FC Porto conquista Taça de Portugal de andebol

O FC Porto confirmou o favoritismo, foi superior de início ao fim e conquistou hoje a Taça de Portugal de andebol ao bater na final o Benfica por 31-27 alcançando a 'dobradinha' após a conquista do campeonato.

Lusa /

O atual domínio dos portistas no andebol português traduziu-se na vitória no clássico frente às ‘águias’, no jogo decisivo da ‘final a 4’ que decorreu em Pinhel, no distrito da Guarda.

Os ‘dragões’, que somaram a nona Taça de Portugal, juntam o troféu ao campeonato, conquistado só com vitórias esta época, e repetem o feito de 2018/2019, ano em que também asseguraram a ‘dobradinha’.

O FC Porto, que no sábado sofreu para eliminar o Águas Santas após prolongamento, subiu o nível na final frente ao Benfica, terceiro no campeonato esta época e que tinha eliminado o Sporting nas meias-finais.

Os ‘portistas’ tiveram 88% de eficácia nos remates desde os seis metros, contra 68% do Benfica e 85% nos remates dos pontas (contra 42%), com 'águias' e 'dragões' a igualarem-se, com 53% de eficácia, nos remates desde os nove metros.

A boa entrada no jogo dos campeões nacionais deveu-se a André Gomes, que nos primeiros 10 minutos faturou quatro golos, o que permitiu construir uma boa vantagem (6-3), visto que do outro lado apenas Petar Djordjic acertava com a baliza.

Quando o sérvio dos ‘encarnados’ diminuiu a eficácia, o Benfica passou a falhar mais no ataque, não conseguindo fazer chegar a bola ao ‘pivot’, ao contrário dos ‘azuis e brancos’, que com maior facilidade colocaram a bola em Victor Iturriza, com o internacional português a apontar quatro golos na primeira parte.

A vantagem dos ‘dragões’ chegou a ser de 10-6, aos 18 minutos, e de 14-10, aos 25. O Benfica conseguiu sempre responder nesses momentos, com Petar Djordjic a chegar aos sete golos na primeira parte, aproveitando algumas superioridades numéricas e a expulsão de Salina aos 18 minutos.

No capítulo disciplinar o encontro foi sempre confuso, mas teve uma fase caótica nos primeiros 15 minutos da segunda parte. Além de exclusões, foram mostrados ainda dois cartões vermelhos para o Benfica - Paulo Moreno e Zalamou -, e ainda para o técnico Chema Rodríguez. O FC Porto teve ainda um cartão vermelho para Mbengue nesta fase.

Já com o jogo mais fluido, o conforto no marcador permaneceu no lado ‘azul e branco’, sem que nos 15 minutos finais permitissem grandes aproximações, estando a diferença sempre no mínimo de três golos.

Com oito marcadores diferentes, André Gomes, com sete, Victor Iturriza (6) e António Areia (5) destacaram-se no topo para o FC Porto. Petar Djordjic, com 11 golos, e Paulo Moreno (6), foram mantendo a chama acesa para os ‘encarnados’ e evitaram um desnível maior.



Jogo no Pavilhão Multiusos de Pinhel

Benfica – FC Porto: 27-31.

Ao intervalo: 14-16.



Sob a arbitragem de Duarte Santos e Xavier Borges, as equipas alinharam e marcaram:

- Benfica (27): Sergey Hernandez, Mahamadou Keita (2), Alix Zalamou (1), Ole Rahmel (1), Petar Djordjic (11), Francisco Pereira (2) e Matic Suholeznik (1). Jogaram ainda: João Pais, Amau Barcelo, Belone Moreira, Paulo Moreno (6), Pedro Loureiro, Carlos Martins, Lazar Kukic (3), José Silva e Gustavo Capdeville.

Treinador: Chema Rodríguez.

- FC Porto (31): Nikola Mitrevski, Victor Iturriza (6), Djibril Mbengue, Daymaro Salina (1), Leonel Fernandes (1), António Areia (5) e André Gomes (7). Jogaram ainda: Manuel Spath, Miguel Martins (4), Marton Szekely, Rui Silva (3), Ivan Sliskovic, Diogo Branquinho (3), Diogo Silva, Miguel Alves e Fábio Magalhães (1).

Treinador: Magnus Andersson.



Marcha do marcador: 2-3 (05 minutos), 3-5 (10), 5-9 (15), 8-10 (20), 10-13 (25), 14-16 (Intervalo), 15-18 (35), 17-20 (40), 20-24 (45), 21-25 (50), 23-27 (55) e 27-31 (resultado final).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.
PUB