Reportagem

1 de outubro: o dia do referendo na Catalunha

por RTP

O presidente do Governo espanhol anunciou este domingo que irá reunir-se amanhã com com os partidos do Congresso. Mariano Rajoy espera que os responsáveis catalães "não repitam os erros que têm cometido" e espera regressar "à normalidade constitucional". O referendo de domingo na Catalunha, declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional de Espanha, realizou-se entre contestação e confrontos com a polícia. Pelo menos 761 pessoas ficaram feridas.

Mais atualizações

21h00 - Intervenção "proporcionada e justificada"

O referendo ilegal na Catalunha fica marcado pelos confrontos entre populares e polícia a um nível de violência que tem sido criticado a nível local e mesmo internacional.

No entanto, a declaração de Rahoy parabeniza o trabalho da polícia e ignora os relatos de agressões. De igual forma, as autoridades de Madrid consideraram que a intervenção na Catalunha foi proporcionada e justificada.


O Governo de Mariano Rajoy garante que a intervenção policial de hoje foi proporcionada e justificada e avisou os separatistas para acabarem com a "farsa" eleitoral.

20h30 - O resumo deste domingo na Catalunha



Seis juízes catalães já abriram investigações contra a alegada inação dos Mossos d'Esquadra.

19h58 - Mais de 761 feridos

Pelo menos 761 pessoas ficaram feridas na sequência dos confrontos no referendo deste domingo. A informação foi confirmada pelo governo regional da Catalunha.

19h53 - Agradecimentos à polícia de Madrid

Rajoy agradeceu "de uma maneira muito especial" à Polícia Nacional e à Guardia Civil, que "cumpriram a sua obrigação e mandato".

O presidente do Governo espanhol não fez qualquer referência aos feridos nas cargas policiais na Catalunha.

19h50 - "Normalidade institucional"

O presidente do Governo espanhol descarta qualquer declaração unilateral de independência pelo governo catalão: "Esperemos que não repitam os erros que têm cometido. (...) Amanhã voltamos à normalidade institucional".

Mariano Rajoy anunciou que amanhã irá reunir-se com os partidos no Congresso espanhol e que se vai dirigir ao Parlamento já esta segunda-feira.

19h42 - Referendo "fracassou"

“Temos motivos para confiar na democracia. Hoje fracassou um processo que só serviu para semear a divisão, agitar as ruas e provocar situações indesejadas”, referiu.

“Não vou encerrar nenhuma porta. Sempre me mostrei disponível para o diálogo, mas sempre dentro da lei e do respeito pela democracia”, acrescentou.

19h25 - Rajoy: "Hoje não houve nenhum referendo de autodeterminação"

O Presidente do Governo espanhol diz que os acontecimentos de hoje ultrapassaram os limites do "decoro democrático".

Rajoy refere ainda que a "grande maioria" dos catalães recusou "participar no guião dos separatistas".

Em declarações após o referendo deste domingo, declarado como inconstitucional pelo Tribunal Constitucional, o chefe de Governo salientou que Espanha tem "uma democracia madura, avançada e tolerante" que prevê "um estado de Direito com todas as garantias".

“Entendo a frustração que os catalães possam sentir hoje e lamento-o profundamente”, referiu Rajoy desde o Palácio de Moncloa, em Madrid.

19h05 - MNE português acompanha situação na Catalunha "com atenção"

Em declarações à RTP, Augusto Santos Silva refere que "não há informação de portugueses feridos" nos episódios de violência na Catalunha.

O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que está a acompanhar a situação "com atenção", tendo em conta que se trata de um país vizinho "com laços políticos e económicos" com Portugal, e que também é membro da União Europeia.

Sobre o referendo e a questão independentista, Augusto Santos Silva refere que se trata de uma questão "interna" e preferiu não comentar a intervenção da política.

"Estou confiante que as instituições e agentes políticos possam resolver o problema", ressalvou o chefe da diplomacia portuguesa.

18h46 - Mariano Rajoy faz declaração às 19h15

O chefe de Governo fala ao país dentro de meia hora, às 20h15 (menos uma hora em Lisboa).

18h32 - Gerard Piqué admite abandonar a seleção de Espanha

Mais uma vez o referendo ultrapassa as fronteiras da política e chega até ao futebol. Gerard Piqué, jogador do Barcelona e da seleção espanhola, revelou este domingo que está disposto a deixar de representar a seleção de Espanha.

