Sporting sagra-se campeão da Europa de hóquei em patins pela terceira vez

por Lusa
Foto de arquivo José Sena Goulão - Lusa

O Sporting venceu domingo o FC Porto por 4-2, após prolongamento, defendendo com sucesso o título de campeão europeu da hóquei em patins, graças aos golos de Toni Pérez e Gonzalo Romero no prolongamento.

Na reedição da final de 2018/19, os ‘dragões’ até começaram a partida da melhor forma e já venciam por 2-0 aos cinco minutos, com tentos de Rafa, aos dois, e Gonçalo Alves (05) na conversão de um livre direto, mas Ezequiel Mena marcou na própria baliza (14) e Toni Pérez (38), já no segundo tempo, levaram o encontro para prolongamento.

Pérez voltou a marcar e operou a reviravolta no marcador, aos 53 minutos, dilatada no mesmo minuto por Gonzalo Romero, através de livre direto, enquanto Gonçalo Alves ainda reduziu de grande penalidade, aos 58, mas não foi suficiente para travar o triunfo sportinguista.

Ao contrário do que aconteceu na meia-final, em que os portistas perdiam por 4-0, aos 13 minutos, diante da Oliveirense, os comandados de Guillem Cabestany entraram melhor na partida e chegaram à vantagem aos quatro minutos, num remate de meia distância de Reinaldo Garcia, desviado por Rafa na área e traindo Ângelo Girão.

No minuto seguinte, Matías Platero viu o cartão azul e deu a Gonçalo Alves a oportunidade de ampliar a diferença através da marca de livre direto, aproveitada pelo internacional português que bateu o companheiro de seleção com um remate que passou por baixo do corpo do guarda-redes.

Os ‘leões’ procuravam a resposta, imponentes perante um Xavi Malián inspirado e de reflexos apurados, mas que nada pôde fazer quando Gonzalo Romero rematou à meia volta do meio-campo, o esférico ia para longe da baliza e acabou por desviar no ‘stick’ de Ezequiel Mena – que procurava afastar-se da bola –, alojando-se no interior da baliza.

Apesar da diferença mínima, a frustração sportinguista fazia-se notar e ‘eclodiu’ quando Ferran Font acertou no ferro na baliza ‘azul e branca’ e, no seguimento, foi expulso por vermelho direto após agressão a Reinaldo Garcia, o capitão portista que, no minuto seguinte, viu cartão azul por falta sobre Telmo Pinto.

Chamados a converter os respetivos livres diretos, Gonçalo Alves, primeiro, atirou para uma grande defesa de Girão e, depois, Gonzalo Romero não conseguiu ultrapassar Malián, sendo que as duas formações foram para o intervalo com menos um jogador em campo e o 2-1 no marcador.

No regresso dos balneários, as duas formações acertaram nos ‘ferros’, o Sporting desperdiçou dois livres diretos, mas no seguimento do segundo, a punir cartão azul visto por Poka, e, em vantagem numérica, Gonzalo Romero rematou para defesa apertada e Toni Pérez foi mais lesto a chegar à recarga, recolocando a igualdade no marcador.

O resultado não se alterou mais até ao final do tempo regulamentar, muito por culpa das várias defesas de bom nível de Xavi Malián e Ângelo Girão, nomeadamente uma intervenção do espanhol no último minuto, quando Toni Pérez tentou o desvio na ‘cara’ do ‘guardião’.

No prolongamento, o minuto 53 foi de descalabro para os ‘dragões’, depois de Reinaldo Garcia e Xavi Barroso acertarem no poste, os ‘leões’ fizeram a reviravolta no marcador graças a um desvio oportuno de Toni Pérez e, no reatamento, o ‘capitão’ portista viu novo azul.

Chamado a converter, Gonzalo Romero não desperdiçou e atirou por baixo do corpo de Malián, aumentando a vantagem dos lisboetas.

Na segunda parte do prolongamento, física e com várias disputas entre jogadores, Platero, no chão, impediu o golo de Carlo di Benedetto, valendo uma grande penalidade a Gonçalo Alves, que não a desperdiçou e colocou a partida a um golo de diferença.

A dois minutos do fim, Guillem Cabestany tentou tirar Malián e colocar Reinaldo Garcia em campo, algo que não é possível no prolongamento, o que valeu a expulsão ao treinador e ao capitão dos ‘dragões’ e novo livre direto para Romero que, desta feita, não foi capaz de bater Malián.

Até ao final da partida, Girão segurou a vantagem mínima e o troféu continua nas ‘garras’ dos ‘leões’, que se tornaram na primeira equipa portuguesa a vencer a competição de forma consecutiva, e o emblema português que mais vezes ergueu o troféu.

Por seu lado, o FC Porto perde a terceira final consecutiva de uma competição que não vence há 21 anos.

Após o encontro, a organização entregou os prémios de melhor jogador da ‘final four’ a Gonzalo Romero e o melhor guarda-redes a Ângelo Girão, votados pela imprensa acredita para a competição.



Jogo realizado no Pavilhão Municipal do Luso, em Mealhada, Aveiro.

FC Porto – Sporting: 2-2 (3-4 após prolongamento).

Ao intervalo: 2-1.

Marcadores:

1-0, Rafa, aos três minutos.

2-0, Gonçalo Alves, 05 (livre direto).

2-1, Ezequiel Mena, 14 (própria baliza).

2-2, Toni Pérez, 38.

2-3, Toni Pérez, 53.

2-4, Gonzalo Romero, 53 (livre direto).

3-4, Gonçalo Alves, 58 (grande penalidade).



Sob arbitragem da dupla espanhola Ivan Gonzalez e Sergi Mayor, as equipas alinharam:

- FC Porto: Xavi Malián, Rafa, Xavi Barroso, Reinaldo Garcia e Gonçalo Alves. Jogaram ainda: Giulio Cocco, Ezequiel Mena, Poka e Carlo di Benedetto.

Treinador: Guillem Cabestany.

- Sporting: Ângelo Girão, Ferran Font, Telmo Pinto, Matías Platero e João Souto. Jogaram ainda: Pedro Gil, Alessandro Verona, Toni Pérez e Gonzalo Romero.

Treinador: Paulo Freitas.

Ação disciplinar: cartão azul para Matías Platero (05), Reinaldo Garcia (24). Cartão vermelho direto para Ferran Font (23), Guillem Cabestany (59) e Reinaldo Garcia (59).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à covid-19.
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