As Honduras cancelaram uma reunião de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que tinha sido convocada para quinta-feira, devido à crise diplomática entre a Colômbia e os Estados Unidos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros das Honduras confirmou, na terça-feira, a suspensão da reunião em que participaria pessoalmente o Presidente colombiano Gustavo Petro.
"Honduras, no exercício da Presidência 'pro tempore' (rotativa) da Celac, cancelou a reunião extraordinária de chefes de Estado e de Governo", informou o ministério, em comunicado.
A presidente hondurenha, Xiomara Castro, tinha convocado no domingo os líderes da Celac para um encontro na qual iriam discutir temas como "migração, ambiente e unidade latino-americana e caribenha".
A Presidente hondurenha indicou que a reunião tinha sido "agendada em formato híbrido" e que Petro tinha confirmado "a sua participação presencial em Tegucigalpa", capital das Honduras.
O ministério dos Negócios Estrangeiros das Honduras disse no comunicado que o país tem promovido o debate sobre "os migrantes e os seus direitos, tanto em trânsito para o país de acolhimento tal como no âmbito as leis dos Estados Unidos, assim como os efeitos e ao impacto social e económico em toda a região".
As deportações em massa de migrantes iniciadas pelos Estados Unidos constituem "uma preocupação comum que deve ser abordada de forma objectiva e responsável", afirmou o ministério.
A reunião da organização foi convocada depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a aplicação de tarifas, restrições de vistos e outras medidas de retaliação contra a Colômbia.