Carlos Vicens quer "energia extra" do Sporting de Braga nas Caldas

O treinador do Sporting de Braga alertou segunda-feira para a necessidade de uma motivação e energia extras para a deslocação ao reduto do Caldas, na terça-feira, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol.

RTP /
Sebastien Nogier - EPA

Os bracarenses viram interrompida, na sexta-feira, no terreno do Estoril Praia, com a derrota por 1-0, na 15.ª jornada da I Liga, a sequência de sete jogos seguidos sem perder e de quatro vitórias consecutivas no campeonato.

Já a equipa das Caldas da Rainha, que milita no terceiro escalão do futebol português, vem de cinco derrotas consecutivas na Liga 3, numa série negativa de seis jogos seguidos sem vencer (mais um empate).

Carlos Vicens considerou que este é o jogo indicado para o Sporting de Braga voltar aos triunfos, mas frisou o facto de ser um jogo que vai exigir uma “energia extra”.

“É um jogo especial, numa competição especial. Sabemos das características destes jogos, são de vida ou morte porque só passa um e em cada ronda de Taça vemos surpresas. Temos de entrar com uma mentalidade, uma energia e uma motivação extra para um jogo especial, assim como com os níveis de agressividade e competitividade necessários para que a eliminatória caia para o nosso lado”, disse na conferência de imprensa de antevisão.

O treinador espanhol desvalorizou o momento do adversário, considerando que, mais do que as sequências de resultados, estas provas a eliminar têm “algo que as fazem diferentes, porque uma de duas não seguirá em frente”.

“Os momentos importam pouco, importam mais o adversário que conheces pouco, ou o campo em que não estás acostumado a jogar, ou o facto de não haver um ‘amanhã’, como no campeonato”, disse.

O Sporting de Braga recebe depois, no domingo, o Benfica para o campeonato, mas Vicens recusa pensar já nessa partida.

“Nestes dias em que falámos com os jogadores não saiu da minha boca a palavra Benfica. Depois há o Natal, em que os jogadores vão estar com as suas famílias, há suficientes coisas antes para se pensar nesse jogo. Temos que ter todo o pensamento no jogo como Caldas, porque se não estivermos, o jogo vai fazer com que estejas. À primeira adversidade e ao primeiro duelo perdido, ao primeiro ‘ui’, ou te empenhas ou não vais passar. É um jogo que exige uma energia especial, é território desconhecido e tens que te preparar para isso porque senão corres o perigo de ficar de fora”, reforçou.

Questionado sobre se falta algum ‘poder de fogo’, depois de dois jogos, com o Santa Clara e Estoril Praia, em que a equipa não criou muitas oportunidades de golo, e se o mercado de janeiro será aproveitado para colmatar isso, Carlos Vicens referiu terem sido dois jogos diferentes, em que a equipa criou as ocasiões suficientes, nomeadamente com os estorilistas, para obter resultado.

“O mercado de janeiro é difícil, inflacionado porque há equipas que pedem um valor muito alto e pagas muito mais do que no mercado normal. Mas, estamos todos em sintonia no clube, estamos atentos, vamos ver que possibilidades há e se houver alguma oportunidade vamos olhar para ela, mas não é nada fácil”, disse.

Niakaté, Sandro Vidigal e El Ouazzani são baixas devido a lesão.

Sporting de Braga e Caldas, quintos classificados da I Liga e da Liga 3, defrontam-se a partir das 18:45 de terça-feira, no Campo da Mata, nas Caldas da Rainha, jogo que será arbitrado por Sérgio Guelho, da Associação de Futebol da Guarda.

Carlos Vicens pede menos foco na polémica e na arbitragem em Portugal 

O treinador do Sporting de Braga, Carlos Vicens, defendeu a necessidade de todos trabalharem para que o futebol português tenha a melhor imagem possível e que o foco esteja menos nas questões de arbitragem.

“O foco devia ser menos a polémica e na arbitragem. Penso que há elementos futebolísticos suficientes neste país para que, quem veja de fora, possa desfrutar do futebol e do talento que há em Portugal. Como podemos ajudar a que seja assim? Quiçá ajudar os árbitros no que pudermos. É o que sinto quando vejo tanta polémica”, afirmou.

O técnico espanhol, que falava na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Caldas, terça-feira, para os oitavos de final da Taça de Portugal, foi confrontado com o ambiente de polémica sobre a arbitragem que se vive no futebol português, considerando que todos na indústria do futebol têm “uma responsabilidade individual de tentar ajudar”.

Carlos Vicens reforçou a ideia de que “Portugal é um país de futebol”, e acrescentou: “Tem uma tradição e uma história incríveis, tem uma seleção com um talento espetacular que pode ter um grande papel em todas as provas internacionais, no verão [no Mundial2026] vai ser igual, com uma formação espetacular, ainda agora foram campeões mundiais sub-17, com treinadores portugueses a um nível altíssimo aqui e fora do país, são um exemplo para os outros”.

Por isso, defendeu que todos têm que “tentar ajudar que a imagem do futebol português seja a melhor possível”.

“Os que estamos nas competições europeias, por exemplo, tratando cada um dos seus interesses, mas também que o coeficiente da UEFA da Liga portuguesa seja o mais alto possível, ou no campeonato, querendo que as nossas equipas ganhem, mas dando a melhor imagem possível”, disse.

Sporting de Braga e Caldas defrontam-se a partir das 18:45 de terça-feira, no Campo da Mata, nas Caldas da Rainha, jogo que será arbitrado por Sérgio Guelho, da Associação de Futebol da Guarda.


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