O português Carlos Queiroz é o novo selecionador de futebol do Catar, após ter estado no Mundial de 2022 organizado por aquele país árabe com o Irão, foi esta segunda-feira anunciado.
O português, de 69 anos, sucede ao espanhol Félix Sánchez Bas, de 47, dispensado há um mês pela Associação de Futebol do Catar, após o Mundial2022, ao fim de cinco anos no comando da seleção.
Queiroz, que foi selecionador português em dois períodos (1991/93 e 2008/10), tinha deixado a seleção do Irão também após o Mundial, para o qual tinha sido contratado em substituição do croata Dragan Skocic.
Ao longo de 30 anos de uma carreira iniciada em 1991, Queiroz orientou seis seleções, tendo passado pelo comando dos Emirados Árabes Unidos (1999), África do Sul (2000 a 2001) e Colômbia (2019 a 2020), além de Portugal (1991 a 1993 e 2008 a 2010), Irão (2011 a 2019 e 2022) e Egito (2021 a 2022).
Depois de conquistar dois mundiais de sub-20 com Portugal, em 1989 e 1991, com a denominada ‘geração de ouro’, Queiroz foi o escolhido para levar a seleção principal ao Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, mas falhou o objetivo e abandonou o cargo, na altura, com críticas fortes à Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Seguiram-se três temporadas no Sporting (o máximo que conseguiu foi uma Taça de Portugal) e passagens pelos Estados Unidos (MetroStars), Japão (Nagoya Grampus), Emirados e África do Sul, até chegar a Inglaterra, em 2002/03, para ser adjunto de Alex Ferguson no Manchester United.
Na época seguinte, Queiroz foi o escolhido para comandar o Real Madrid, mas a aventura no emblema ‘merengue’, pelo qual conquistou a Supertaça de Espanha, apenas durou uma temporada, regressando no final a Manchester, novamente para ser o 'número dois' de Ferguson.
Em 2008, o antigo guarda-redes, nascido em Nampula, em Moçambique, regressou à seleção portuguesa, desta vez para render o brasileiro Luiz Felipe Scolari e garantir o apuramento para o Mundial2010, objetivo que foi cumprido.
Na África do Sul, Portugal caiu nos oitavos de final perante a Espanha (1-0), que viria a conquistar a prova, e Queiroz voltou a abandonar o cargo em conflito aberto com a direção da FPF, mas também com alguns jogadores lusos, como Cristiano Ronaldo ou Pepe.
Em 2011, o técnico chegou ao Irão, onde permaneceu oito anos, disputando dois mundiais, nos quais ficou sempre pela fase de grupos.
No Brasil, em 2014, a seleção iraniana apenas alcançou um empate, mas, em 2018, na Rússia, Queiroz obteve um triunfo (1-0 sobre Marrocos), apenas o segundo da história desse país em campeonatos do mundo, e empatou com Portugal (1-1).
No Qatar, Carlos Queiroz participou pela quarta vez num Mundial, terceira consecutiva com o Irão, depois de ter liderado Portugal na edição de 2010, na África do Sul, onde alcançou o seu melhor registo, chegando aos oitavos de final.