Quatro dias depois do dia das eleições, Joseph R. Biden Jr. foi dado como vencedor pelos meios de comunicação norte-americanos e eleito 46.º presidente dos Estados Unidos depois de vencer o Estado da Pensilvânia. No primeiro discurso aos americanos desde que foi eleito, o democrata prometeu "ser o presidente que não vai dividir, mas sim unificar".
Joe Biden concluiu o seu discurso com uma mensagem de reconforto a todos aqueles que perderam entes queridos devido à pandemia de Covid-19.
O presidente eleito citou um hino católico: “Ele irá levantar-te em asas de águias, carregar-te pela madrugada e fazer-te brilhar como o sol, segurando-te na palma das Suas mãos”.
“O meu coração está com cada um de vocês”, disse Biden aos americanos. “Espero que este hino vos dê reconforto”, declarou o presidente eleito, depois de contar que este mesmo hino era um dos preferidos do seu filho Beau, que já faleceu.
O democrata Joe Biden declarou que “a História da América é uma História de ampliação das oportunidades”.
“Não se equivoquem, já muitos sonhos que já foram adiados demasiado tempo”, lamentou.
O presidente eleito defendeu, por isso, a necessidade de “cumprir as promessas do país e fazer com que elas se tornem reais para todos. Não importa a sua raça, a sua fé, identidade, género ou incapacidade”.
“Amigos, sou um democrata orgulhoso, mas ao governar como presidente vou trabalhar tão arduamente por aqueles que não votaram por mim como por aqueles que votaram por mim”, assegurou Joe Biden no seu discurso aos americanos.
“Vamos acabar com esta demonização na América. Hoje, aqui e agora. A recusa dos democratas e republicanos de trabalharem uns com os outros não é uma força misteriosa: é uma decisão que podemos tomar, uma escolha que podemos fazer”.
“Eu acredito que faz parte do mandato que nos foi dado pelo povo americano que cooperemos pelo bem dos interesses de todos. Vou pedir tanto aos democratas como aos republicanos que façam esta escolha comigo”, declarou o presidente eleito.
Pelas “forças da decência, da ciência e da esperança”, é agora altura de “lutar contra as grandes batalhas do nosso tempo”, defendeu Joe Biden.
“A batalha de controlar o vírus, a batalha de construir prosperidade, a batalha de garantir os cuidados de saúde das vossas famílias, a batalha de conseguir a justiça racial e acabar com o racismo neste país, assim como a batalha de salvar o nosso planeta, controlando o clima”, declarou.
“A batalha de restaurar a decência, defender a democracia e dar a todos neste país uma oportunidade justa, que é tudo o que querem”, continuou.
“A todos os que votaram no Presidente Trump, eu compreendo a vossa desilusão esta noite”, declarou Joe Biden durante o seu discurso aos americanos. “Eu também já perdi algumas vezes. Mas agora vamos dar uma oportunidade uns aos outros”
“Chegou a altura de pôr de lado a retórica, de baixar a temperatura, de olharmos uns para os outros e de fazer progresso. Temos de parar de tratar os nossos adversários como inimigos. Eles não são nossos inimigos, são americanos”.
“A Bíblia diz-nos que há sempre uma oportunidade para semear, outra para colher e outra para sarar. Esta é a altura de curar e sarar a América”, continuou o presidente eleito.
“Amigos, o povo deste país falou, e transmitiu uma vitória clara e convincente. Nós ganhámos com a maior quantidade de votos que alguma vez foi expressa na História do nosso país: 74 milhões”, começou por dizer Joe Biden.
“E vou trabalhar, com todo o coração, para conquistar a confiança de todos vós”, garantiu Joe Biden, dizendo querer “reconstruir a alma da América”.
“Antes de falecer, o congressista John Lewis escreveu que a democracia não é um estado, é um acto. O que ele quis dizer com isso é que a democracia da América não está garantida, é apenas tão forte quanto a nossa vontade de lutar por ela”, começou por dizer Kamala Harris.