Entre lágrimas, o jogador refere que chorou ao ver as cargas políciais durante o referendo. "Estou muito orgulhoso do povo catalão", disse Piqué, não poupando críticas a Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol.

"Se algum treinador ou federação considera que eu posso ser incómodo na seleção, não tenho problema em afastar-me. Ir à seleção não é uma competição de patriotismo. É para vencer e jogar o melhor possível", referiu o jogador.

18h27 - Seis detidos até às 18h30 (17h30 em Lisboa)

A Polícia Nacional e a Guarda Civil de Espanha informaram que detiveram pelo menos seis pessoas durante a votação. Foram detidas por por delitos de resistência, desobediência e agressões a agentes. Um dos detidos é menor de idade.

18h12 - Primeiro-ministro da Bélgica condena violência

"A violência nunca pode ser a solução! Condenamos todas as formas de violência e reafirmar o nosso apelo ao diálogo político", escreveu Charles Michel no Twitter.


18h01 - Confrontos em Madrid

Manifestações contra e a favor do referendo encontraram-se esta tarde nas Portas do Sol, no centro de Madrid. A polícia foi chamada a intervir para separar manifestantes.


17h57 - Votação com tranquilidade em vários locais

O correspondente da Antena 1 na Catalunha conta que há vários locais de voto onde a votação para o referendo decorre com normalidade, em contraste com as imagens de violência que têm chegado de vários pontos da região.


17h41 - Ministério do Interior denuncia agressões à polícia

O Ministério espanhol do Interior publicou um vídeo nas redes sociais onde se vê um membro da polícia nacional a ser agredida.

"Cumprindo a ordem judicial, a Guarda Civil enfrentou assédio e agressão, como esta em Sant Joan de Vilatorrada", escreve o Ministério do Interior.


17h29 - Dez pessoas afetadas por gás lacrimogéneo

O Sistema de Emergências Médicas já atendeu pelo menos dez pessoas afetadas por gás lacrimogéneo na localidade de Aiguaviva, Girona, segundo informou o Departamento de Saúde da Catalunha, citado pelo El País.

17h20 - Barcelona vence à porta fechada

O jogo em Camp Nou terminou com a vitória do Barcelona sobe o Las Palmas por 3-0. A partida realizou-se à porta fechada e envolta em polémica.

17h17 - Tribunais catalães receberam queixas contra os Mossos d'Esquadra

O Supremo Tribunal da Catalunha informou este domingo que os tribunais da região receberam várias queixas contra a polícia local por não terem encerrado os locais de voto, apesar das ordens judiciais que tinham para o fazer.

Num comunicado citado pela agência Reuters, o tribunal diz que as queixas referem-se à "inatividade" dos Mossos nas urnas. Perante as queixas, o Supremo Tribunal já pediu esclarecimentos à polícia catalã.

17h10 - Líder do Partido Trabalhista britânico reage ao referendo

Jeremy Corbyn, líder do Labour, exigiu à primeira-ministra britânica Theresa May para que exija ao Presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que termine com a violência policial na Catalunha e encontre "uma solução política para esta crise constitucional".


Num tweet anterior, o líder trabalhista referia que a violência da polícia sobre os cidadãos era "chocante" e exigia uma ação rápida ao Governo espanhol.

16h45 - 92 assembleias de voto fechadas, diz ministério do Interior

O ministério do Interior diz que a Polícia e a Guardia Civil encerraram até ao momento 92 assembleias de voto na Catalunha.


16h25 - Barcelona pede "democracia" no jogo com Las Palmas

A imprensa espanhola dá conta de que a direção do Barcelona não queria jogar mas alguns jogadores pediram para mudar de opinião. Neste vídeo pode ver-se um momento de silêncio raramente visto naquele estádio, durante um jogo e sem ninguém a assistir.


O ecrã gigante não tem qualquer resultado do jogo. Apenas a palavra democracia. O Presidente do Barcelona diz que jogo à porta fechada é para mostrar "inconformidade".

"Falámos com diretores, executivos, também com a equipa técnica e os jogadores, e decidimos jogar a partida, e sobretudo fazê-lo à porta fechada para que se veja esta crítica, esta maneira de mostrar inconformidade, com o que se passa para todo o mundo", afirmou o dirigente, sobre o jogo da liga espanhola que está a decorrer sem adeptos.


