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Promotores da Superliga de futebol estão de volta

por Mário Aleixo - RTP
Os promotores da Superliga de futebol têm novas ideias para fazer vingar a competição D.R.

O projeto da Superliga de futebol, inviabilizado em 2021 e que levou à desistência da maioria dos clubes fundadores, está de regresso, num modelo que pretende reunir entre 60 a 80 clubes.

A nova proposta foi apresentada pela empresa A22 Sports Management, promotora da Superliga, que conta ainda com três dos clubes do projeto inicial, Barcelona, Real Madrid e Juventus, e "desenhou" 10 princípios em que se pretende basear.

De acordo com o comunicado agora divulgado, a organização mantém desde outubro conversações com “mais de 50 clubes e atores do futebol” sobre as competições europeias e no seu ponto um defende agora um modelo aberto baseado no mérito desportivo.

A Liga europeia deveria ser uma competição aberta, de várias divisões, composta por 60 a 80 equipas e que permita uma distribuição sustentável de receitas na pirâmide do futebol”, refere a empresa, em comunicado.

Dentro do mesmo ponto, é defendida uma participação baseada no mérito desportivo e sem que existam membros permanentes, como previa o anterior modelo da Superliga.

O sistema de qualificação deverá ser aberto, baseado no desempenho nas competições nacionais, permitindo deste modo a todos os clubes o acesso à competição”, acrescentam.

No modelo é ainda proposto um mínimo de 14 jogos para os participantes e quando na atual Liga dos Campeões, a partir da fase de grupos, disputam um máximo de 13 jogos, caso cheguem à final.

Um melhor e mais atrativo formato de competição europeia iria gerar recursos adicionais, e não existe dúvida de que a estabilidade financeira dos clubes aumentaria notavelmente se lhes fosse garantido um mínimo de 14 jogos europeus por época”, assinalam.

Nos pontos elencados nesta nova proposta é tido também em conta o futebol feminino, a necessitar de “promoção e desenvolvimento”, bem como um mecanismo solidário, em que pretendem um investimento mínimo de 400 milhões de euros anuais em clubes fora das competições europeias.

No comunicado, Bernd Reichart, conselheiro delegado da A22 Sports Management, diz também ter encontrado medo nos encontros que manteve com os clubes.

Pude sentir o medo dos clubes em manifestarem-se publicamente contra um sistema que ameaça com sanções, para impedir que formem qualquer tipo de oposição”, indicou, reiterando a vontade de um novo projeto mudar o sistema.
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