Rali de Portugal: Ogier quer igualar recorde de vitórias e "admite" pedir nacionalidade

O francês Sebastien Ogier, que venceu este domingo o Rali de Portugal pela quarta vez, quer igualar o recorde de cinco trinfos do finlandês Markku Allen já em 2015 e brincou com um eventual pedido de nacionalidade portuguesa.

Lusa /
Ogier admite que adora competir em Portugal Foto: Micke Fransson/Scanpix Sweden/Reuters

No final da 48.ª edição do Rali de Portugal, que venceu com 43,2 segundos de vantagem sobre o segundo, o campeão do Mundo e líder do Mundial de pilotos foi confrontado com a sugestão de que deveria obter nacionalidade portuguesa, tantas foram as vezes que já ganhou a prova lusa.

"Sim, porque não? É de certeza um dos lugares onde mais gosto de correr e estou feliz por ter mais uma vitória aqui no meu palmarés", declarou à Lusa Sebastien Ogier, ainda antes de entrar no parque de assistência, no recinto do Estádio do Algarve.

Perspetivando já a edição de 2015, o francês da Volkswagen diz que terá um ingrediente adicional, além da habitual luta pela vitória.

"Sei que o Markku Allen ganhou aqui cinco vezes. Vamos dar o nosso melhor no próximo ano para tentar igualar o recorde dele", acrescentou o piloto gaulês, que à entrada da prova portuguesa tinha três pontos de vantagem no Mundial e hoje alargou-a para 29.

Sobre a corrida em si, que se desenrolou ao longo de 16 classificativas, desde quinta-feira, Ogier fez questão de dar os parabéns ao piloto que ficou em segundo, o finlandês Mikko Hirvonen (Ford Fiesta RS WRC).

“Em primeiro lugar, temos de dar os parabéns ao Mikko [Hirvonen], que fez um ótimo trabalho durante o fim de semana e pressionou-nos ao longo de quase toda a corrida. Tivemos que fazer uma gestão mesmo muito boa dos pneus para fazer a diferença, mas antes disso estávamos muito perto um do outro", disse o francês, que conseguiu a sua 19.ª vitória da carreira e ganhou oito das 16 especiais em Portugal, incluindo a Powerstage.

O finlandês Mikko Hirvonen admitiu que vai tentar dar luta a Ogier no Mundial, mas admitiu que o francês está num patamar acima do resto do pelotão.

"Vou tentar, mas não é fácil. Ele está mesmo muito forte. Este foi um passo mais e foi importante para a equipa perceber que quando tudo funciona podemos ser rápidos e dar boa luta. Tenho a certeza de que (este segundo lugar) vai moralizar toda a gente", disse Hirvonen.

No terceiro lugar na geral ficou o norueguês Mads Ostberg (Citroen DS3 WRC), que salientou o ritmo constante e o facto de ter conseguido evitar os problemas que afetaram vários dos pilotos de topo.

"Foi um fim de semana complicado, mas evitámos problemas de maior. Tivemos um ritmo bom e consistente e no final deu um pódio. Estou muito contente com isso. Também tivemos uma boa prestação no México, por isso estamos muito confiantes de que vamos continuar a lutar pelas posições da frente", declarou o norueguês, que também ficou em terceiro na última classificativa, a Powerstage.

O piloto da Citroen considerou ainda que "este ano toda a gente aprendeu algo sobre o Rali de Portugal", que foi "muito complicado, com mais frio e condições muito traiçoeiras".

"Nem sempre foi fácil tomar as decisões certas", concluiu.

Acompanhe a par e passo todas as incidências do Rali de Portugal.
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