Max Verstappen começa defesa do bicampeonato com vitória no Bahrain

por Lusa
EPA/Ali Haider

O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) começou a defesa do bicampeonato de Fórmula 1 com uma vitória no Grande Prémio do Bahrain, prova de abertura do campeonato e onde nunca tinha ganho.

Verstappen dominou a prova do princípio ao fim, cortando a meta após 1:33.56,736 horas, deixando o seu companheiro de equipa, o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull) na segunda posição, a 11,987 segundos, e o espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), em terceiro, a 38,637.

A primeira corrida da temporada deixou duas notas dominantes, com o domínio da Red Bull à cabeça (monopolizou facilmente os dois primeiros lugares) à cabeça, seguido do salto em frente da Aston Martin, que conquistou o segundo pódio da sua existência (o primeiro foi pelo alemão Sebastian Vettel no Azerbaijão, em 2021, com um segundo lugar) e logo na corrida de estreia de Alonso (que não subia ao pódio desde o Qatar, em 2021) com a equipa.

“É incrível para a equipa. Terminar no pódio na primeira corrida é incrível. O que a Aston Martin fez no inverno foi incrível, criando o segundo melhor carro do pelotão”, exultou Fernando Alonso, no final.

Já durante a prova, o piloto asturiano agradeceu à equipa ter-lhe proporcionado, “finalmente, um carro bom para guiar”, numa clara alusão à equipa anterior (Alpine).

O espanhol, que partia em quinto, teve um mau arranque e ainda foi abalroado pelo companheiro de equipa, o canadiano Lance Stroll (Aston Martin), logo na terceira curva, caindo para sétimo.

Aproveitando um carro equilibrado e rápido, envolveu-se numa batalha antiga com o britânico Lewis Hamilton (Mercedes), ultrapassando o antigo companheiro de equipa dos tempos da McLaren à segunda tentativa, na volta 41 de 57.

Nessa altura, o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) desistiu com problemas de bateria no seu monolugar (já tinha sido trocada antes da partida), deixando o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) no terceiro lugar, que Alonso atacou de imediato, consumando a ultrapassagem à volta 46.

Já não houve tempo para medir forças com os Red Bull, que tiveram uma prova sem grandes sobressaltos, à exceção do arranque de Sérgio Pérez, que perdeu a segunda posição para Leclerc.

O mexicano viria a reconquistar o lugar antes da desistência do vice-campeão de 2022, não fazendo sombra a Max Verstappen.

“O arranque tirou-me da discussão pela vitória”, lamentou Pérez.

Verstappen conquistou, assim, a 36.ª vitória da sua carreira, segunda consecutiva (tinha vencido a última corrida de 2022, em Abu Dhabi), a primeira no Bahrain.

“Fiz um bom primeiro ‘stint’ [turno de pneus], onde cavei a minha vantagem, e depois foi gerir”, explicou o piloto dos Países Baixos, que reforçou a ideia de que a Red Bull tem um bom “conjunto de corrida”.

Carlos Sainz ainda conseguiu aguentar o quarto lugar apesar dos ataques de Lewis Hamilton, que foi quinto. “Foi um bom resultado. Sem a desistência do Leclerc, tínhamos sido sextos”, observou o britânico.

Lance Stroll, que fraturou os dois pulsos há apenas 13 dias, foi o sexto, a 54,502 segundos, com o britânico George Russell (Mercedes) em sétimo e o finlandês Valtteri Bottas (Alfa Romeo) em oitavo.

O francês Pierre Gasly (Alpine), que tinha partido da última posição, terminou em nono, com o tailandês Alexander Albon (Williams) a fechar os 10 primeiros.

O australiano Óscar Piastri (McLaren), que se estreava na Fórmula 1 nesta corrida, foi o primeiro desistente, com problemas mecânicos.

Pelo caminho ficaram também Charles Leclerc e o francês Esteban Ocon (Alpine), também com problemas mecânicos.

O britânico Lando Norris (McLaren) passou toda a corrida a sofrer com problemas de pressão hidráulica e teve de parar seis vezes nas boxes, terminando como carro vassoura.

Com estes resultados, Max Verstappen lidera o campeonato, com 25 pontos, com Pérez em segundo, com 18, e Fernando Alonso em terceiro, com 15.

A próxima ronda é o GP da Arábia Saudita, em Jeddah, dentro de duas semanas.
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