Fernandez vence na Austrália, Oliveira em 12.º

O piloto Miguel Oliveira (Yamaha) ganhou uma posição no Mundial de MotoGP após terminar em 12.º o Grande Prémio da Austrália de MotoGP, ganho pelo espanhol Raul Fernandez (Aprilia), em Philip Island.

RTP /
EPA

Oliveira, que largou da 16.ª posição, cortou a meta a 17,677 segundos do vencedor, Raul Fernandez, que bateu o italiano Fábio DiGiannantonio (Ducati) por 1,418 segundos, com o também italiano Marco Bezzecchi (Aprilia) em terceiro, a 2,410.

Raul Fernandez deu, assim, a primeira vitória de sempre à equipa Trackhouse, a mesma em que militava Miguel Oliveira em 2024, tornando-se no sétimo vencedor diferente esta época.

Numa prova em que o já campeão Marc Márquez esteve ausente devido a lesão, tal como o campeão de 2024, Jorge Martin (Aprilia), foi Marco Bezzecchi a dominar numa fase inicial da corrida, adiada em uma hora devido às fortes rajadas de vento na ilha onde está construído o circuito australiano.

Bezzecchi tinha de cumprir uma penalização de duas voltas longas por ter provocado a queda que lesionou Marc Márquez na ronda anterior, na Indonésia.

“Foi uma corrida super difícil. Com a penalização ficou ainda mais complicado. Puxei no início para ter alguma vantagem quando cumprisse as penalizações”, explicou o italiano.

Bezzecchi baixaria ao sétimo lugar após cumprir a passagem pelo traçado mais longo da volta ao circuito de Philip Island, acabando por recuperar até ao degrau mais baixo do pódio.

Sem Bezzecchi na frente, coube a Raul Fernandez saltar para a dianteira do pelotão, para vencer aquela que foi a 76.ª corrida que disputou na categoria rainha.

“Sabíamos que tínhamos de poupar o pneu traseiro. Foi uma corrida super longa para mim. As últimas cinco voltas custaram muito a passar”, admitiu o piloto madrileno, que não vencia desde o GP de Valência de 2021, a última corrida que fez em Moto2.

Fernandez bateu Fábio Di Giannantonio, que tinha largado da 10.ª posição da grelha.

Já Miguel Oliveira arrancou do 16.º posto, ainda desceu ao 17.º lugar, mas foi ganhando posições, beneficiando ainda das quedas do italiano Francesco Bagnaia (Ducati) e do espanhol Joan Mir (Honda).

Na última volta, o português ainda conseguiu passar o espanhol Fermin Aldeguer (Ducati), subindo ao 12.º lugar, que lhe permitiu somar quatro pontos que o colocam na 20.ª posição do campeonato, ultrapassando o espanhol Jorge Martin.

Oliveira tem, agora, 36 pontos. Marc Márquez já garantiu matematicamente o título, com 545 pontos. Com o resultado de hoje, Bezzecchi subiu ao terceiro posto, com 282, impedindo já o vice-campeonato do espanhol Alex Márquez (Ducati), que tem 379.

“Hoje foi um dia melhor para mim. Consegui gerir bem o [desgaste do] pneu traseiro, apesar de ter sofrido um pouco nas primeiras voltas. A mota saía largo em todas as curvas e não conseguia ser tão rápido como queria”, explicou o piloto português, citado pela assessoria de imprensa da equipa Prima Pramac.

O piloto luso terminou imediatamente atrás do francês Fábio Quartararo, que tem sido a referência entre os pilotos da Yamaha e que tinha largado da ‘pole position’.

“Na segunda metade da corrida, consegui encontrar um ritmo muito melhor, fiz algumas ultrapassagens e somei pontos”, frisou Oliveira.

O piloto de Almada, que na próxima temporada irá disputar o Mundial de Superbikes com a BMW, sublinhou que, apesar de tudo, “foi um fim de semana difícil”.

“Nunca senti ter a velocidade ideal e, tanto na qualificação como na corrida sprint, fiquei aquém do que poderia ter feito”, disse.

No entanto, os acertos que a equipa realizou no sistema eletrónico da Yamaha do piloto português “ajudaram a mota a ficar melhor”, pelo que “terminar o fim de semana com uma nota positiva é uma boa motivação para a prova da Malásia”, dentro de uma semana.


 

(Com Lusa)

PUB