O médio brasileiro, agora ao serviço do Atlético de Madrid, afirmou que a decisão de sair do FCPorto foi tomada após ter sido ameaçado por desconhecidos. O transtorno causado por esse incidente foi determinante para a escolha do rumo a dar à carreira. A possibilidade de ingresso na Selecção portuguesa e o regresso ao Estádio do Dragão (para o embate entre FCPorto e Atlético de Madrid na Liga dos Campeões) são outro assuntos abordados na entrevista concedida pelo médio ao jornalista Hélder Conduto.
A sua saída dos dragões de forma repentina, ao abrigo da lei Bosman, deixou um amargo de boca aos adeptos azuis e brancos e ficou sem explicação - até ontem.
Passados vários meses, o luso-brasileiro explicou, em entrevista ao programa Domingo Desportivo da RTP, o porquê de ter optado por abandonar a cidade invicta: "Estávamos em conversações para renovar em Abril. Saí do Olival e vieram cinco indivíduos e disseram-me que se não renovasse até quarta-feira levava um tiro no joelho, eu expliquei que as coisas não são assim. Depois, saí dali e fui directo à polícia, enquanto eles me perseguiam de carro. Isso transtornou-me e perdi a confiança. A minha esposa teve de mudar ritmo de vida dela e outras coisas e a minha família é tudo para mim".
Após este incidente, o médio decidiu, ao abrigo da lei Webster, desvincular-se do FC Porto e assinar mais tarde com o Atlético de Madrid, de Maniche e Simão Sabrosa.
Quis o destino que o sorteio da Liga dos Campeões ditasse um reencontro de Paulo Assunção e o FC Porto. O luso-brasileiro diz estar pronto para esse reencontro: "Nos três anos que passei pelo FC Porto sempre honrei a minha camisa, sempre dei o meu máximo como profissional. Se eu for aplaudido ainda bem, senão for, não tem problema. Eu quero é fazer o meu trabalho e procurar alcançar o meu objectivo, a vitória".
Outro dos assuntos que muito se tem falado sobre Paulo Assunção é a sua possível chamada à Selecção portuguesa de futebol. O jogador do Atlético de Madrid afirmou que é um sonho que tem poder jogar um dia por Portugal: "A Selecção é outro sonho que eu tenho, porque Portugal é um país que me acolheu muito bem, as pessoas me trataram muito bem a mim e à minha família. Seria um gesto de retribuição para com o povo português. A ida à Selecção seria uma honra".