López Obrador justificou a sua posição com a necessidade de se esclareceram previamente todas as questões legais da eleição presidencial de 3 de novembro.
A posição de López Obrador contrasta com a de outros mandatários do continente americano, incluindo o Canadá, Argentina, Costa Rica, Chile, Colômbia, Panamá e, inclusivamente, Venezuela.
Segundo o presidente mexicano, primeiro importa resolver "todas as questões legais" da eleição, para o que citou a presumível fraude eleitoral que ele próprio enfrentou em 2006.
"Sobre as eleições nos Estados Unidos, vamos aguardar que acabem de resolver todas as questões legais. Não queremos ser imprudentes, não queremos atuar de forma ligeira", acrescentou.
Donald Trump voltou a criticar a contagem dos votos nestas eleições, dizendo ter vencido 71 milhões de “votos legais”.
“Não foi permitido aos observadores estar nas salas de contagem [de votos]. Eu venci as eleições, consegui 71 milhões de votos legais. Coisas más aconteceram e os nossos observadores não as puderam ver. Nunca aconteceu antes. Milhões de boletins postais foram enviados a pessoas que nunca os pediram!”
As projeções da CNN e do New York Times atribuem a Donald Trump a vitória no pequeno Estado do Maine. O candidato republicano passa, assim a receber mais um voto, para um total de 214. Joe Biden tem neste momento 279.
O movimento islamita palestiniano Hamas pediu ao presidente eleito dos Estados Unidos para "corrigir as políticas injustas" norte-americanas contra a Palestina e apelou à anulação do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
"O povo palestiniano tem sofrido nas últimas décadas com o enviesamento das administrações norte-americanas a favor da ocupação [de Israel]" e o atual Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu Governo "foram os mais extremistas no apoio" ao Governo israelita "à custa dos direitos dos palestinianos", declarou, num comunicado, o chefe político do Hamas, Ismael Haniyeh, que governa em Gaza.
Nesse sentido, Haniyeh pediu também ao presidente eleito norte-americano que mude a embaixada dos Estados Unidos, transferida este ano para Jerusalém, para Telavive.
O Hamas, considerado grupo terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia (UE), entre outros, pediu ainda Biden que ponha termo ao conhecido como "Acordo do Século", o polémico plano de paz para o conflito israelo-árabe elaborado pela Administração Trump, que dava via aberta à anexação da Cisjordânia ocupada.
A nova vice-presidente dos Estados Unidos é Kamala Harris. Trata-se da primeira mulher de origem asiática e negra a ser eleita para o cargo.
Quando chegar à Casa Branca, Joe Biden será o mais velho presidente de sempre da história dos Estados Unidos.
Com Joe Biden chega também à Casa Branca a vice-presidente Kamala Harris. A antiga procuradora, de 56 anos, é a primeira mulher e a primeira negra e asiática a assumir este cargo.
A posse dos novos inquilinos está marcada para 20 de janeiro, como conta a jornalista da Antena 1, Paula Véran.
A vitória de Joe Biden nas presidenciais norte-americanas, hoje anunciada pelos principais meios de comunicação norte-americanos, ainda não é definitiva e requer um processo longo de certificação que varia de Estado para Estado.
A certificação dos resultados das eleições presidenciais nos EUA tem prazos e regras específicas em cada estado, mas todos devem terminar o processo até 14 de dezembro, dia em que o Colégio Eleitoral vota para eleger o Presidente.
A contabilidade dos votos passa por vários processos de verificação e confirmação, sendo enviada pelos oficiais de cada condado até ser certificada pelo secretário de estado de cada estado ou pela figura independente do chefe/administrador de eleições. O processo pode demorar semanas até ser completado.
Isto significa que os resultados reportados pelos estados na noite da eleição e horas seguintes não são oficiais. Os resultados têm de ser confirmados e certificados até se chegar a um número final.
Quando as margens são muito curtas, vários Estados têm recontagens automáticas dos votos.
Os candidatos podem também solicitar recontagens se disputarem a exatidão dos números fornecidos, mesmo que a margem de diferença seja maior.
