Sambizanga de Mantorras com salários em atraso

por Mário Aleixo - RTP
O antigo clube angolano de Mantorras passa por dificuldades económicas graves Lusa

Os funcionários do Progresso Sambizanga, em Luanda, antigo clube do futebolista angolano Mantorras, estão há uma semana em greve, por tempo indeterminado, reclamando 18 meses de salários em atraso e criticando o silêncio da direção.

Os cerca de 150 trabalhadores do clube, no distrito urbano do Sambizanga, província de Luanda, estão em vigília junto às instalações da sede e relataram este atraso à Lusa, considerando-o "inconcebível", até porque nem estão inscritos no Instituto Nacional da Segurança Social.

"Estamos em greve" e "sem salários há 18 meses" são as mensagens estampadas no portão do Progresso de Sambizanga, cuja equipa principal de futebol ocupa o terceiro lugar do Girabola, o principal campeonato de futebol angolano, a quatro pontos do líder 1.º de Agosto, após a quinta jornada.

O atraso no pagamento de salários do clube, um dos históricos da capital angolana e que recebe o nome do emblemático bairro de Luanda, afeta supervisores, motoristas, seguranças, coordenadores de escalões de formação das várias modalidades do clube e até funcionárias de limpeza.

A reivindicação deu origem a uma vigília, que dura já há uma semana, para "exigir um direito", como contou à Lusa Custódio de Azevedo, denunciando que a direção do clube "se remete ao silêncio".

A agência Lusa tentou, sem sucesso, falar com o presidente do Progresso Sambizanga, Paixão Júnior, antigo presidente do conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), maior banco angolano de capitais públicos.
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