Reunião na FPF conclui necessidade de novos critérios para as receitas das apostas

A Federação Portuguesa da Futebol (FPF) determinou, junto dos líderes dos quatro principais emblemas do futebol português, a necessidade de adotar critérios exigentes para a distribuição de receitas das apostas desportivas.

RTP /
Paulo Novais - Lusa

Rui Costa, André Villas-Boas, Frederico Varandas e António Salvador estiveram esta manhã de sexta-feira na Cidade do Futebol, em Oeiras, com Pedro Proença, onde discutiram o atual momento do futebol português.

Entre os temas em debate estiveram o futuro da indústria, o modelo de financiamento e os desafios e sustentabilidade das Sociedades Desportivas do Futebol Profissional, garante a FPF em comunicado. O destaque foi dado à distribuição das receitas das apostas desportivas, com especial atenção para aquelas que resultam das apostas em ligas internacionais.

As receitas das apostas desportivas, decorrentes do Imposto Especial de Jogo Online (IEJO), são entregues às federações representativas das modalidades, mesmo que sejam sobre competições no estrangeiro.

A solução passa por definir critérios “rigorosos” de distribuição e parâmetros “exigentes” de aplicação das verbas. Estão ainda por conhecer quais são as alíneas através das quais se vai basear a nova política de distribuição de receitas.

Em 2024, a FPF arrecadou 33,85 milhões de euros (ME) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) 10,85 ME, com as apostas desportivas online, com a modalidade a receber 72,3% (44,7 ME) dos 61,8 ME entregues ao setor por conta do IEJO.

Do encontro entre os presidentes dos clubes e o líder da FPF resultou também a necessidade de criação de um novo grupo de trabalho, destinado à análise de todas as questões hoje debatidas e à preparação de soluções futuras.

Antes do ato eleitoral para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol, a 14 de fevereiro, Pedro Proença já havia assegurado a intenção de “rever com o Governo a portaria que regula as apostas desportivas, com vista ao aumento da percentagem do imposto afeta ao futebol”, como se pode ler no programa do agora presidente do FPF.

No fim do comunicado, a federação felicita o “espírito de diálogo positivo” que marcou a discussão desta manhã sobre as questões fundamentais do futebol português.
PUB