O ainda presidente Donald Trump acaba de entrar na Casa Branca, depois de ter passado a manhã a jogar golfe na Virgínia.
Ao entrar, o republicano acenou aos jornalistas.
Em Filadélfia, junto ao centro de convenções, há festa para celebrar a vitória de Joe Biden, registada pelo enviado especial da Antena 1, Luís Peixoto.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, felicitou Joe Biden pela vitória nas eleições norte-americanas, sublinhando que a eleição como vice-presidente de Kamala Harris, de origem indiana, é motivo de "imenso orgulho".
"Felicitações a Joe Biden pela sua vitória espetacular", escreveu Modi na rede social Twitter.
Numa segunda mensagem na mesma rede, Modi saudou a eleição de Kamala.
"O seu sucesso [de Kamala] mostra o caminho e é motivo de imenso orgulho (...) para todos os indiano-americanos", acrescentou o chefe do executivo indiano.
Heartiest congratulations @KamalaHarris! Your success is pathbreaking, and a matter of immense pride not just for your chittis, but also for all Indian-Americans. I am confident that the vibrant India-US ties will get even stronger with your support and leadership.
— Narendra Modi (@narendramodi) November 7, 2020
Kamala é filha de pai jamaicano e de mãe indiana.
“Os americanos escolheram o seu presidente. Parabéns Joe Biden e Kamala Harris! Temos muito a fazer para ultrapassar os desafios de hoje. Vamos trabalhar juntos!”, escreveu o presidente francês.
The Americans have chosen their President. Congratulations @JoeBiden and @KamalaHarris! We have a lot to do to overcome today’s challenges. Let's work together!
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 7, 2020
A projeção da CNN acaba de dar a vitória a Joe Biden no Estado do Nevada. O democrata soma, assim, mais seis votos, para um total de 279. Donald Trump continua com 213.
A comissária europeia portuguesa, Elisa Ferreira, reagiu ao anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas afirmando "sentir-se bem" e disse esperar que o democrata reconstrua as relações de Washington e Bruxelas.
"A divisão social nos Estados Unidos é preocupante e as coisas não voltarão ao que eram. Temos de continuar a reforçar a UE e a reconstruir as relações da UE e dos Estados Unidos com base em valores e em realidades do século XXI", escreveu a responsável pela pasta da Coesão e Reformas numa publicação na rede social Twitter.
“Parabéns a Joe Biden pela sua eleição como presidente dos Estados Unidos e a Kamala Harris pelo seu feito histórico”, escreveu o primeiro-ministro britânico no Twitter.
“Os Estados Unidos são o nosso mais importante aliado e estou ansioso por trabalhar de perto com eles nas nossas prioridades em comum, desde o clima ao comércio e à segurança”, acrescentou.
Congratulations @JoeBiden and @KamalaHarris pic.twitter.com/xrpE99W4c4
— Boris Johnson (@BorisJohnson) November 7, 2020
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, saudou hoje Joe Biden pelo anúncio da vitória nas eleições norte-americanas, classificando-o como um "forte apoiante das relações transatlânticas".
Para o secretário-geral da NATO, "a liderança dos EUA é tão importante como sempre num mundo imprevisível", razão pela qual disse estar "ansioso por trabalhar de perto com [...] a nova administração para reforçar ainda mais os laços entre a América do Norte e a Europa".
"Uma NATO forte é boa para a América do Norte e boa para a Europa. Juntos, os aliados da NATO representam quase mil milhões de pessoas, metade do poder económico mundial e metade do poder militar mundial. Precisamos desta força coletiva para lidar com os muitos desafios que enfrentamos, incluindo uma Rússia mais assertiva, terrorismo internacional, ameaças cibernéticas e de mísseis, e uma mudança no equilíbrio global do poder com a ascensão da China", elencou Jens Stoltenberg.
E concluiu: "Só podemos estar seguros e ser bem-sucedidos se enfrentarmos estes desafios em conjunto".