16h02 - Último balanço: 465 feridos

O último balanço dos serviços de emergência médica catalães é de 465 feridos, sendo que dois feridos estão em estado grave.


15h50 - Madrid vai ter manifestação pela demissão de Mariano Rajoy

Fran Casamayor, secretário do Podemos, divulgou no Twitter que este domingo, pelas 19h00, haverá uma manifestação nas Portas do Sol, no centro de Madrid, pela demissão de Mariano Rajoy.


15h30 - Vídeos mostram momentos de tensão entre Mossos d'Esquadra e Guardia Civil

Um dos momentos de confronto na Catalunha foi divulgado pelo jornal El Mundo, onde se pode ver o momento em que um dos Mossos d'Esquadra enfrenta um agente da Guardia Civil espanhola.

No Twitter, a polícia catalã reforça que baseia as suas ações "no cumprimento da ordem judicial de forma proporcional e garantindo a segurança dos cidadãos".




15h10 - Redes sociais continuam a divulgar imagens das intervenções policiais na Catalunha



14h50 - Generalitat vai apresentar queixa contra governo espanhol na União Europeia

Em conferência de imprensa, o conselheiro do governo catalão, Raul Romeva, afirmou que a Generalitat vai invocar o artigo n.º 7 do Tratado da União Europeia, que permite ao Conselho da Europa tomar medidas contra um Estado-membro se for declarada uma "violação grave" do artigo 2.º do mesmo diploma.

Para o conselheiro das Relações Exteriores do governo catalão, a União Europeia deve ser um garante dos direitos humanos e agora o estado espanhol "colocou em risco esta imagem" de garante com as ações policiais contra o referendo independentista.

14h45 - Homem sofre enfarte durante ação policial em assembleia de voto de Lleida

Um homem com cerca de 70 anos sofreu uma paragem cardiorrespiratória na localidade catalã de Lleida, quando a polícia se preparava para evacuar a escola La Mariola, um dos locais de voto do referendo independentista catalão.

Os Serviços de Saúde da Catalunha informaram ainda que o número de pessoas feridas nos distúrbios relacionados com o referendo ascende, neste momento, a 91 pessoas, menos de um terço dos 337 mencionados anteriormente pelo governo regional.

Um porta-voz dos Serviços de Saúde catalães precisou que "deram entrada nos hospitais e centros de saúde 337 pessoas, a maioria por se terem sentido mal ou por problemas ligeiros, mas entre eles 90 feridos e um ferido grave, num olho".

14h35 - "Hoje é um dia triste para a nossa democracia", diz Pedro Sánchez

O líder do PSOE partilhou a declaração do secretário do partido no Twitter e acrescentou a seguinte mensagem: "Hoje é um dia triste para a nossa democracia, não gostamos do que vemos nem do que o mundo está a ver. Serenidade e diálogo!".


14h20 - Onze polícias feridos na Catalunha, segundo Madrid

Pelo menos 11 agentes das forças policiais foram hoje feridos em operações para impedir a votação no referendo sobre a independência da Catalunha, anunciou o Ministério do Interior de Espanha.

“De momento, no total, nove agentes da polícia e dois da Guardia Civil foram feridos ao executarem ordens”, escreveu o Ministério no Twitter, precisando que os agentes foram atingidos com pedras.


O Ministério divulgou por outro lado um vídeo em que agentes da Guardia Civil são apedrejados por duas dezenas de pessoas numa localidade de Tarragona.

O vídeo mostra dois veículos de uma unidade da Guardia Civil a fugir pelas ruas da localidade, perseguidos por pessoas que lhes lançam pedras.

14h10 - "Peço à Generalitat que termine esta irresponsabilidade", diz Sáenz de Santamaría

Em conferência de imprensa, a vice-presidente de Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, fez uma declaração dura para o governo regional da Catalunha e saúda a atuação policial.

“A absoluta irresponsabilidade da Generalitat teve de ser substituída pelo profissionalismo das forças e corpos de segurança. Eles cumpriram as ordens da justiça, atuaram com profissionalismo e atuaram de modo proporcional (...) O objeto das suas atuações nunca foram as pessoas mas sim o material eleitoral. Procuraram sempre proteger os direitos e as liberdades".

E acrescentou: "Peço à Generalitat e aos partidos que acompanham que terminem esta irresponsabilidade, que assumam neste momento que o referendo nunca foi legal e que é claramente irrealizável. Continuar esta farsa não tem sentido e não leva a lado nenhum".

