Open da Austrália. Borges e Cabral afastados nos "quartos"
Os tenistas portugueses Nuno Borges e Francisco Cabral foram esta terça-feira afastados do Open da Austrália, ao perderem nos quartos de final frente aos terceiros cabeças-de-série, os italianos Simone Bolelli e Andrea Vavassori.
Os representantes nacionais, campeões do Estoril Open de 2022, estavam a estrear-se entre as oito melhores duplas de um dos quatro principais torneios da temporada do ténis mundial, que em conjunto compõem o chamado Grand Slam.
Bolelli e Vavassori, vice-campeões do Open da Austrália e de Roland Garros em 2024, começaram melhor na Kia Arena, o terceiro maior estádio de Melbourne Park, e venceram o primeiro parcial por 6-4.
O segundo "set" foi mais equilibrado e os dois portugueses, amigos de infância, só cederam no "tie--break", com os italianos a fecharem o encontro por 7-6 (7-4), em uma hora e 36 minutos.
Borges e Cabral tornaram-se o terceiro e quarto tenistas nacionais a chegarem aos quartos de final de um grande torneio, depois de Nuno Marques (Open da Austrália em 2000) e João Sousa (quarto finalista do Open dos Estados Unidos em 2015, 2019 e 2022 e semifinalista em Melbourne Park em 2019).
Borges diz que "foi incrível" chegar aos "quartos"
Nuno Borges reconheceu o mérito dos italianos Simone Bolelli e Andrea Vavassori, apurados para as meias-finais do Open da Austrália, antes de confessar que “foi incrível” chegar aos quartos de final ao lado de Francisco Cabral.
“Eles mereceram, jogaram muito bem e, no geral, foram mais completos. Acho que eu precisava de ter ajudado talvez um bocadinho mais à rede, levamos um 'break' logo no início, em que não facilitei nada o trabalho ao Francisco. Não conectámos respostas nos mesmos jogos, mesmo assim acho que eles tiveram um ou outro momento em que sentimos que fugiu, mas estivemos mesmo perto de fazer o 'break', tanto no primeiro como no segundo set”, começou por contar Borges à agência Lusa.
“Tivemos dois jogos que podiam mesmo ter caído para o nosso lado, e achei que estivemos mais perto de fazer o break do que eles. Mas realmente eles capitalizaram logo no início do primeiro 'set' e souberam servir bem para manter a liderança. Depois o 'tie-break', se calhar foi a confiança deles. Eles têm vindo a ganhar muitos 'tie-breaks' e encontros assim e nós, se calhar, acabámos por ceder um bocadinho cedo demais. Uma ou outra jogada que não saiu tão bem, mas mesmo assim foi decidido num par de pontos, que podia perfeitamente ter caído para o nosso lado. Não aconteceu, mas foi muito boa a prestação”, frisou o parceiro de Cabral.