O primeiro-ministro italiano felicitou hoje "o povo norte-americano e as suas instituições pela sua prova excecional de vitalidade democrática" e manifestou-se pronto a trabalhar com o Presidente eleito, Joe Biden, para "reforçar a relação transatlântica".
Congratulations to the American people and institutions for an outstanding turnout of democratic vitality. We are ready to work with the President-elect @JoeBiden to make the transatlantic relationship stronger. The US can count on Italy as a solid Ally and a strategic partner
— Giuseppe Conte (@GiuseppeConteIT) November 7, 2020
"Felicitações ao povo e instituições americanas pela sua prova excecional de vitalidade democrática. Estamos prontos para trabalhar com o Presidente eleito Joe Biden para reforçar a relação transatlântica. Os Estados Unidos podem contar com a Itália como um aliado sólido e um parceiro estratégico", escreveu Giuseppe Conte em inglês na sua conta no Twitter.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, falou hoje "num grande dia para os Estados Unidos e a Europa" após o anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições norte-americanas, destacando a "vontade de mudança" dos eleitores.
"Felicito calorosamente o presidente eleito, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris. A afluência dos eleitores expressa a vontade de mudança do povo americano", escreveu o alto representante da UE para a Política Externa numa publicação na rede social Twitter.
Para Josep Borrell, hoje é "um grande dia para os Estados Unidos e a Europa".
"Esperamos trabalhar em conjunto com a nova administração para reconstruir a nossa parceria", adiantou o chefe da diplomacia europeia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, felicitou hoje Joe Biden "calorosamente" pelo anúncio da vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, garantindo que Bruxelas está "pronta a intensificar a cooperação com a nova administração para enfrentar os desafios prementes" para ambos os blocos.
Entre esses desafios está "combater pandemia de Covid-19 e as suas consequências económicas e sociais, enfrentar em conjunto as alterações climáticas, promover uma transformação digital que beneficie as pessoas, reforçar a segurança comum, bem como reformar o sistema multilateral baseado em regras", elencou Ursula von der Leyen.
Sublinhando que a União Europeia e os Estados Unidos "são amigos e aliados", a responsável destacou que os dois blocos têm "uma parceria transatlântica sem precedentes enraizada na história comum e nos valores partilhados da democracia, liberdade, direitos humanos, justiça social e economia aberta".
"À medida que o mundo continua a mudar e surgem novos desafios e oportunidades, a nossa parceria renovada revestir-se-á de particular importância", concluiu Ursula von der Leyen.
O advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani, disse hoje numa conferência de imprensa em Filadélfia que a campanha do ainda presidente dos Estados Unidos vai avançar com processos contra o processo eleitoral devido a "fraude".
"Os processos vão começar a ser levados a tribunal na segunda-feira", disse Rudy Giuliani, advogado do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa transmitida em vários meios de comunicação social, em que estava rodeado por alegados observadores republicanos que, disse, terão sido impedidos de inspecionar boletins de voto enviados por correio.
Rudy Giuliani disse que "os votos por correio são mais suscetíveis a fraude", referindo ainda que Filadélfia, cidade tradicionalmente democrata, tem "um histórico muito grande de fraude eleitoral".
Segundo Giuliani, a campanha de Trump suspeita de 600 mil boletins em Filadélfia e 300.000 mil em Pittsburgh, também na Pensilvânia, estado cujos 20 votos do colégio eleitoral permitiram a Joe Biden ser anunciado Presidente segundo projeções da imprensa dos Estados Unidos.
O advogado de Trump disse que a candidatura do ainda Presidente verificou alegadas "irregularidades" em mais dez Estados, pelo que os processos serão nacionais.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje "uma boa notícia" que nas eleições norte-americanas tenha havido uma derrota do ódio e do candidato republicano Donald Trump, segundo as projeções.
"Trump perdeu as eleições. Numas eleições muito participadas, com inúmeros riscos, o ódio não ganhou. E isso é uma boa notícia", escreveu Catarina Martins, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.
Uma responsável da Comissão Federal de Eleições (FEC, em inglês) assegurou hoje que "não há evidência de fraude" nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, conforme denunciou, sem apresentar provas, o governante e candidato republicano Donald Trump.
