O Benfica conquistou de forma incontestável a edição 2022/23 da I Liga portuguesa de futebol, para o seu 38.º título de campeão, após uma prova que dominou por completo, mesmo acabando longe da pujança inicial.
Os encarnados foram esmagadores até ao Mundial (20 de novembro a 18 de dezembro), que partiu a prova a meio, somando 12 vitórias e um empate (0-0 em Guimarães), com a presença marcante do argentino Enzo Fernández a pautar o meio-campo.
O pós Qatar2022 foi complicado, com a perda do ex-River Plate para o Chelsea e cinco pontos cedidos nos primeiros três jogos (0-3 em Braga e 2-2 com o Sporting), com a equipa a reencontrar-se com Chiquinho e, mesmo sem o mesmo nível exibicional, a somar 10 vitórias seguidas, o melhor registo da prova.
A formação encarnada poderia ter "acabado" com o campeonato à 27.ª ronda, na receção ao FC Porto, mas não conseguiu segurar uma vantagem inicial que lhe conferia, virtualmente, 13 pontos à maior, acabando por sofrer a já habitual derrota em casa com os "dragões" (1-2).
Esse desaire e, de imediato, uma impensável derrota em Chaves (0-1), fez a diferença cair de 10 para quatro pontos, dando à parte final do campeonato uma inesperada emoção, com o Benfica a ter de defrontar Sporting de Braga e Sporting.
Com o FC Porto a responder com vitórias, quase sempre tangenciais e "alimentadas" a penáltis (sete, à média de um por jogo), o Benfica sabia que tinha de chegar a Alvalade, à 33.ª jornada, quatro pontos à maior e, com o miúdo João Neves a conferir ao meio-campo frescura e lucidez, conseguiu-o.
Os encarnados somaram quatro triunfos seguidos, um deles na receção ao Sporting de Braga (1-0), e poderiam ter sido campeões face ao Sporting, mas saírem do dérbi com um empate (2-2), após uma desvantagem de dois golos, que embalou a equipa para o "38", selado com um triunfo seguro na receção ao Santa Clara (3-0).
Os trunfos do treinador alemão
Schmidt, pela forma como colocou a equipa a jogar, um futebol positivo, sempre virado para a frente (melhor ataque, com 82 golos), com um inamovível "4-2-3-1", independentemente do adversário, e raras mexidas no "onze", acaba como o grande responsável por esta conquista.
Dentro do campo, a equipa mostrou também segurança defensiva, acabando como a melhor defesa (20 golos sofridos), incluindo 21 jogos com a baliza a zero.
O coletivo funcionou quase sempre e foram também muitas as individualidades que se destacaram, a começar pela segurança de Vlachodimos na baliza, escudado pela experiência de Otamendi e a revelação António Silva, mais dois laterais a dar grande profundidade, Bah e Grimaldo, em época de despedida.
No meio-campo, Enzo Fernández foi o grande destaque até ao Mundial e deixou saudades, apesar de Chiquinho ter cumprido e da aparição sobre o final de João Neves, que acabou por secundarizar o "pêndulo" Florentino.
Quanto ao ataque, João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos entraram a todo o gás, mas foram caindo de produção, ao contrário de um David Neres em crescendo e de um omnipresente Aursnes, sempre útil em qualquer posição e imprescindível no "onze".
Entre os habituais suplentes, o croata Petar Musa foi o mais produtivo, com seis golos (seis), mas Schmidt também pôde contar sempre com Morato, mais do que com os credenciados Draxler e Gonçalo Guedes, reforço de inverno, prejudicados pelas lesões.
Mesmo com um final algo periclitante, o Benfica foi um justo campeão, sucedendo a um FC Porto que foi igual a si próprio, à imagem do seu treinador Sérgio Conceição, uma equipa de luta, de nunca desistir, mas sem encantar, muito "resultadista".
Schmidt, pela forma como colocou a equipa a jogar, um futebol positivo, sempre virado para a frente (melhor ataque, com 82 golos), com um inamovível "4-2-3-1", independentemente do adversário, e raras mexidas no "onze", acaba como o grande responsável por esta conquista.
Dentro do campo, a equipa mostrou também segurança defensiva, acabando como a melhor defesa (20 golos sofridos), incluindo 21 jogos com a baliza a zero.
O coletivo funcionou quase sempre e foram também muitas as individualidades que se destacaram, a começar pela segurança de Vlachodimos na baliza, escudado pela experiência de Otamendi e a revelação António Silva, mais dois laterais a dar grande profundidade, Bah e Grimaldo, em época de despedida.
No meio-campo, Enzo Fernández foi o grande destaque até ao Mundial e deixou saudades, apesar de Chiquinho ter cumprido e da aparição sobre o final de João Neves, que acabou por secundarizar o "pêndulo" Florentino.
Quanto ao ataque, João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos entraram a todo o gás, mas foram caindo de produção, ao contrário de um David Neres em crescendo e de um omnipresente Aursnes, sempre útil em qualquer posição e imprescindível no "onze".
Entre os habituais suplentes, o croata Petar Musa foi o mais produtivo, com seis golos (seis), mas Schmidt também pôde contar sempre com Morato, mais do que com os credenciados Draxler e Gonçalo Guedes, reforço de inverno, prejudicados pelas lesões.
Mesmo com um final algo periclitante, o Benfica foi um justo campeão, sucedendo a um FC Porto que foi igual a si próprio, à imagem do seu treinador Sérgio Conceição, uma equipa de luta, de nunca desistir, mas sem encantar, muito "resultadista".