos do Delfín, nos "oitavos", os paraguaios do Libertad, nos "quartos", e os argentinos do River Plate, vice-campeões em título, nas "meias".
O Palmeiras superou tranquilamente Delfín (8-1 no conjunto dos dois jogos) e Libertad (4-1), mas sofreu face ao conjunto de Marcelo Gallardo, ao perder por 2-0 em casa, depois de um sensacional triunfo por 3-0 na Argentina.
Para a história, ficam os resultados, mas é inquestionável que, na segunda mão das meias-finais, os argentinos foram claramente prejudicados pela arbitragem, VAR incluído, que, entre outras coisas, lhes escamoteou um terceiro golo legal.
Percurso do Santos
O técnico luso saiu e o "peixe" chegou sem problemas à fase a eliminar, na qual superou os equatorianos do Liga de Quito (2-1 fora e 0-1 em casa), nos "oitavos", os compatriotas do Grémio (1-1 fora e 4-1 em casa), nos "quartos", e os argentinos do Boca Juniors (0-0 fora e 3-0 em casa), nas"‘meias".
Desta forma, ficou assegurado mais um título para o Brasil e uma terceira final "canarinha", depois de duas consecutivas com o São Paulo, que bateu o Athletico Paranaense, em 2005, e perdeu com o Internacional de Porto Alegre, em 2006.
Contagem decrescente para a decisão
Na antecâmara da final, na terça-feira, em jogos em atraso do Brasileirão, o Palmeiras empatou 1-1 na receção ao Vasco da Gama e o Santos perdeu 2-0 no reduto do Atlético de Mineiro, sendo que ambos pouparam, aparentemente, todos os titulares.
O Palmeiras, que face ao River jogou em "3-4-3", poderá voltar ao mais habitual "4-2-3-1", com Weverton na baliza, uma defesa com Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matias Vinã, Gabriel Menino e Danilo como médios mais defensivos e um trio (Zé Rafael, Raphael Veiga e Roni) no apoio a Luiz Adriano.
Por seu lado, o Santos deverá replicar o "4-3-3" da segunda mão da meia-final, com Pará, Lucas Veríssimo - na provável despedida antes de rumar ao Benfica - Luan Perez e Felipe Jonatan, à frente de João Paulo, um meio-campo com Alison, Diego Pituca e Lucas Braga e um ataque com Marinho, Soteldo e Kaio Jorge.
O encontro entre Palmeiras e Santos, da final da 61.ª edição da Taça Libertadores em futebol, está marcado para sábado, numa Estádio Maracanã quase despedido de público, no Rio de Janeiro, a partir das 17h00 locais (20h00 em Lisboa).