14h00 - Jogo entre Barcelona e Las Palmas foi suspenso

O jogo entre o Barcelona e o Las Palmas foi suspenso, depois de alguns apelos para essa decisão. A Federação espanhola decidiu não realizar o encontro de futebol em Barcelona.



13h40 - Último balanço: 337 pessoas feridas

O Governo Catalão diz que no total há 337 pessoas feridas e apela às pessoas que, depois de serem tratadas, façam queixa junto dos Mossos d’Esquadra.


13h30 - Catalunha: Marcelo reitera posição do Governo português

O Presidente da República diz que a questão do referendo que hoje se realiza na Catalunha é "uma questão interna do Estado espanhol que deve ser resolvida de acordo com a Constituição e lei espanholas".


13h20 - Barcelona pede suspensão do jogo com o Las Palmas

Face ao referendo que tem lugar este domingo na Catalunha, o FC Barcelona analisou a situação de segurança e pediu à Federação Espanhola de Futebol que suspenda o desafio desta tarde.



13h15 - Referendo na Catalunha: A análise de Bernardo Pires de Lima

O que está a acontecer "é uma mensagem para Madrid", disse o comentador da RTP Bernardo Pires de Lima.


13h10 - "Hoje o Estado espanhol acabou de perder a Catalunha", diz Artur Mas

Em declarações à TV3, o antigo presidente catalão diz que "hoje Espanha aparece nos media como um país repressor que responde com violência àqueles que querem pôr um papel numa urna". Artur Mas disse ainda que "Hoje o Estado espanhol acabou de perder a Catalunha. Haverá um antes e um depois".

13h00 - Federação Catalã de Futebol suspende jogos

A Federação Catalã de Futebol decidiu suspender todos os jogos desta tarde, seguindo as recomendações da Secretaria General de l’Esport. A Federação justifica a decisão dizendo que a tomou “devido à situação especial que se vive aqui na Catalunha e para garantir a ordem nas competições”.


12h55 - Momentos de tensão na Catalunha

O dia na Catalunha está a ser marcado pela intervenção policial. Segundo os últimos números divulgados pelas autoridades há 38 feridos, três deles em estado grave.

Um dos feridos registados foi mesmo operado no Hospital de Sant Pau, depois de ter sido atingido no olho por uma bala de borracha, de acordo com o jornal El Mundo.

12h40 - “Deixem as pessoas votar em paz”, diz primeira-ministra escocesa

Nicola Sturgeon condenou as imagens de violência e pede para que “deixem as pessoas votar em paz”.


12h20 - "Defender a democracia", apelam jogadores de futebol

Gerard Piqué, jogador do Barcelona, diz que já foi votar para “defender a democracia”.


Também o antigo capitão do Barça, Xavi Hernández, fez uma mensagem em vídeo para solidarizar-se com os que querem votar e adianta que o que está a acontecer na Catalunha "é uma vergonha".


12h10 - Socialistas pedem fim da atuação policial

O líder do PSOE catalão, pediu às forças policiais que parem com a sua atuação uma vez que o referendo "não é vinculativo".

Citado pelo El País, Miguel Iceta disse: “Não estamos perante um referendo que possa ter resultados vinculativos. É um simulacro de votação. Por isso, pedimos que parem de imediato as tentativas de evitar a votação”.

12h00 - Governo Catalão cria Blog para cidadãos votarem eletronicamente

O Governo catalão garante assim que qualquer pessoa que não tenha podido exercer a sua votação, o possa fazer até 23h59 deste domingo.

11h50 - "Será que o Governo de Rajoy se vai aguentar? "

Em entrevista à RTP, Cesário Borga, antigo correspondente em Espanha, diz que a questão que agora se coloca é se o Governo de Rajoy se vai aguentar ou não. "Isto numa altura em que há uma questão pendente que é a aprovação do orçamento, que depende do partido nacionalista basco".


11h45 - Direção do Barcelona reúne-se para decidir se mantém jogo com Las Palmas

O clube catalão decidiu entrar em contacto com as forças de segurança para perceber se estão reunidas as condições para se disputar o encontro, marcado para as 16h15 (15h15 em Portugal).


