Futebol Internacional
Presidentes da LPFP e La Liga admitem criação de Taça Ibérica de futebol
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, e o homólogo da Liga espanhola, Javier Tebas, admitiram hoje conversações para a criação da Taça Ibérica, mas negaram que seja um projeto para o "curto prazo".
Javier Tebas visitou hoje pela primeira vez as novas instalações da sede da LPFP, no Porto, no dia em que Reinaldo Teixeira cumpriu oito meses na liderança do organismo que tutela as competições portuguesas do futebol profissional.
O encontro entre os dois presidentes das ligas ibéricas serviu para reforçar "entendimentos comuns e cooperação sobre matérias como operações de estádio, segurança, pirataria, 'match fixing', integridade, conteúdos e 'social media'".
Ainda assim, houve também espaço para discutir uma eventual nova competição que une os clubes campeões dos dois países, um formato que acolhe interesse mútuo, mas que terá obstáculos à sua execução, nomeadamente a sobrecarga do calendário competitivo.
"Sempre que venho a Portugal questionam-me sobre a Taça Ibérica. Organizar um torneio supranacional, com equipas deste nível, tem questões mais fáceis e outras mais complicadas, nomeadamente em termos de calendário, de modo a encontrarmos uma data para poder realizá-lo. A curto prazo não será possível, mas falámos desse projeto. Não fechamos essa porta", disse Javier Tebas.
Reinaldo Teixeira insiste na necessidade de haver pragmatismo na comunicação para que, nesse capítulo, não sejam geradas falsas expectativas.
"Compromisso e vontade existem. Quando houver a oportunidade, faremos acontecer. Javier Tebas é muito pragmático e, quando diz que é para fazer, é mesmo. Não havendo condições, não se avança. Eu revejo-me nessa postura. Não vamos prometer coisas que depois não acontecem, não faz parte do nosso princípio", reforçou.
O processo de centralização dos direitos televisivos esteve no centro dos contactos entre os dois líderes, com Javier Tebas a destacar a importância desse passo para o aumento da competitividade do futebol português.
"Portugal enfrenta um dos aspetos mais importantes da história do seu futebol profissional, a centralização dos direitos televisivos. É uma das poucas ligas importantes que ainda não centralizou os direitos. O futebol português não pode perder esta oportunidade. Certamente que os clubes vão crescer a nível económico e competitivo", sublinhou.
O presidente da Liga espanhola lembrou que nenhum dos campeonatos que avançou para o modelo centralizado retrocedeu na decisão, o que, no seu entendimento, proporciona benefícios para todas as sociedades desportivas.
"O primeiro impacto é o aumento do valor dos direitos. Clubes que não são os grandes saem beneficiados e tornam os campeonatos competitivos. Isso gera mais audiência, mais valorização. Um melhor produto audiovisual porque essa gestão está centralizada na Liga. Não há dúvidas, aumenta o valor, só tem benefícios", garantiu.
Em novembro, a La Liga fechou um acordo histórico para a cedência dos direitos audiovisuais no ciclo entre 2027/28 e 2031/32, que permite um bolo total na ordem dos 1.050 milhões de euros por temporada, um valor superior em 9% ao conseguido no período anterior.
Para o líder da LPFP, estes valores representam um sinal do mercado de que será possível melhorar a situação de todos os clubes portugueses, tendo o campeonato espanhol como um exemplo a seguir.
"Todos os bons exemplos trazem para nós boas perspetivas. Desde que cá chegámos, trabalhamos para conseguir valorizar a nossa Liga em todo o mundo. Sempre dissemos que iríamos conseguir valores que, às vezes, não são pensáveis e tangíveis. O exemplo da La Liga prova que é possível aumentar o bolo e não reduzir como em alguns casos se quer fazer passar", concluiu.
O encontro entre os dois presidentes das ligas ibéricas serviu para reforçar "entendimentos comuns e cooperação sobre matérias como operações de estádio, segurança, pirataria, 'match fixing', integridade, conteúdos e 'social media'".
Ainda assim, houve também espaço para discutir uma eventual nova competição que une os clubes campeões dos dois países, um formato que acolhe interesse mútuo, mas que terá obstáculos à sua execução, nomeadamente a sobrecarga do calendário competitivo.
"Sempre que venho a Portugal questionam-me sobre a Taça Ibérica. Organizar um torneio supranacional, com equipas deste nível, tem questões mais fáceis e outras mais complicadas, nomeadamente em termos de calendário, de modo a encontrarmos uma data para poder realizá-lo. A curto prazo não será possível, mas falámos desse projeto. Não fechamos essa porta", disse Javier Tebas.
Reinaldo Teixeira insiste na necessidade de haver pragmatismo na comunicação para que, nesse capítulo, não sejam geradas falsas expectativas.
"Compromisso e vontade existem. Quando houver a oportunidade, faremos acontecer. Javier Tebas é muito pragmático e, quando diz que é para fazer, é mesmo. Não havendo condições, não se avança. Eu revejo-me nessa postura. Não vamos prometer coisas que depois não acontecem, não faz parte do nosso princípio", reforçou.
O processo de centralização dos direitos televisivos esteve no centro dos contactos entre os dois líderes, com Javier Tebas a destacar a importância desse passo para o aumento da competitividade do futebol português.
"Portugal enfrenta um dos aspetos mais importantes da história do seu futebol profissional, a centralização dos direitos televisivos. É uma das poucas ligas importantes que ainda não centralizou os direitos. O futebol português não pode perder esta oportunidade. Certamente que os clubes vão crescer a nível económico e competitivo", sublinhou.
O presidente da Liga espanhola lembrou que nenhum dos campeonatos que avançou para o modelo centralizado retrocedeu na decisão, o que, no seu entendimento, proporciona benefícios para todas as sociedades desportivas.
"O primeiro impacto é o aumento do valor dos direitos. Clubes que não são os grandes saem beneficiados e tornam os campeonatos competitivos. Isso gera mais audiência, mais valorização. Um melhor produto audiovisual porque essa gestão está centralizada na Liga. Não há dúvidas, aumenta o valor, só tem benefícios", garantiu.
Em novembro, a La Liga fechou um acordo histórico para a cedência dos direitos audiovisuais no ciclo entre 2027/28 e 2031/32, que permite um bolo total na ordem dos 1.050 milhões de euros por temporada, um valor superior em 9% ao conseguido no período anterior.
Para o líder da LPFP, estes valores representam um sinal do mercado de que será possível melhorar a situação de todos os clubes portugueses, tendo o campeonato espanhol como um exemplo a seguir.
"Todos os bons exemplos trazem para nós boas perspetivas. Desde que cá chegámos, trabalhamos para conseguir valorizar a nossa Liga em todo o mundo. Sempre dissemos que iríamos conseguir valores que, às vezes, não são pensáveis e tangíveis. O exemplo da La Liga prova que é possível aumentar o bolo e não reduzir como em alguns casos se quer fazer passar", concluiu.