"Champions em Lisboa". PSP preparada para o evento

por Mário Aleixo - RTP
Paulo Pereira assegurou que a PSP está precavida para fazer uma segurança tranquila da "final a oito" da Liga dos Campeões Lusa

A Polícia de Segurança Pública (PSP) assumiu estar preparada para a "final a oito" da Liga dos Campeões de futebol, em Lisboa, num “cenário diferente do habitual” devido à não presença de adeptos nos estádios.

Em conferência de imprensa, o comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Paulo Pereira, frisou que “o dispositivo de segurança se adapta à não presença do público nos estádios”, devido à pandemia de covid-19.

Os estádios da Luz e José Alvalade vão acolher os jogos dos quartos de final, das meias-finais e a final da "Champions", entre quarta-feira e 23 de agosto.

A operação que está a ser montada visa a ordem pública, a tranquilidade e a segurança dos jogos e de todas as atividades relacionadas com o jogo. Deste modo, os pontos principais desta operação passam pelas unidades hoteleiras, locais de treino, os estádios palco dos jogos, no seu perímetro exterior e interior, e, por último, a cidade de Lisboa, onde vai haver uma permanente observação de todas as atividades e acompanhamento de adeptos”, explicou.

O responsável da PSP explicou que a abordagem aos adeptos será “informativa”, procurando dar resposta “às necessidades de orientação e informar sobre as normas de saúde em vigor durante o estado de pandemia”.

O superintendente do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP Luís Elias reforçou que esta é uma “operação de baixo perfil”, uma vez que a competição se realiza sem a presença de público, mas advertiu que há valências a serem reforçadas em função deste novo contexto.


O que esperam as forças de segurança

Há um planeamento num contexto diferente, mas com medidas de segurança reforçadas. A Unidade Especial de polícia garantirá a segurança pessoal das oito equipas, centrar-se á nos estádios e locais de treino, mas abrange também espaços como o aeroporto numa abordagem de prevenção de desordens públicas ou intrusão no espaço das equipas que possam perturbar a segurança dos intervenientes do espetáculo”, referiu o superintendente.

Quanto à presença e circulação de adeptos, a PSP revelou que será criado um perímetro de segurança em torno dos estádios, o que condicionará a circulação do trânsito em alguns períodos, e que neste momento está em contacto com as suas congéneres europeias para reunir o máximo de informação sobre quantos e que adeptos optarão por se deslocar até Portugal para apoiar as suas equipas.

Roberto Domingues, comissário da PSP, admitiu que a informação disponível está a ser trabalhada de forma dinâmica e não quis adiantar um número possível de adeptos esperados na capital portuguesa.

A informação que temos é resultado de uma análise dinâmica e ao longo do torneio este trabalho vai manter-se. É expectável a presença de adeptos estrangeiros, em termos individuais, e que chegarão através de meio aéreo e terrestre”, disse o comissário.

A pandemia de covid-19 obrigou à suspensão de quase todos os campeonatos, assim como das competições europeias, levando a UEFA a decidir concluir a Liga dos Campeões numa "final a oito", com quartos de final, meias-finais e final a serem disputadas a apenas uma mão.

Lisboa, com o Estádio da Luz, que receberá a final, em 23 de agosto, e o Estádio José Alvalade, foi a cidade escolhida para receber os encontros desta inédita "final a oito", que tinha o embate decisivo marcado para Istambul.

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