11h35 - Nervosismo persiste em protesto pacífico junto a escola de Barcelona

Depois de uma primeira intervenção em Girona, há agora relatos de operações da Guardia Civil, também na cidade de Barcelona, perante a impassividade dos Mossos de Esquadra.


11h30 - "Imagem da Guardia Civil espanhola a impedir votação não favorece Governo"

Filipe Vasconcelos Romão, especialista em Relações Internacionais, disse à RTP que a demonstração de força por parte da Policia Nacional pode levar a que se intensifique ainda mais a luta na Catalunha pela independência.


11h25 - Chefe dos Mossos d' Esquadra falta a reunião com Polícia espanhola

Josep Lluís Trapero não esteve presente numa reunião conjunta do Mossos d' Esquadra, Corpo Nacional de Polícia e Guardia Civil. O objetivo do encontro era coordenar esforços para impedir a celebração do referendo, cumprindo ordens judicias.

11h14 - Vídeo: Autoridades espanholas partiram vidros do Centro Desportivo de Barcelona



11h05 - Autarca de Barcelona pede demissão de Rajoy

Ada Colau, presidente da Câmara de Barcelona, pede a demissão do primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy.


10h55 - Último balanço: 38 feridos

Os últimos dados dos serviços de emergência da Catalunha dão conta de que assistiram 38 pessoas, das quais 35 são feridos ligeiros e três são feridos pouco graves.


10h45 - Procuradoria-geral vai atuar contra polícia catalã

De acordo com o El Pais, a Procuradoria-geral da Catalunha vai atuar contra os Mossos d'Esquadra por comportar-se como uma "polícia política" perante a ordem de encerrar as assembleias de voto. Fontes do Ministério Público expressaram mal-estar contra a polícia catalã por ter "traído a confiança que juízes depositaram neles até ao último momento.

10h35 - Presidente da Generalitat critica "violência injustificada"

Carles Puigdemont veio dizer que os incidentes desta manhã na Catalunha revelam "violência injustificada". "É evidente o uso injustificado e irresponsável por parte do Estado espanhol. Violência injustificada, bastões, balas de borracha…urnas, boletins, a imagem de do estado exterior chegou a um ponto de vergonha que nos acompanhará para sempre", disse Puigdemont.

O presidente catalão diz que "a brutalidade policial envergonhará para sempre o Estado espanhol. Hoje o Estado espanhol perdeu muito mais do que já tinha perdido, a Catalunha ganhou muito mais".

10h30 - Guardia Civil detém Conselheira da Educação catalã

A Conselheira da Educação Catalã foi detida, esta manhã, depois de já ter sido avisada de que as escolas não poderiam abrir com o objetivo dos catalães votarem.


10h20 - Turull pediu a demissão de Enric Millo

Jordi Turull, o porta-voz do governo autónomo da Catalunha pediu a demissão do delegado do governo na Catalunha, “pela repressão, uma violência de Estado franquista e pelo seu vocabulário de abusador”.


10h10 - Balas de borracha contra a população

Um investigador em Princeton, Jordi Graupera, garante que a Guardia Civil disparou balas de borracha contra algumas pessoas e colocou uma série de fotos e vídeos para comprovar o momento.


10h00 - 73% das mesas de voto abertas, de acordo com dados da Generalitat

O porta-voz do Governo catalão, Jordi Turull, garante que 73 por cento das mesas eleitorais estão abertas e a funcionar, ou seja, 4.661”.

O político pediu “serenidade e paciência” e recordou que apesar dos bloqueios informáticos levados a cabo pelo executivo espanhol, os responsáveis das assembleias de voto “têm um telefone para contactar a assistência ténica”.

9H50 - Mossos de Esquadra dizem que cumprem ordem do Tribunal

A polícia catalã "Mossos de Esquadra", diz que estão a trabalhar para cumprir a ordem do Tribunal Superior da Catalunha com “proporcionalidade” e adequando-se “a cada situação”.

9h40 - Polícia espanhola invade assembleias de voto

A Polícia nacional espanhola está a impedir a realização do referendo na Catalunha. Já se registaram alguns incidentes, esta manhã, com as autoridades a forçarem a entrada num Centro Desportivo de Barcelona.

Nas ruas, há filas com milhares de eleitores que tentam votar e nesta altura, como nos relata a correspondente da RTP, Daniela Santiago.