"Tem havido muito poucas queixas sobre a forma como se desenrolaram estas eleições", afirmou Ellen Weintraub, comissária da FEC, uma agência federal independente encarregue de zelar pelo cumprimento das leis de financiamento de campanhas nos comícios nos Estados Unidos.
"Muito poucas queixas fundamentadas, deixem-me antes dizê-lo assim", precisou a responsável em declarações à cadeia televisiva CNN, insistindo que "não há evidência de nenhum tipo de fraude eleitoral", nem de que "tenham sido emitidos votos ilegais".
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, felicitou Joe Biden pela sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, salientando que os dois países são "amigos próximos, parceiros e aliados" próximos.
"Parabéns, Joe Biden e Kamala Harris [candidata a vice-presidente]. Os nossos dois países são amigos próximos, parceiros e aliados. Nós partilhamos uma relação que é única no palco mundial", afirmou Justin Trudeau, através da rede social Twitter, esperando "trabalhar em conjunto" com o candidato presidencial que foi declarado vencedor pelas projeções da imprensa americana.
Michelle Obama felicitou Joe Biden e relembrou as “dezenas de milhões de pessoas” que votaram nas políticas de Donald Trump.
“Devemos lembrar-nos que dezenas de milhões de pessoas votaram no status quo, mesmo quando tal significa apoiar mentiras, ódio, caos e divisão. Temos muito trabalho pela frente para alcançarmos estas pessoas nos anos que se seguem e para nos ligarmos a elas naquilo que nos une”, escreveu a mulher de Barack Obama.
Let’s remember that tens of millions of people voted for the status quo, even when it meant supporting lies, hate, chaos, and division. We’ve got a lot of work to do to reach out to these folks in the years ahead and connect with them on what unites us.
— Michelle Obama (@MichelleObama) November 7, 2020
Michelle disse ainda estar “mais do que entusiasmada” pelo facto de Joe Biden e Kamala Harris irem “restaurar alguma dignidade, competência e coração na Casa Branca”.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, felicitou hoje Joe Biden e Kamala Harris pela anunciada vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, afirmando esperar empenho para uma "forte parceria transatlântica".
"A União Europeia [UE] está a acompanhar de perto as eleições presidenciais e do congresso nos Estados Unidos. Tomamos nota dos últimos desenvolvimentos no processo eleitoral e, nesse âmbito, a UE felicita o presidente eleito Joe Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris", afirmou Charles Michel, numa declaração divulgada à imprensa em Bruxelas.
Na nota, Charles Michel sublinha que "a UE está empenhada numa forte parceria transatlântica e pronta a envolver-se com o presidente eleito, o novo congresso e a nova administração" norte-americana.
Michel congratulou-se, ainda, com "a participação recorde dos eleitores".
O Presidente da República português saudou hoje o anunciado vencedor das eleições dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse esperar que as relações entre os dois países se continuem "a estreitar no futuro".
Numa declaração enviada à agência Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa "saúda Joe Biden, Presidente-eleito dos EUA, de acordo com os resultados eleitorais anunciados".
"Com a certeza que as relações entre Portugal e os Estados Unidos da América, com mais de duzentos anos de história, se continuarão a estreitar no futuro, a bem dos dois Países e de todos os seus cidadãos, nomeadamente o milhão e meio de Portugueses e luso-descentes que ali vivem", refere.
"Mais espera, também, um aprofundamento das relações entre a União Europeia e os EUA, bem como no quadro da Nato", acrescenta o chefe de Estado.
Joe Biden enviou um e-mail aos seus apoiantes com uma mensagem de agradecimento e otimismo, dizendo sentir-se “honrado” pela confiança que em si depositou o povo americano.
“Num momento de obstáculos sem precedentes, um número recorde de americanos votou. Provando uma vez mais que a democracia bate no coração da América”.
“Com o fim da campanha, é tempo de deixar para trás a raiva e a dura retórica e de nos unirmos enquanto nação”, escreveu o presidente-eleito. “É tempo para a América se unir e se curar”.
