O FC Porto alcançou a sua nona 'dobradinha' juntando ao título de campeão nacional o troféu de vencedor da 18.ª Taça de Portugal do seu palmarés. Esta tarde, no Estádio Nacional, os dragões dominaram o Tondela de início ao fim, triunfando por 3-1.
Dobradinha à moda do Porto
A equipa de Sérgio Conceição juntou assim a Taça de Portugal à I Liga esta temporada, que já tinha conquistado na penúltima jornada, num Jamor em que até nas bancadas foi superior, com um autêntico ‘mar azul’ e uma pequena ‘mancha amarela’ no meio.
Como expectável, o FC Porto dominou por completo o encontro desde o apito inicial, com uma elevada percentagem de posse de bola e o Tondela remetido à sua defesa, sem sucesso na procura de transições rápidas, o que tornou o jogo muito monótono.
Os ‘dragões’ viram Babacar Niasse fazer uma gigante defesa contra a trave, a remate de Pepê, com o árbitro auxiliar a assinalar um fora de jogo de Taremi durante o lance. Contudo, na procura do corte, Marcelo Alves toca na bola com o braço, o que motivou a intervenção do videoárbitro (VAR), interrompendo a partida durante sete minutos.
O lance, que aconteceu aos 15 minutos, era duvidoso, não tanto pela falta em si, que era evidente, mas sim pela influência do iraniano, em posição irregular, na jogada. O árbitro Rui Costa foi ver as imagens e entendeu que Taremi não se fez ao lance, o que significou uma grande penalidade para o FC Porto, que o próprio avançado converteu, aos 22, enganando Niasse e criando uma primeira ‘explosão’ nas bancadas do Jamor.
Inaugurado o marcador, a formação portista permaneceu a controlar a seu bel-prazer, mas sem se aproximar com perigo da área do Tondela, que apenas penetrou a área de Marchesín uma vez durante a primeira parte, em que nem conseguiu alvejar a baliza.
Antes do descanso, o FC Porto esteve perto do 2-0, com a rapidez de Pepê a superar a defensiva tondelense e a deixar a bola em Evanilson, que atirou com muito perigo, mas ligeiramente ao lado, num disparo que deixou Babacar Niasse ‘pregado’, sem hipótese.
No reatamento, Pepê desperdiçou uma ocasião soberana para dilatar a vantagem, com uma não menos boa intervenção de Babacar Niasse, a defender o remate do brasileiro, que estava solto ao segundo poste, após um passe rasteiro de Taremi na ala esquerda.
O Tondela ‘adormeceu’ no início da segunda parte, com muitas veleidades na sua zona defensiva, aproveitadas pelos ‘dragões’, que ampliaram o marcador aos 52, por Vítor Ferreira, a atirar para o fundo das redes depois de uma boa combinação com Pepê.
A Taça já parecia uma questão de minutos para os portistas, que continuaram a tentar sentenciar de vez a discussão, mas Taremi não o conseguiu em duas ocasiões: aos 62, em posição frontal, atirou de primeira ao lado, enquanto, aos 66, falhou uma grande penalidade – a castigar um braço de Sagnan no ombro de Pepê, que sentiu o toque e se deixou cair -, ao atirar com estrondo ao poste da baliza, apesar de enganar Niasse.
Os beirões, finalmente, ‘acordaram’, tendo beneficiado das duas duplas substituições efetuadas por Nuno Campos, e lograram reduzir a margem, aos 73, graças à cabeça de Neto Borges, letal a bater Marchesín, num cruzamento bem medido de Salvador Agra.
No entanto, a felicidade dos tondelenses durou apenas um minuto, pois um ‘chapéu’ delicioso de Otávio sobre a defesa contrária permitiu o ‘bis’ a Taremi, que disparou de primeira para ‘fechar’ de vez com o encontro e a ‘matar’ qualquer reação do Tondela.
O conjunto da região de Viseu ainda voltaria a tentar, novamente pelo ala esquerdo Neto Borges, que, de cabeça, desviou ao primeiro poste um pontapé de canto, tendo ainda acertado na trave, mas a conquista da Taça já não escapava à turma portuense.