9h20 - Polícia de choque entra à força na escola onde estava prevista votação do Presidente do Governo Regional

Os agentes partiram os vidros da porta, cortaram com alicate os cadeados e entraram na escola que tinha, à porta, um trator estacionado, precisamente para vedar o acesso da polícia.

Numa outra escola, junto à Sagrada Família, em Barcelona, mantêm-se centenas de pessoas que têm, por um lado, lançado gritos de "votaremos", por outro, têm também sido feito apelos a uma resistência pacífica.

9h10 - Relatos nas redes sociais de pessoas que dizem ter ficado feridas

Nas redes sociais surgem algumas fotos de pessoas que terão ficado feridas quando a polícia tentou entrar nas assembleias de voto.

9h00 - Puigdemont já votou

O Presidente da Catalunha já votou, escolhendo uma outra assembleia de voto, a de Cornellá del Terri [Girona], depois de a Guardia Civil ter encerrado a assembleia onde deveria votar.



8h40 - Imagens de tensão nas assembleias de voto



A policía abriu caminho para a assembleia de voto, quebrando as portas de vidro e avançado para apreender o material de voto.



8h35 - Governo de Espanha critica Mossos d’Esquadra

Enric Millo, delegado do Governo na Catalunha, critica a passividade dos Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, que levou a que a Policía Nacional e Guardia Civil tivessem de intervir.

“O objetivo é o material eleitoral, não as pessoas. Pedimos compreensão e colaboração. Vemo-nos obrigados a fazer aquilo que não queremos. A declaração desta manhã [de que se pode votar em qualquer assembleia de voto] torna mais visível que tudo isto é um engano, tudo é uma farsa”.

8h15 - Policía e Guardia Civil intervêm

Ante a passividade dos Mossos d' Esquadra, que não encerraram as assembleias de voto durante a noite, à hora da abertura das assembleias de voto, a Guardia Civil e a Polícia Nacional avançaram em força para impedir a votação. Como nesta assembleia, onde deveria votar Puigdemont, o Presidente da Catalunha.


8h05 - Polícia tenta fechar assembleias de voto

Em alguns pontos de Barcelona, há registo da intervenção da Policía Nacional para tentar impedir a votação, perante centenas de pessoas que se juntam junto às assembleias de voto para tentar que o referendo se realize.


7h58 - Madrid reage ao anúncio do governo catalão

O governo espanhol emitiu uma primeira reação ao anúncio de que se poderá votar em qualquer assembleia. “Pela primeira vez, mudam-se as regras 45 minutos antes”, falando de farsa eleitoral e dizendo que o governo catalão “liquidou qualquer vestígio de respeitabilidade democrática”.

7h55 - 90 escolas encerradas

Já foram encerradas mais de noventa escolas e requisitaram as urnas em diversas assembleias de voto.

7h45 - Polícia chega a assembleias de voto

Começam a surgir imagens de assembleias de voto onde chega a polícia, no sentido de impedir a realização do referendo. Os Mossos d'Esquadra já tinham garantido que só irão fechar as assembleias sem violência.


7h35 - Filas de espera para votar

As assembleias de voto devem abrir às 9h00 em Espanha, 8h00 em Portugal. Em alguns locais, há já longas filas de eleitores para votar.

"Estou aqui para evitar que a polícia feche o colégio eleitoral e para exercer o meu direito de voto", explicou Pau Suris à agência Lusa na fila cada vez mais compacta em frente à escola Rainha Violant, no Bairro de Gràcia, em Barcelona.

Este apoiante da causa separatista, que chegou às 05:00 (04:00), assegura que os presentes irão utilizar uma "resistência pacífica" no caso de a polícia tentar fechar o colégio eleitoral.

As urnas começaram a chegar e os colégios eleitorais estão a ser constituídos nos centros de votação ainda abertos na Catalunha.

7h33 - Governo catalão garante que eleitores podem votar em qualquer assembleia de voto

Durante a madrugada, Jordi Turull, porta-voz da Generalitat, anunciou que os eleitores vão poder votar em qualquer assembleia de voto. Uma forma de contornar o fecho de parte das assembleias de voto.

Para votar, os eleitores precisam apenas de apresentar os documentos de identificação e número de eleitor, podendo ainda ser utilizados os boletins com formato oficial que tenham sido impressos em casa.


Turull garante que o referendo “vai realizar-se”, apesar do Tribunal Constitucional o ter considerado ilegal e depois de várias medidas tomadas por Madrid para impedir a votação.