“Somos os Estados Unidos da América. E não há nada que não consigamos fazer, se o fizermos juntos”.
A cidade de Nova Iorque mostrou-se eufórica com a vitória do democrata Joe Biden sobre o republicano Donald Trump nas presidenciais de terça-feira nos EUA, com cortejos de automóveis a buzinar e com manifestações nas ruas.
Pouco antes das 11h30 locais (16h30 em Lisboa), a cidade que nunca dorme celebrou nas ruas com gritos de alegria, com bater de tachos e buzinas de automóveis, três dias depois da votação que deu a vitória a Biden, tal como projetaram já todos os principais meios de comunicação social norte-americanos.
Num edifício no centro de Manhattan, assim que se soube do desfecho que põe fim à presidência de Trump, a folia estoirou e os vizinhos juntaram-se quando se soube a notícia.
Em Times Square, no centro da cidade, centenas de pessoas concentraram-se para gritar e celebrar a vitória de Biden que, com a projeção da vitória no estado da Pensilvânia, conquistou os 20 delegados ("grandes eleitores") que lhe permitiram obter a maioria dos lugares no Colégio Eleitoral e subir à Casa Branca.
O democrata Joe Biden irá falar ao país às 20h00 locais (01h00 em Lisboa), a partir da sua cidade natal, Wilmington, Delaware.
"O presidente eleito Joe Biden fará um discurso à nação em Wilmington, Delaware, e será acompanhado por Jill Biden [mulher de Joe Biden], a vice-presidente eleita Kamala Harris e Doug Emhoff [marido de Kamala Harris]", anunciou, em comunicado, a campanha eleitoral do democrata.
O número de pessoas que se manifestam frente aos jardins da Casa Branca, em Washington, "pela vitória" de Joe Biden nas presidenciais de terça-feira e pelo fim do "pesadelo Trump" aumentou significativamente na última meia hora.
Muitos chegam ao local com a família e com crianças pequenas em ambiente de festa.
Os manifestantes esquecem a distância social, mas mantêm as máscaras de proteção sanitária contra a pandemia de covid-19.
Os carros na Avenida Pensilvânia, onde fica a entrada principal da Casa Branca, estão neste momento a bloquear o trânsito no centro da cidade.
O ex-presidente Bill Clinton escreveu no Twitter que “a América falou e a democracia venceu”.
America has spoken and democracy has won. Now we have a President-Elect and Vice President-Elect who will serve all of us and bring us all together. Congratulations to Joe Biden and Kamala Harris on your momentous victory!
— Bill Clinton (@BillClinton) November 7, 2020
“Agora temos um presidente-eleito e uma vice-presidente eleita que irão servir todo o povo americano e unir-nos. Parabéns a Joe Biden e a Kamala Harris pela vossa incrível vitória!”, afirmou.
O ex-presidente Barack Obama acaba de felicitar o seu ex-vice no Twitter. “Parabéns aos meus amigos, Joe Biden e Kamala Harris – os nossos próximos presidente e vice-presidente dos Estados Unidos”, escreveu.
“Não podia estar mais orgulhoso”, declarou Obama em comunicado. “Nestas eleições, sob circunstâncias nunca antes experienciadas, os americanos votaram em número nunca visto”, possibilitando “uma história e decisiva vitória” de Biden e Harris.
Congratulations to my friends, @JoeBiden and @KamalaHarris — our next President and Vice President of the United States. pic.twitter.com/febgqxUi1y
— Barack Obama (@BarackObama) November 7, 2020
“Temos a sorte de Joe ter o que é preciso para ser presidente e já se comporte dessa forma. Porque, quando ele entrar na Casa Branca em janeiro, enfrentará uma série de desafios extraordinários que nenhum outro recém-eleito presidente enfrentou – uma crescente pandemia, uma economia e sistema judicial desiguais, uma democracia em risco e um clima em perigo”.
Obama termina a sua mensagem afirmando que a democracia dos Estados Unidos "precisa de todos mais do que nunca".
