Proença destaca orgulho na seleção feminina de futsal após prestação no Mundial
O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) destacou esta terça-feira o "orgulho" que a seleção nacional feminina de futsal "transportou ao povo português" com a sua prestação no Mundial, na receção feita à equipa na Cidade do Futebol.
"Tenham noção do que fizeram pelo povo português. Sintam orgulho: vocês são vice-campeãs do mundo. A todas vocês, atletas, um agradecimento muito especial pelo orgulho que conseguiram transportar para todo o povo português. Vocês estão de parabéns por aquilo que fizeram", salientou Pedro Proença.
Proença destacou, ainda, o papel de Jorge Braz como "o grande pensador do futsal em Portugal", agradecendo-lhe por "continuar a acreditar que o seu lugar é na FPF" e pelo "legado que tem deixado na Federação".
O selecionador nacional feminino, Luís Conceição, agradeceu também a Jorge Braz, bem como à sua equipa técnica, afirmando que "todo o sucesso passa muito por ali", destacando ainda o papel dos clubes e da FPF, que "fazem das tripas coração" para que as atletas "tenham as melhores condições possíveis".
"Vocês são a segunda melhor seleção do mundo: desfrutem. Ficaram na história do primeiro Mundial feminino e fizeram muito para ter este sucesso. No final, podia ter dado para mais qualquer coisa, mas fizeram uma campanha brilhante", afirmou o `timoneiro` nacional.
Ana Catarina, distinguida como a melhor guarda-redes do torneio, destacou o "sentimento de orgulho" pela equipa "ter elevado o nome do país e o futsal feminino português", exaltando que a seleção nacional "está onde quer estar, mas ainda não é o melhor que quer ser", rematando que "o melhor ainda está por chegar".
A `guardiã` salientou ainda o contributo que o primeiro Campeonato do Mundo de futsal feminino poderá ter para que a modalidade passe a estar presente nos Jogos Olímpicos, afirmando que "já não há mais desculpas" para essa ausência, uma vez que o futsal "já preenche todos os requisitos" para ser modalidade olímpica.
Lídia Moreira, bola de bronze do Mundial, com seis golos, espera que a prestação nacional "abra mais portas para que haja cada vez mais meninas" a praticar a modalidade. Destacou, também, o "orgulho em representar a seleção" e em ter "ajudado" a equipa, mas que Portugal tem de "continuar a trabalhar e a sonhar".
Jorge Braz, selecionador nacional masculino e coordenador do futsal na FPF, destacou o "comportamento, ambição e coragem" da equipa, deixando a certeza de que no futuro, "virá mesmo uma taça" de campeão mundial.
"Fica o orgulho pelo exemplo, ambição e coragem que estas meninas tiveram, por querer sempre mais. É muito fácil definir objetivos, temos é de nos lembrar diariamente do que assumimos. Assumimos ser campeãs do mundo, então o nosso comportamento diário tem de ser de campeãs do mundo, em tudo. Esta identidade de seleções nacionais é inegociável. O futsal feminino é vice-campeão do Mundo e tenho a certeza que, no futuro, não virão só os troféus individuais, virá mesmo uma taça", disse.
A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, igualmente presente na cerimónia, também destacou o "profundo orgulho" na campanha portuguesa, afirmando que "podiam estar cinco em campo ou 16 atletas nas Filipinas, mas estavam 10 milhões de pessoas em Portugal a torcer" pela seleção nacional.
"O que fizeram foi histórico para o futsal feminino e para desporto feminino. Foi mais uma página de `ouro` para o desporto nacional. São vice-campeãs no mundo, isso fica na história no vosso percurso, mas o que alcançaram é muito superior a esse resultado desportivo. Neste momento, têm milhares de meninas que olham para cada uma de vocês como heroínas e que veem que o céu é o limite", salientou a ministra.
No domingo, Portugal acabou no segundo lugar a primeira edição do Campeonato do Mundo feminino de futsal, nas Filipinas, ao perder por 3-0 com o Brasil na final.