Poucos minutos após as 11:33 (16:30 em Lisboa) altura em que foram divulgadas pelas televisões norte-americanas as previsões de vitória do Partido Democrata no estado da Pensilvânia, a capital dos Estados Unidos saiu à rua.
Os carros circulam pela cidade com bandeiras de Biden, sendo que o centro da mobilização espontânea fica situado frente aos jardins da Casa Branca, no centro da capital dos Estados Unidos.
São milhares de pessoas, de todas as idades numa festa que consideram de vitória.
"Fora Trump", dizem os manifestantes em uníssono enquanto agitam bandeiras da campanha do candidato democrata mesmo frente à grade de proteção da Casa Branca, o símbolo do poder político norte-americano.
O comentador para assuntos internacionais da RTP disse na RTP3 que a vitória de Joe Biden é "uma crónica de uma vitória anunciada". Bernardo Pires de Lima explicou que desde o dia das eleições, com os indicadores que o democrata começou a ter, a vitória de Biden era esperada.
O ministro dos Negócios Estrangeiros saudou este sábado a eleição de Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos. Augusto Santos Silva disse que Portugal continua a mostrar empenho em aprofundar as relações que tem com os Estados Unidos.
Congratulations to President Elect @JoeBiden. We look forward to working with the new #USA Administration to reinforce transatlantic relations and cooperate on global issues, such as climate change, defense of democracy and international security.
— António Costa (@antoniocostapm) November 7, 2020
I want to congratulate all those who worked so hard to make this historic day possible. Now, through our continued grassroots organizing, let us create a government that works for ALL and not the few. Let us create a nation built on justice, not greed and bigotry.
— Bernie Sanders (@BernieSanders) November 7, 2020
We kept the republic! Congratulations to Joe Biden on his victory for the soul of our country. Congratulations to Kamala Harris for making history. It’s a time to heal and a time to grow together. E Pluribus Unum.
— Nancy Pelosi (@SpeakerPelosi) November 7, 2020
We did it, @JoeBiden. pic.twitter.com/oCgeylsjB4
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 7, 2020
O presidente do PSD, Rui Rio, felicitou Joe Biden pela sua anunciada eleição como Presidente dos Estados Unidos da América, dizendo que foi "uma vitória muito importante para o mundo".
"Parabéns, sr. Presidente. Uma vitória muito importante para o mundo", destaca Rio, que partilha igualmente a publicação no Twitter em que Biden assume a vitória.
This election is about so much more than @JoeBiden or me. It’s about the soul of America and our willingness to fight for it. We have a lot of work ahead of us. Let’s get started.pic.twitter.com/Bb9JZpggLN
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 7, 2020
A atual senadora democrata pelo estado da Califórnia será também a mulher que ocupará um cargo político da maior hierarquia na administração norte-americana, honra até agora apenas pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
America, I’m honored that you have chosen me to lead our great country.
— Joe Biden (@JoeBiden) November 7, 2020
The work ahead of us will be hard, but I promise you this: I will be a President for all Americans — whether you voted for me or not.
I will keep the faith that you have placed in me. pic.twitter.com/moA9qhmjn8
"O trabalho que temos pela frente será difícil, mas prometo-vos isto: eu serei o Presidente de todos os americanos - quer tenham votado em mim ou não", acrescenta o democrata.
O candidato democrata Joe Biden é apontado pelos meios de comunicação norte-americanos como o próximo Presidente dos EUA, depois de ter vencido no Estado da Pensilvânia.
Quatro dias após a eleição, Joe Biden é eleito presidente dos EUA, segundo avançam vários meios de comunicação norte-americanos. A CNN, NBC e Associated Press avançam na nomeação de Biden como o 46.º Presidente dos Estados Unidos da América.
O candidato democrata alcançou os 270 votos necessários para o Colégio Eleitoral ao vencer na Pensilvânia, derrotando assim Donald Trump, que permanece com apenas 214 votos. Com a vitória de Biden, Kamala Harris será a primeira mulher a tornar-se vice-presidente dos EUA.